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Tempo ao tempo

“O tempo é a substância da qual sou feito. O tempo é um rio que me arrasta, mas eu sou o rio; é um tigre que me dilacera, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo.” Encontrei esse fragmento de um texto de Jorge Luis Borges recentemente, […]

Por Caio Mesquita

27 de abril de 2024, 14:00

ponteiros de um relógio

“O tempo é a substância da qual sou feito. O tempo é um rio que me arrasta, mas eu sou o rio; é um tigre que me dilacera, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo.”

Encontrei esse fragmento de um texto de Jorge Luis Borges recentemente, enquanto buscava citações sobre o efeito da passagem do tempo em nossas vidas.

Nada mais presente, e ao mesmo tempo imperceptível, a passagem do tempo não somente determina nossa existência mas, como descreveu Borges, é a nossa existência.

Como filho e pai, observo os dois extremos, contemplando a ponte de vida que nos conecta e nos define.

Nada de valor é rápido. O tempo devotado é o preço a ser pago pela conquista.

Os cabalistas nos ensinam sobre o “pão da vergonha” como o sentimento de inferioridade quando recebemos algo que não foi conquistado, ou que não nos percebemos como realmente merecedores.

Sem merecimento, ou seja, sem devotar esforços, o que deveria ser um ativo se torna um fardo. Tornamo-nos inseguros e destituídos de propósito.

O esforço empregado necessariamente precisa da sua dimensão no tempo, caso contrário deixa de ser esforço verdadeiro para ser mera sorte ou casualidade.

Adam Grant, autor de best-sellers e professor de Wharton, tem insistido na importância de experimentarmos o desconforto como condição ao aprendizado necessário para atingirmos nosso potencial.

Invejamos aqueles que rapidamente chegam aos seus objetivos, mas nossa admiração verdadeira vai aos que se dedicaram por mais tempo até chegarem ao topo.

Fundei, com meus sócios, a Empiricus há 15 anos. Hoje fazemos parte do maior banco de investimentos da América Latina.

Antes disso, empreendi por 7 anos no ramo de restaurantes. E, antes ainda, fui executivo por quase uma década em bancos de investimento.

Cada dia, desses mais de 30 anos, foi necessário. 

Nesta semana postei no meu instagram a imagem abaixo:

Linha do tempo de Warren Bufett relacionando sua idade com sua fortuna acumulada

Se Warren Buffett tivesse se aposentado aos 60 anos seria “apenas” um velhinho bilionário vivendo em Omaha.

Nos investimentos, a passagem do tempo tem poder exponencial, potencializados pela oitava maravilha do mundo dos juros compostos de Albert Einstein.

Dê tempo aos seus investimentos.

Deixo você agora com os destaques da semana.

Boa leitura e um abraço,

Sobre o autor

Caio Mesquita

CEO da Empiricus