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Livro “O céu da meia-noite” aposta em uma narrativa introspectiva para nos fazer pensar sobre o futuro da humanidade

Incertezas movem “O céu da meia-noite”, livro da americana Lily Brooks-Dalton, lançado recentemente no Brasil e indicado pelo sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, no podcast Puro Malte. Após uma catástrofe que dizimou a população na Terra, duas vidas se conectam de forma peculiar: Augustine é um cientista que dedicou a vida a estudar as estrelas, […]

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Data de publicação
26 de julho de 2021
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Incertezas movem “O céu da meia-noite”, livro da americana Lily Brooks-Dalton, lançado recentemente no Brasil e indicado pelo sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, no podcast Puro Malte.

Após uma catástrofe que dizimou a população na Terra, duas vidas se conectam de forma peculiar: Augustine é um cientista que dedicou a vida a estudar as estrelas, está doente e isolado em uma base de pesquisa no Ártico, enquanto Sullivan é uma especialista em comunicações que embarcou em uma missão a Júpiter em busca de um novo lar para a humanidade. 

Ao planejarem a volta ao planeta, Sullivan e os tripulantes da nave Aether não fazem a mínima ideia do que os espera na Terra, após a base de controle ter ficado inexplicavelmente em silêncio. 

No gelo polar, Augustine percebe que não está sozinho; Íris, uma criança tímida, foi deixada para trás durante a evacuação. 

O desenrolar desta narrativa não é o que se espera de uma obra de ficção científica. Não nos deparamos com grandes cenas de ação ou um suspense viciante que nos faz “engolir” o livro. Na verdade, Brooks-Dalton apela para um relato mais introspectivo e reflexivo sobre questões intrínsecas à humanidade

Através dos pensamentos de Augustine e Sullivan, entramos em contato com a incerteza, o medo, a angústia, que podem estar presentes em muitos de nós. 

“Nós estudamos o universo para saber das coisas, mas no fim das contas a única coisa que sabemos de verdade é que tudo acaba… tudo, exceto a morte e o tempo. É difícil ser lembrado disso (…), mas é mais difícil esquecer” ‒ trecho de “O céu da meia-noite”. 

A forma como as relações humanas são construídas diante de um futuro tão desconhecido também é explorada na obra. É interessante notar como a autora não revela o que aconteceu com o resto das pessoas, o que faz com o que leitor se aproxime ainda mais dos dois personagens principais e sinta parte do que eles estão sentindo, em meio a tanta incerteza e ao silêncio. 

Apesar de ser um livro médio, com 288 páginas, a leitura pode ser um pouco lenta e desconfortável, uma vez que imergimos nos pensamentos dos personagens. Isso porque “O céu da meia-noite” nos incita a pensar: Qual é o sentido de nossas vidas?

A adaptação cinematográfica de “O céu da meia-noite”

No final de 2020, a Netflix lançou a adaptação cinematográfica da obra, dirigida e estrelada por George Clooney, que faz o papel do cientista Augustine, e por Felicity Jones no papel de Sullivan. Algumas mudanças no enredo foram feitas, mas o propósito é o mesmo: promover reflexões sobre a humanidade e sobre o nosso futuro. 

As cenas no Ártico foram gravadas na Islândia e as cenas espaciais em um estúdio. “Foi como fazer ‘O regresso’, na primeira metade até o fim do ano passado, e então fazer ‘Gravidade’ na segunda metade”, relata George Clooney em entrevista coletiva de divulgação do filme.

Veja o trailer abaixo:

Confira as outras dicas do Puro Malte #55:

  • Uso da esponja vegetal. Indicação de Roberta Scrivano; 
  • Livro “Manual Antirracista”, de Djamila Ribeiro. Indicação de Roberta Scrivano;
  • Livro “Gostaria que você estivesse aqui”, de Fernando Scheller. Indicação de Roberta Scrivano;
  • Documentário “Três estranhos idênticos”, disponível na Netflix. Indicação de Roberta Scrivano;
  • Olimpíadas de Tóquio. Indicação de Bia Nantes;
  • Filme “A escolha de Sofia”, disponível em Telecine Play, Google Play e Youtube. Indicação de Felipe Miranda. 

E se você estiver buscando mais livros que promovem reflexões… 

“O céu da meia-noite” fez sucesso primeiro no exterior para depois chegar ao Brasil, quando foi trazido por uma iniciativa literária. Esta é uma das vantagens de assinar um clube de livros: a possibilidade de ler obras incríveis e inéditas no Brasil, antes que elas cheguem ao público geral. 

O Empiricus Books é um desses clubes que busca trazer edições especiais de livros de finanças, economia e negócios para promover reflexões e estimular ideias transformadoras. A cada dois meses, os assinantes recebem em casa um livro inovador e alguns mimos literários. Depois, também podem aproveitar conteúdos extras sobre a obra e aprofundar seu conhecimento. 

Caso você tenha se interessado, deixo aqui o convite para conhecer o Empiricus Books. Vale a leitura!