No mundo dos investimentos, é comum ouvir a expressão “não existe retorno sem risco”. Essa máxima ajuda a explicar a relação direta entre a expectativa de ganhos e o nível de incerteza que o investidor precisa assumir. Nesse contexto, surgem os chamados ativos de risco, que fazem parte da renda variável e de outros mercados mais voláteis.
Entender o que são esses ativos, quais riscos envolvem e como eles se comportam na bolsa de valores é fundamental para construir uma estratégia adequada ao perfil de investidor e aos seus objetivos de longo prazo.
O que são ativos de risco?
Os ativos de risco são instrumentos financeiros cujo valor pode oscilar de maneira significativa, gerando tanto ganhos expressivos quanto perdas consideráveis. Essa volatilidade decorre de fatores como condições econômicas, decisões de política monetária, desempenho das empresas, além de eventos inesperados no mercado global.
Diferente de investimentos conservadores, como títulos públicos ou CDBs, os ativos de risco não oferecem garantia de retorno. Ao mesmo tempo, podem proporcionar rentabilidades muito superiores no longo prazo.
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Qual é a definição de risco em investimentos?
O grau de risco de um investimento está relacionado à incerteza sobre os resultados futuros. Quanto maior a imprevisibilidade em relação ao retorno, maior o risco associado.
Na prática, o risco pode se manifestar de diversas formas:
- Risco de mercado: variações nos preços dos ativos devido a fatores econômicos ou políticos.
- Risco de crédito: possibilidade de inadimplência da instituição ou empresa emissora.
- Risco de liquidez: dificuldade em vender um ativo rapidamente sem perder valor.
- Risco cambial: exposição à oscilação de moedas estrangeiras.
Entender essas categorias ajuda o investidor a avaliar se determinado ativo está alinhado à sua tolerância a perdas e ao horizonte de investimento.
Tipos de risco em investimentos
Quando falamos em ativos de risco, é importante diferenciar os tipos de riscos mais recorrentes:
- Volatilidade: ativos como ações podem variar de preço diariamente, refletindo notícias, resultados trimestrais ou mudanças no cenário econômico.
- Incerteza regulatória: criptomoedas e outros ativos emergentes podem sofrer com alterações de regras e restrições governamentais, impactando seus preços de forma abrupta.
- Risco setorial: investimentos em setores específicos — como energia, tecnologia ou saúde — podem ser afetados por mudanças regulatórias, crises de oferta e demanda ou inovações disruptivas.
- Risco sistêmico: eventos globais, como crises financeiras ou pandemias, afetam todos os ativos ao mesmo tempo, mesmo aqueles considerados mais seguros.
Exemplos de ativos de risco
Existem diferentes ativos classificados nessa categoria, variando em níveis de risco e retorno esperado. Entre os mais conhecidos estão:
- Ações: papéis de empresas negociados na bolsa de valores, sujeitos a oscilações diárias e diretamente impactados pelo desempenho corporativo e econômico.
- Criptomoedas: moedas digitais como Bitcoin e Ethereum, altamente voláteis e ainda em processo de consolidação no sistema financeiro.
- Fundos de ações e multimercado: que concentram parte significativa em ativos de risco, podendo gerar retornos expressivos, mas também perdas relevantes.
- Commodities: produtos como petróleo, ouro e soja, cujos preços variam de acordo com oferta e demanda global.
- Moedas estrangeiras: investimentos expostos ao mercado de câmbio podem se valorizar ou se desvalorizar rapidamente diante de mudanças na política monetária e econômica de um país.
Como alinhar ativos de risco ao perfil do investidor
A alocação em ativos de risco deve respeitar o perfil de investidor, geralmente dividido em conservador, moderado e arrojado.
- Conservadores tendem a evitar exposição significativa, priorizando ativos de renda fixaou outros de maior previsibilidade.
- Moderados podem destinar uma parcela menor do portfólio a ativos de risco para equilibrar ganhos e segurança.
- Arrojados aceitam maior volatilidade em busca de retornos mais expressivos no longo prazo.
Estratégias de diversificação também ajudam a reduzir riscos, equilibrando ativos mais voláteis com opções mais estáveis.
Compreender os diferentes tipos de risco, avaliar o próprio perfil e diversificar a carteira são passos fundamentais para usar os ativos de risco de forma estratégica, aproveitando seus benefícios sem comprometer a segurança financeira.
São instrumentos financeiros cujo valor pode variar intensamente, como ações e criptomoedas, sem garantia de retorno.
O risco é a incerteza em relação ao retorno futuro, podendo incluir mercado, crédito, liquidez ou câmbio.
Volatilidade, risco regulatório, setorial e sistêmico são os mais frequentes em ativos de risco.
Ações, criptomoedas, commodities, moedas estrangeiras e fundos de renda variável.
Sim, desde que alinhados ao perfil do investidor e usados de forma diversificada para equilibrar risco e retorno.