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Conheça o perfil da carteira de investimentos do brasileiro nas cinco regiões do país

Um estudo pioneiro realizado pela Empiricus traçou o Mapa do Investimento no Brasil e mostrou como os investidores das cinco regiões brasileiras se comportam.

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Data de publicação
28 de junho de 2018
Categoria
Investimentos

Um estudo pioneiro realizado pela Empiricus em parceria com os pesquisadores professor doutor Joel Dutra, professor doutor Rodolfo Olivo e professor Rodrigo Silva, traçou o Mapa do Investimento no Brasil e mostrou como os investidores das cinco regiões brasileiras se comportam. A pesquisa também revelou diferenças nas escolhas de investimento de homens e mulheres e entre gerações. Confira os resultados.

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Dentre uma lista de 20 ativos financeiros, a pesquisa pediu aos participantes que selecionassem quais deles faziam parte da carteira de investimento no momento da pesquisa e em quais pretendiam investir em 2018.

Os cinco mais votados foram:

Investimentos hoje* Investimentos próximos 12 meses
Ações 14%  Moedas digitais 10%
Tesouro Direto 13%  Dólar 9%
Previdência privada 8%  Fundos imobiliários 9%
Fundos imobiliários 7%  Ouro 8%
CDB 6%  Opções 8%

*Momento da pesquisa

Perfil da carteira de investimentos nacional e por região

O estudo mostrou que a atual carteira de investimentos nacional é conservadora. Do total, 45% dos recursos estão aplicados em ativos de baixo risco e baixa volatilidade, de acordo com os critérios da pesquisa.

Das cinco regiões do país, o Sudeste tem a carteira mais equilibrada entre os ativos, acompanhando a média nacional, assim como o Sul e o Centro-Oeste. A região mais conservadora é o Nordeste, com 47% alocados em ativos de baixo risco e baixa volatilidade. A região Norte é a mais arrojada, com 39% dos recursos em ativos de alto risco e alta volatilidade.

Carteira de investimentos brasileira por região

Perfil da carteira de investimentos – hoje
Nacional Sudeste Sul Centro-Oeste Norte Nordeste
Conservador

45%

44%

45% 45% 44%

47%

Moderado

19%

20%

18% 18% 17%

17%

Arrojado

36%

36%

37% 37% 39%

36%

 

Entre homens e mulheres, os primeiros possuem perfil de investimento mais arrojado. As mulheres afirmaram ter 52% dos recursos em aplicações conservadoras, superando em 7 pontos percentuais a média nacional.

Carteira de investimentos brasileira por sexo e faixa etária

Perfil da carteira de investimentos – hoje
Homem Mulher Até 30 anos Entre 31 e 50 anos Entre 51 e 70 anos Acima de 71 anos
Conservador

44%

52%

28% 47% 55%

31%

Moderado

19%

18%

11% 21% 23%

11%

Arrojado

37%

30%

61% 32% 22%

58%

 

O que surpreendeu na pesquisa foi o comportamento dos investidores acima de 71 anos. “É esperado que o jovem que, via de regra, tem um horizonte de investimento mais longo, assuma mais risco em sua carteira. Entretanto, com o avanço da idade, a tendência é que o risco diminua e o foco seja a preservação do capital. Mas a pesquisa mostrou que os investidores brasileiros mais velhos estão na contramão e gostam de correr risco”, afirma Beatriz Cutait, CFP®, especialista em investimentos da Empiricus.

Onde investir nos próximos 12 meses?

Para os próximos 12 meses (o levantamento foi realizado em dezembro de 2017), a pesquisa sugere uma forte tendência de inversão de ativos. Os participantes mostraram-se propensos a adicionar muito mais risco ao portfólio – 51% pretendem ter uma carteira arrojada. A região Nordeste é a que registrou maior elevação de risco, 16 pontos percentuais.

Carteira de investimentos brasileira por região

Perfil da carteira de Investimentos – próximos 12 meses
Nacional Sudeste Sul Centro-Oeste Norte Nordeste
Conservador

25%

24% 26% 24% 27%

25%

Moderado

24%

25%

23% 24% 22%

23%

Arrojado

51%

51%

51% 52% 51%

52%

 

A mudança no perfil de risco também foi observada nas variáveis sexo e faixa etária. A carteira da mulher tende a ficar muito mais próxima da do homem. Eles pretendem ter 52% do portfólio em ativos arrojados contra 37% atuais e elas, 50% contra 30% atuais – 66% a mais de risco do que possuem hoje.

Considerando a faixa etária, o único grupo que pretende diminuir o risco da carteira nos próximos 12 meses é o de investidores de até 30 anos. No momento da pesquisa, 61% do portfólio estavam alocados em ativos arrojados; daqui a 12 meses, a tendência é de que sejam apenas 54%.

Mais uma vez, surpreende o grupo mais velho. Hoje, a carteira já é bastante concentrada em risco, 58%. Daqui a 12 meses, os investidores acima de 71 anos pretendem adicionar ainda mais risco e ter 78% da carteira em ativos arrojados.

Carteira de investimentos brasileira por sexo e faixa etária

Perfil da carteira de investimentos – próximos 12 meses
Homem Mulher Até 30 anos Entre 31 e 50 anos Entre 51 e 70 anos Acima de 71 anos
Conservador

24%

28% 25% 25% 27%

10%

Moderado

24%

22%

21% 25% 26%

12%

Arrojado

52%

50%

54% 50% 47%

78%

 

A pesquisa ainda revelou que para 60% dos respondentes o principal objetivo de investimentos é a construção de riqueza. Em segundo lugar, 24%, está a criação da reserva de emergência. A maior dos participantes, 41%, ainda afirmou estar otimista quanto ao retorno de suas aplicações para 2018.

Para ter acesso ao conteúdo completo da pesquisa, clique aqui.