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Terceiro Turno

Novo ciclo de commodities, Renda Fixa ainda vale a pena? e XP vs. BTG | Seleção Empiricus #13

Para o bate-papo semanal sobre ações e investimentos do Seleção Empiricus, Ricardo Mioto recebe Max Bohm, João Piccioni e José Rocha, da Dahlia Capital.

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Data de publicação
26 de janeiro de 2021
Categoria
Terceiro Turno

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Para o bate-papo semanal sobre ações e investimentos do Seleção Empiricus, Ricardo Mioto recebe Max Bohm, João Piccioni e José Rocha, da Dahlia Capital.

1:19 Para começar, Mioto cita que estamos em um momento difícil de entender. Existem elementos que mostram que estamos no começo de um ciclo, e outros que passamos por um momento de exaustão. Afinal, em que parte nos encontramos?

José responde que para começar, precisamos entender que no mundo existem 3 forças deflacionárias fortes: dívidas, demografia e tecnologia. Segundo ele, esse último precisa de uma atenção especial. Pensando na Lei de Moore, a velocidade dos computadores ia dobrar periodicamente, sendo assim, nos próximos anos a tecnologia deve melhorar muito, levando a inflação para baixo. Nesse caso, é preciso um equilíbrio do outro lado – estímulos igualmente fortes para que haja um balanceamento. E recapitulando os últimos anos da política e economia, não foi suficiente. Esses estímulos ajudaram as pessoas de forma desigual – ajuda aquele que tem mais grana, situação que gera raiva e desejo de mudança, alterando o mix política econômica do mundo. O resultado? Bolsas sobem, ativos sobem e as moedas ficam sempre no mesmo lugar.

10:25 Falando com uma visão construtiva da Bolsa brasileira, por que se deve esse otimismo? Consequência do preço das commodities, agenda de reformas?

Rocha diz ser um mix de todos os fatores. Existe a parte ligada às commodities e também às reformas, que mesmo com a situação da pandemia andaram, fato que é preciso ser levado em consideração. Além disso, o combo “juros baixo + dólar” ajuda a retomar o mercado externo e talvez substituir um pouco da importação por aqui.

20:30 O tema agora é segurança regulatória. Pensando nesse assunto, deveríamos olhar mais para China e aumentar a alocação?

José, que tem posições em China, responde que estamos cada vez mais caminhando para ser um mundo multipolar e que a competição se dará através da tecnologia. Nesse caso, os Estados Unidos terão um grupo de tecnologia campeões, bem como a China, sempre brigando por produtividade. Por isso, pensando no longo prazo, é impossível ficar de fora. João, que concorda com a teoria, ainda trás o exemplo dos carros elétricos e do fechamento da Ford no Brasil.

26:07 Mudando de assunto, Mioto lembra que há algumas semanas atrás tivemos o CEO da Aura Minerals como convidado desse bate-papo. Entrando no tema de metais, qual é a bola da vez e o ouro ainda é o safe heaven?

Rocha diz ter posições em ouro, cobre e mineradoras. Ainda segundo ele, a história do cobre é muito interessante e muito menos comentada que o ouro. Além de ser uma tendência ESG – por ser um ótimo condutor elétrico – o cobre é cíclico e possuí propriedades antimicrobianas, por isso, a perspectiva é substituir os outros metais do dia a dia por ele.

31:57 Continuando nessa questão, a pergunta é: o argumento da valorização das commodities é real? 

Max afirma que estamos em um momento realmente muito interessante para as commodities: uma grande demanda chinesa, um cenário de maior liquidez global e maior inflação. Por esses fatores é que se tanto fala em um novo ciclo de commodities, sem enxergar uma queda em um futuro próximo, sendo importante ter investimentos nesse tipo de ativo para compor um portfólio diversificado.

39:29 Puxando o bate-papo para a Renda Fixa, Mioto questiona: ainda existem oportunidades?

José responde que ainda tem uma posição em Ntn-b, porém dá preferência por ações e completa que é importante monitorar as questões políticas, mas que ainda assim vale uma posição. João concorda, mas diz que a maior parte da Renda Fixa é em caixa e que o custo de oportunidade é alto.

41:49 A hora é do “ringue de ações”: XP ou BTG?

Rocha empata os dois papéis e explica que ambas terão um papel muito importante na ajuda da passagem do investidor da poupança para o investimento em ações. João escolhe o BTG, assim como Max, que diz gostar das duas ações, mas que pensando em crescimento, vê mais oportunidades.

56:28 E para não perder o costume, Mioto pergunta à João e José quais ações eles tem em suas carteiras, mas que passam despercebidas por outros.

Rocha escolhe Petz, por ter um IPO recente e pelo segmento ter grandes chances de crescimento e João favorita as Lojas Quero Quero, que retomam o interior do país.

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