Imagem: Divulgação
A Vivo (VIVT3) realizou a compra de 50% do capital da FiBrasil, que eram pertencentes ao fundo canadense CDPQ.
Com isso, a companhia chegou a 75,01% do capital da Fibrasil, sendo o restante pertencente à Telefónica Infra, uma subsidiária da Telefónica, controladora da Vivo.
FitBrasil, da Vivo, é a segunda maior rede de fibra do país
A FiBrasil foi criada pela própria Vivo em 2021, com objetivo de expandir a rede de fibra para fora das capitais, em um modelo conhecido como rede neutra. Nesse modelo, a companhia investe na infraestrutura de acesso à internet, e aluga slots para outras operadoras venderem serviços de banda larga para os seus clientes.
Com 4,6 milhões de casas passadas, a FiBrasil possui a segunda maior rede de fibra do país, atrás apenas da Desktop (DESK3).
O movimento faz sentido tanto em aspectos financeiros como também estratégicos. O CDPQ comprou sua participação de 50% por R$ 1,8 bilhão em 2021 (investimentos incluídos na conta), o que avaliava a FiBrasil em 16x ebitda, em uma época em que a Vivo estava alavancada por conta da aquisição dos ativos da Oi e leilões de 5G, e não podia investir o que gostaria na expansão de sua rede de fibra.
Vivo recompra FiBrasil 52% mais barato do que vendeu
Agora, com um balanço bem mais confortável, a Vivo recomprou essa mesma participação por apenas R$ 850 milhões (52% mais barato do que vendeu), e um múltiplo muito menor de 9x ebitda.
Ainda assim, se comparados aos números da própria Vivo (5x ebitda) os múltiplos da FiBrasil podem parecer elevados à primeira vista, mas existem motivos para isso. O modelo de negócios de rede neutra possui margens melhores e tem crescido bem mais rápido que a própria Vivo, como mostra o gráfico abaixo.

Por fim, esse movimento representa um passo importante no processo de consolidação do setor de fibra óptica. Mesmo sendo a maior, a Vivo possui apenas 19% de market share, e possui amplo espaço para continuar crescendo. Com a compra da FiBrasil, ela terá maior autonomia para seguir esse plano.
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