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A Eletrobras (ELET6) apresentou resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25) abaixo das expectativas, mas com boa evolução na linha de gastos gerenciáveis.
A Receita Líquida permaneceu praticamente estável na comparação com o 1T24, em R$ 9,7 bilhões, com o acréscimo de R$ 658 milhões nas receitas de geração (maiores volumes de energia) sendo mais do que compensado pela redução de R$ 687 milhões nas receitas de transmissão, por conta de reajuste tarifários.
Mas o aumento da receita de geração foi acompanhado por um acréscimo relevante dos custos associados à maior compra de energia, o que fez a linha de gastos não gerenciáveis crescer +31%, bem acima do que o mercado esperava.
Eletrobras mostra evolução na linha de gastos gerenciáveis
Por outro lado, a companhia mostrou melhora na linha de provisões (após a venda das térmicas para a Âmbar) e mais uma ótima evolução na linha de PMSO (gastos gerenciáveis), que caiu -8,3% no período, e evidencia os esforços em busca de maior eficiência.
Isso amenizou a queda do Ebitda, que recuou -4,1%, para R$ 5,4 bilhões, mesmo com um forte aumento dos custos com compra de energia. O Resultado Financeiro também piorou (-R$ 406 milhões), principalmente por conta de um impacto de -R$ 775 milhões na variação do valor justo do hedge de dívida em moeda estrangeira.
Com esses efeitos, o Lucro Líquido regulatório ajustado recuou -54%, para R$ 408 milhões, abaixo das expectativas.
No trimestre, a companhia mostrou avanços na venda de energia. Considerando o meio da faixa informada por ela, a energia descontratada recuou -3 p.p. em 2025 e 2026, e -1 p.p. em 2027, com aumento de R$ 5/MWh em 2026 e 2027. Também houve redução de -R$ 450 milhões no estoque de provisão de empréstimos compulsórios.
ELET6 segue com recomendação de compra da Empiricus Research
Apesar dos resultados piores por conta da compra de energia, seguimos vendo avanços importantes na linha de gastos gerenciáveis, que ainda devem destravar bastante valor à tese.
Por 6x Valor da Firma/Ebitda e um dividend yield que pode chegar a dois dígitos a partir de 2026, Eletrobras segue com recomendação de compra na Empiricus Research.
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