
Imagem: REUTERS/Pilar Olivares
Nos últimos dias, o CEO da Vale Base Metals (VBM), Shaun Usmar, voltou a ressaltar um desejo antigo: o IPO da subsidiária da Vale (VALE3).
Criada em 2023 com o objetivo de destravar valor na operação de metais básicos (cobre e níquel), a Vale chegou a vender 10% da divisão para a Manara Minerals por US$ 2,5 bilhões – o que avaliava a VBM em US$ 25 bilhões – para financiar a expansão da produção. Apenas como curiosidade, a Vale inteira valia US$ 54,5 bilhões na Bolsa na época da transação, o que dá uma ideia do valor a ser destravado.
A intenção é realizar o IPO em 2027, de acordo com o executivo, mas a gestão já quer deixar a casa arrumada caso a oportunidade surja previamente, dependendo de uma melhora nas condições de mercado. Entre os avanços que ainda podem ser entregues até lá estão a redução de custos e aumento de produtividade.
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IPO da VBM é alternativa para destravar valor e permitir aumento dos dividendos da Vale
Em termos de múltiplos pretendidos, o CEO da VBM acredita que o portfólio deveria valer algo em torno de 10x ev/ebitda, aproximadamente o dobro das mineradoras listadas BHP e o Rio Tinto, e quase o triplo da própria Vale.
Apesar de parecer esticado, o número está em linha com os múltiplos negociados com a Manara em 2023. Considerando o ebitda de 2024, isso representaria um valor de US$ 13 bilhões, mas ainda vemos bastante upside considerando os investimentos em melhorias de produtividade realizados nos últimos anos.
Seja como for, essa é uma alternativa interessante para destravar valor para Vale e permitir um aumento dos dividendos no futuro.