Bruno Mérola
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De um lado do ringue, os megainvestidores e bilionários – cada um à sua época – Warren Buffett, Jesse Livermore e Gerald Loeb. De outro, vestindo luvas azuis, representantes da Teoria Moderna do Portfólio como Harry Markowitz e William Sharpe e, de penetra, o matemático e financista Nassim Taleb.
Ayrton Senna é o piloto mais rápido de todos os tempos.
A conclusão acima é de especialistas em machine learning da Amazon Web Services, em artigo publicado no blog da empresa, após quase um ano criando modelos e algoritmos para homenagear os 70 anos da Fórmula 1, uma de suas principais clientes.
Em sua analogia contemporânea (quando algo se torna clássico de vez?) sobre liquidez, Nassim Taleb compara o mercado a uma grande sala de cinema com uma pequena porta de saída.
Há duas semanas, um popular fundo de ações, após ver seu número de cotistas se multiplicar por 30 (!) e seu patrimônio líquido por cinco nos últimos 12 meses, anunciou que estava próximo de fechar.
Depois de algumas tentativas, o banco do motorista finalmente estava em uma posição que parecia confortável, os retrovisores na altura certa dos olhos e o câmbio no ponto neutro.
Nas décadas de 1980 e 1990, uma linha de telefone fixo era um privilégio para poucos. Se não bastasse pagar o valor de um carro zero (em reais ou dólares, tanto fazia), ainda era necessário esperar alguns anos na fila pelo seu orelhão particular.
Quando meu pai decidiu largar o mercado de opções, após 25 anos de muita história para contar nos pregões do Rio e de São Paulo e nas mesas proprietárias de uma dezena de corretoras, esperávamos que a volatilidade lá em casa se reduzisse.
A não ser que a consideremos como aquela semana de março em que a Bolsa brasileira passou por quatro circuit breakers, ainda estamos separados por seis meses da próxima Black Week, tradicional semana de descontos no varejo (nem sempre atrativos).
Temos o hábito esquisito de chamar de “mercado” essa entidade mitológica representada pelas decisões racionais e impulsos emocionais de investidores comuns — alguns brilhantes, mas ainda assim de carne e osso.
“Navegar é preciso. Mas e esse iceberg em que acabamos de esbarrar, comandante, você tem certeza que foi só de raspão ou é melhor eu verificar os andares de baixo?”