
O ativo imobilizado representa uma das principais contas do balanço patrimonial de empresas que demandam estrutura física para operar, especialmente indústrias, agronegócio, transporte, energia e construção.
Ele é composto por bens tangíveis destinados à manutenção das atividades da companhia e ao suporte da geração de receitas ao longo do tempo. Esses ativos não são adquiridos com o objetivo de revenda, mas sim para viabilizar a operação do negócio de forma contínua.
O que é ativo imobilizado?
O ativo imobilizado é o conjunto de bens tangíveis com vida útil superior a um exercício social (normalmente um ano), utilizados nas operações da empresa para sua atividade-fim. Esses bens não são destinados à venda, mas sim ao uso contínuo na produção de bens, na prestação de serviços ou no suporte às atividades administrativas.
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Exemplos comuns de ativo imobilizado:
- Imóveis utilizados como sede, filiais, fábricas ou centros de distribuição;
- Máquinas e equipamentos de produção;
- Veículos usados no transporte de mercadorias ou colaboradores;
- Móveis, utensílios e equipamentos de escritório;
- Computadores, servidores e sistemas de tecnologia embarcada.
De acordo com a Lei nº 11.638/2007 e o Pronunciamento Contábil CPC 27 (Ativo Imobilizado), esses bens devem ser registrados pelo custo de aquisição, o qual inclui:
- Preço de compra;
- Tributos não recuperáveis;
- Fretes, seguros e transporte;
- Custos de montagem, instalação e testes iniciais;
- Qualquer outro gasto diretamente atribuível para colocar o ativo em condições de uso.
Além disso, é obrigatória a realização da depreciação, que reconhece, ao longo da vida útil do bem, sua perda de valor por uso, desgaste físico ou obsolescência.
Para que serve o ativo imobilizado?
O ativo imobilizado é essencial para a estrutura e operação das empresas, servindo como base para a produção de bens ou a prestação de serviços e garantindo a continuidade das atividades. Suas principais finalidades incluem:
Suporte à geração de receitas
Os ativos imobilizados são instrumentos utilizados pela empresa para produzir bens ou prestar serviços que resultam em receitas e lucros, e consequentemente, na possibilidade de distribuir dividendos aos acionistas.
Por exemplo, uma indústria depende de máquinas e equipamentos para fabricar seus produtos; um hospital precisa de aparelhos médicos para prestar atendimento; um escritório necessita de móveis e computadores para operar.
Base para a contabilização da depreciação
A depreciação do ativo imobilizado é um processo contábil obrigatório que visa alocar o custo do bem ao longo de sua vida útil estimada. Esse procedimento impacta diretamente no resultado da empresa e no cálculo dos tributos, além de contribuir para uma representação mais fidedigna do patrimônio.
Garantia patrimonial e financeira
Bens do ativo imobilizado podem ser usados como garantia em operações de crédito, financiamentos ou outras negociações. Eles também compõem uma parcela significativa do patrimônio da empresa, sendo um indicativo da sua solidez econômico-financeira.
Por isso, a correta gestão e contabilização do imobilizado são essenciais para assegurar a integridade patrimonial e a credibilidade da empresa perante o mercado e instituições financeiras.
Apoio à gestão estratégica
A correta gestão do ativo imobilizado permite decisões mais eficientes sobre:
- Expansão da capacidade produtiva;
- Substituição de ativos obsoletos;
- Investimentos em modernização ou automação;
- Controle e conservação dos bens, maximizando sua vida útil e o retorno sobre o investimento.
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Qual a importância do Ativo Imobilizado?
O ativo imobilizado possui importância estratégica, financeira e contábil para as organizações, influenciando diversos aspectos da gestão empresarial.
- Representa uma parcela significativa dos ativos totais da empresa. Por isso, sua adequada mensuração e controle são fundamentais para a elaboração de demonstrações financeiras fidedignas.
- A correta contabilização da depreciação de um ativo imobilizado afeta diretamente o lucro líquido da empresa, com reflexos na apuração de tributos, no cálculo de indicadores financeiros e na distribuição de dividendos.
- A gestão deve obedecer à lei do ativo imobilizado, conforme regulamentações fiscais e contábeis vigentes. O descumprimento dessas normas pode resultar em sanções fiscais, perda de benefícios tributários e deterioração da imagem da empresa perante o mercado.
- É frequentemente analisado por analistas e credores como um indicador da capacidade produtiva e da solidez patrimonial da empresa. Ter ativos imobilizados alinhados às necessidades do mercado gera maior competitividade e potencial de geração de valor no longo prazo.
O ativo imobilizado é um componente fundamental na estrutura patrimonial e na gestão estratégica das empresas, sendo indispensável para a geração de receitas, o cumprimento das obrigações legais e o fortalecimento da competitividade.
A correta contabilização, depreciação e controle do ativo imobilizado são práticas essenciais para assegurar a saúde financeira, otimizar a performance operacional e garantir a transparência das informações contábeis para investidores, analistas e demais stakeholders.
Bens tangíveis, com vida útil superior a um ano, utilizados nas operações da empresa, como imóveis, máquinas, veículos, equipamentos, móveis e computadores.
Em regra, sim, exceto para bens que não se desgastam com o tempo, como terrenos, que não são depreciados. Obras de arte e outros itens que não perdem valor também podem estar isentos.
A legislação (Lei nº 11.638/2007 e CPC 27) exige que o ativo imobilizado seja registrado pelo custo de aquisição e depreciado conforme sua vida útil econômica, além de prever ajustes por perda de valor (impairment), quando aplicável.
A depreciação reduz o lucro contábil, que serve de base para a distribuição de dividendos. Entretanto, como a depreciação é uma despesa não caixa, ela não afeta diretamente o caixa da empresa. Assim, é possível distribuir dividendos desde que haja lucro líquido disponível e saldo de reservas, conforme as regras da Lei das Sociedades por Ações.
O cálculo do Ativo Imobilizado envolve o registro do custo de aquisição do bem, descontada a depreciação acumulada, resultando no valor contábil atual do ativo.