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O analista Ruy Hungria, responsável pela série Flash Trader, da Empiricus, tem visão distinta para duas das principais blue chips da bolsa brasileira, Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3).
No caso da petroleira, Hungria vê ventos favoráveis para a companhia que devem fazer as ações superarem o patamar de R$ 31 em que estão estacionadas:
- Um aumento de produção menor do que o esperado pela Opep+;
- Rumores de que a companhia poderá reduzir em dezenas de bilhões de reais seu guidance de custos e investimentos para se adequar à nova realidade de preços de petróleo.
Sobre o primeiro ponto, os membros da Opep+ decidiram aumentar a produção a partir de outubro em 137 mil barris por dia. Apesar disso, a alta na produção é muito abaixo dos aumentos mensais de cerca de 555 mil barris por dia em setembro e agosto e dos 411 mil em junho e julho.
O número foi bem recebido pelo mercado e resultou em alta nos preços do petróleo, o que, claro, é boa notícia para a Petrobras.
“As novidades apontam para um cenário de melhor geração de caixa e dividendos da Petrobras, e podem ajudar a trazer um ímpeto para os papéis que estão estacionados”, disse.
Banco do Brasil: Agro e julgamento de Bolsonaro podem afetar desempenho
Do outro lado, está o Banco do Brasil. O analista vê continuidade dos resultados ruins no segmento agro, que foi o grande vilão dos últimos trimestres do BB.
É importante lembrar que o setor corresponde a cerca de 30% da carteira de crédito do Banco do Brasil.
Além disso, o banco pode ser impactado por novas retaliações vindas dos Estados Unidos, a depender do resultado do julgamento de Jair Bolsonaro.
“Algumas reportagens recentes, inclusive, mencionaram que Trump já estaria preparando sanções contra o BB, o que deveria impactar as ações caso realmente aconteça”, destaca o analista.