No Podcast Resenha Empiricus, Priscila Vieira recebeu Armando Oliveira autor do livro “Capotar é preciso” e Amyr Klink, um dos maiores navegadores do Brasil e do mundo. Raquel Kiss, P.O. da Empiricus, também foi convidada para falar sobre o livro e gestão de projetos.
Gerenciar um projeto, tanto pessoal quanto profissional, demanda tempo e requer muita disciplina. A travessia de uma pessoa através de um oceano de ideias não é trivial e, às vezes, “Capotar é Preciso”.
Esse é justamente o nome do livro de Armando Oliveira, que faz incríveis paralelos entre gestão de projetos e os feitos de Amyr Klink, a única pessoa até hoje que atravessou o Atlântico Sul sozinho e a remo.
Armando é instrutor, palestrante, escritor e consultor em gestão de projetos e pessoas. Ele tem trinta anos de jornada em projetos nacionais e internacionais, com experiência nos segmentos de TI, financeiro, industrial e de serviços. Ele também é professor convidado dos MBAs da FGV- IDE, Fundação Getúlio Vargas e FIAP.
Nesse episódio do podcast Resenha Empiricus, liderado por Priscila Vieira, coordenadora do Empiricus Books, ambos foram chamados para bater um papo sobre a obra.
Armando conta que a premissa do livro teve início em suas aulas, quando teve a ideia de usar alguns pontos relevantes da trajetória de Amyr Klink para transmitir didaticamente alguns conceitos aos seus alunos.
Assim, ele criou um método eficiente de ensino que até eliminou um problema no dia a dia dele. Armando explica que há muitos anos dá palestras para profissionais de diferentes áreas, e, no passado, quando utilizava exemplos relacionados a cada uma delas, sentia muitas vezes que eles interpretavam como arrogância ou pretensão: “Eles achavam que eu estava tentando ensinar a profissão deles”, diz. Já quando passou a usar como exemplos as práticas de gestão de Klink, isso não aconteceu mais.
A jornada de Amyr foi única: 3.700 milhas e 100 dias pelo Atlântico para ser mais específico. É um projeto muito bem planejado que obteve êxito. “Hoje, se em nossa linha de atuação um erro é cometido no projeto, ele pode custar um emprego ou uma bronca do chefe. Mas não a própria vida ou as vidas de outras pessoas”, diz Armando, “Será que os métodos que usamos para gerenciar projetos funcionaria para os de Amyr? Ou seja, projetos mais radicais?”, ele questionou. Isso porque o navegador sempre agiu com muita assertividade. Klink sempre realizou muitos estudos e se preparou bastante antes das expedições.
Armando conta que seus alunos o encorajaram escrever um livro e, após um encontro com Amyr Klink, que também apreciou a ideia, começaram um trabalho de mapeamento:
“Eu fiz o mapeamento de um livro que tem as melhores práticas de gestão de projetos e que é atualizado a cada quatro anos.” diz Armando Oliveira. “São ao todo 49 processos de gestão de projetos e consegui fazer um paralelo com 97 trechos das diferentes histórias do Amyr”, disse o autor.
Amyr Klink confessou que achou a proposta do livro inusitada: “Fiquei surpreso, já que não sou professor de gestão ou de economia. Mas eu achei uma maneira muito inteligente e interessante de tratar sobre assuntos que às vezes são um pouco áridos, ou muito teóricos”.
A obra busca utilizar uma linguagem simples e objetiva. A forma como o livro é escrito abrange um vasto público – profissionais da gestão de projetos, aqueles que desejam aplicar os métodos expostos em suas vidas pessoais e até para curiosos de plantão. A trajetória de vida de Klink emociona e encoraja qualquer pessoa.
É uma leitura imperdível!
Para ficar por dentro dessa e outras leituras incríveis, acompanhe o podcast Resenha Empiricus, e sempre tenha um ótimo livro de cabeceira em mãos.
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