Investimentos

Cosan (CSAN3), Bitcoin e mais: os ‘cavalos’ do fundo multimercado da Empiricus para o segundo semestre

Na live mensal do Carteira Universa, Felipe Miranda e João Piccioni analisam o desempenho do fundo em junho e revelam suas principais apostas para o segundo semestre de 2025.

Por Mariana Pavão

08 jul 2025, 10:29 - atualizado em 08 jul 2025, 10:36

carteiras da empiricus em 2023 carteira universa multimercado fundo

Imagem: Freepik

A primeira metade de 2025 terminou com motivos para os cotistas do Carteira Universa comemorarem. O fundo multimercado, que expressa as convicções da equipe da Empiricus, acumulou uma valorização de 13,65% no ano até junho.

Segundo Felipe Miranda, CIO da casa de análises, o resultado está “bastante substanciado pelas ações brasileiras, que são um destaque no cenário internacional”

O mês de junho, porém, foi mais moderado, com alta de 0,44%, reflexo de um ambiente mais volátil e realização de lucros após uma sequência de três meses consecutivos de alta acima de 4%.

Segundo Miranda, “não foi um mês muito auspicioso do ponto de vista dos retornos”, mas o cenário evoluiu de forma positiva.

Trade eleitoral, fluxo gringo e fundamento

Na visão dos estrategistas, há três movimentos em curso que podem pavimentar a continuidade do bull market: o avanço do trade eleitoral, a expectativa de cortes de juros e o fluxo estrangeiro à bolsa brasileira.

Com a popularidade do governo em queda e nomes de centro-direita ganhando tração, o mercado começa a precificar a possibilidade de uma mudança de direção na política econômica em 2026

“Aumentou, para mim e para as pesquisas, muito claramente, a chance de uma alternância de poder”, afirmou Miranda, que também acredita que “o trade eleitoral chegou, o tal segundo semestre é agora”.

Ao mesmo tempo, os dados de emprego nos EUA reacenderam as apostas em cortes de juros pelo Fed, o que pode abrir espaço para o Banco Central brasileiro também reduzir a Selic, apesar do cenário fiscal instável.

“Dólar continua fraco no mundo e contra o Real, […] entrou uma força em prol de queda de taxa de juros, inclusive nos Estados Unidos, […] que abriria a possibilidade de um debate por uma Selic mais baixa”, afirmou Miranda.

Enquanto isso, o investidor local segue retraído, focado em renda fixa. 

“O bull market brasileiro, stricto sensu, não começou para o investidor local. É um dinheiro de gringo vindo. […] Quando virar esse ambiente doméstico, o potencial mesmo é de uma super multiplicação”, avaliou o estrategista.

Os ‘cavalos’ da Carteira Universa

Com esse pano de fundo, os estrategistas destacaram os ativos com maior potencial de valorização para o segundo semestre. Um dos destaques segue sendo Cosan (CSAN3).

“Cosan é talvez o grande cavalo. É o nome para multiplicar por três ou quatro”, afirmou Miranda. 

Ele citou ainda a nova emissão de bonds da Raízen, no valor de US$ 750 milhões, como um movimento que ajuda a endereçar os desafios de curto prazo da companhia e reforça a tese.

No exterior, o CIO da Empiricus Asset, João Piccioni, aposta em ações ligadas à inteligência artificial e tecnologia, com destaque para empresas como Nvidia, Microsoft e Oracle

“A gente tem um bull market nascente muito poderoso nos próximos seis meses, e vamos ter ajuda da política monetária em algum momento. A gente vai ver dinheiro entrando e acho que vai acabar subindo.”

Já o Bitcoin é visto como uma peça importante da diversificação, especialmente em meio ao movimento de diversificação do investidor global.

“Ele está começando a vida institucional dele […] Tem muito ainda por vir […] Se o cenário melhorar muito, pode ser um ativo de US$ 500 mil”, disse Miranda.

Junto a isso, Piccioni reforçou que “a BlackRock ganhou mais dinheiro com ETF de Bitcoin esse ano do que ganhou com os ETFs de S&P no ano inteiro”, e também acrescentou:

“O Bitcoin virou uma opção para o próprio americano para fugir do dólar […] É para ser, sim, observado como uma reserva de valor”.

A Empiricus também anunciou o lançamento de um novo ETF de Bitcoin na bolsa brasileira, voltado a investidores interessados em exposição regulada.

Ainda dá tempo?

Mesmo após a alta expressiva da bolsa no semestre, a avaliação da equipe é de que ainda há espaço para entrada e que o segundo semestre pode ser até mais favorável do que o primeiro, conforme aponta Miranda:

“Acho que o fundamento andou na nossa direção. Estou realmente bastante animado com essa possibilidade de um segundo semestre que poderia replicar ou até mesmo ser melhor do que o primeiro.”

Caso tenha interesse em investir ou conhecer melhor o fundo Carteira Universa, clique aqui.

Para assistir à live completa e entender todas as posições da Carteira Universa, acesse o vídeo abaixo:

Sobre o autor

Mariana Pavão

Redatora dos portais Empiricus, Seu Dinheiro e MoneyTimes.