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A agenda econômica desta semana foi marcada pelas decisões de políticas monetárias no Brasil e no exterior. Por aqui, a decisão do Copom veio em linha com o esperado: a Taxa Selic foi mantida a 15% ao ano.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) efetivou um corte de 25 bps nas taxas de juros – após seis reuniões de manutenção. Os Fed fund rates agora estão em um patamar de 4,00% a 4,25%.
A seguir, a analista de renda fixa da Empiricus Research, Laís Costa, comenta sobre as principais leituras das decisões e comenta como os resultados trimestrais impactaram na seleção de ativos.
EUA: Mercado permanece incerto sobre ritmo de cortes
A decisão de juros americana contou com um voto dissidente a favor de um corte maior (50 bps) vindo do Governador Stephen Miran, recém indicado pelo governo Trump.
“Na entrevista após a decisão, o Presidente do Fed, Jerome Powell, minimizou o impacto do voto de Miran ao afirmar que o corte mais agressivo não foi extensivamente debatido pelo Comitê, imprimindo um tom mais duro à decisão e sugerindo uma congruência entre os demais membros do Banco Central”, comenta Costa.
Conforme apresentado no Sumário de Projeções (SEP), o comitê de política monetária antecipou mais dois cortes de juros neste ano, em linha com o que o mercado já está precificando. Contudo, Powell afirmou que o corte de juros foi um movimento de “gestão de risco”, o que, na visão da analista, pode conflitar com a expectativa de reduções consecutivas nas próximas reuniões.
“A despeito do tom mais duro (hawkish) de Powell, a nossa leitura sobre o cenário externo não mudou,” afirma Costa. “O enfraquecimento do mercado de trabalho americano deve continuar sendo o ponto focal do Fed e, portanto, se sobrepor à leituras mais altas de inflação”. Neste raciocínio, fica claro para a analista que deve haver uma continuação dos cortes nas últimas duas reuniões deste ano.
Taxa Selic vem com discurso mais aprazível ao paladar do mercado
No Brasil, os dirigentes do Banco Central (BC) decidiram por unanimidade a manutenção da Selic em 15% ao ano, como esperado.
Entretanto, Costa aponta algumas mudanças relevantes no comunicado:
- Trecho que “antecipava a continuação da interrupção no ciclo de alta de juros” foi retirado, uma sinalização de conforto maior com a atual da política monetária;
- A manutenção da inflação projetada em 3,4% para o horizonte relevante (1T27) sugere uma possível revisão da estimativa de hiato do PIB no modelo da autarquia.
“A primeira alteração retirou um ponto duro (hawk) presente nos comunicados passados, enquanto a segunda adicionou cautela sobre a expectativa de corte de juros ainda neste ano”, avalia a analista.
Segundo Costa, uma possível revisão no modelo do BC reduz significativamente a chance da entidade “enxergar” uma inflação mais baixa para o horizonte relevante de política monetária já na próxima reunião – no início de novembro.
“Consequentemente, haveria pouco espaço para uma ‘guinada dovish’, o que é muito comum antes de um início de ciclo de afrouxamento monetário. De maneira geral, o cenário atual sugere uma maior probabilidade de juros inalterados por mais tempo e mais revisões para baixo das expectativas de inflação”, afirma a analista.
Veja 5 títulos de créditos privado para investir
A cada reunião do Copom, a analista Lais Costa prepara um relatório exclusivo com as melhores ideias de investimentos para o patamar atual da Selic – e também de olho no macroeconômico.
Após as decisões monetárias mencionadas acima, a analista encontrou 5 oportunidades no crédito privado para buscar lucros com os juros altos.
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