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Investimentos

Em live, Felipe Miranda elogia conduta do Copom sobre a Selic: ‘Voltamos a ter âncora monetária no Brasil’

No Instagram, o CIO da Empiricus comenta a decisão do BC de manter a taxa básica de juros em 10,50% ao ano.

Por Nicole Vasselai

20 jun 2024, 12:45

Atualizado em 20 jun 2024, 12:45

Imagem: Freepik / Montagem: Nicole Vasselai – Empiricus Research

Voltamos a ter âncora monetária no Brasil“. Em tom de alívio, essas são palavras de Felipe Miranda, sócio-fundador e CIO da Empiricus Research, em live no Instagram, ao comentar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 10,50% na reunião de ontem (19).

Para o analista-chefe da casa, depois de ter se comunicado mal no Copom anterior, o colegiado teve a conduta necessária no encontro de junho: “Não acho que estamos imaculados em relação ao Copom anterior, mas estamos recuperando a credibilidade, pelo menos momentaneamente. O colegiado se mostrou uníssono, técnico e responsável [na tomada de decisão]”.

No comunicado, o Copom identifica um cenário externo ainda difícil, mas sem grandes novidades, e uma deterioração adicional das expectativas da inflação, assim como vê o mercado de trabalho ainda muito apertado e indicadores de atividades mais fortes.

“A boa notícia é que o BC chamou de ‘interrupção’ no ciclo de cortes, o que soa como uma pausa, um respiro, para em algum momento voltar a cortar”, explica Miranda.

Na visão dele, o posicionamento do Copom foi um importante sinal rumo a um alívio no câmbio e no juro de curto prazo. “Consequentemente, devemos ter uma reancoragem de expectativas da inflação”, acredita.

‘Copom conseguiu se institucionalizar’

Além disso, o analista diz ter ficado muito clara a ideia de continuidade independentemente de quem ocupa a cadeira do Copom hoje ou no futuro: “Acho que o Copom conseguiu se institucionalizar”.

Ele afirma isso, principalmente, levando em conta a situação constrangedora das quatro nomeações do presidente Lula para compor o colegiado em relação a Campos Neto, após as últimas entrevistas de Lula atacando o presidente do Banco Central.

“As pessoas que foram colocadas por Lula [no Copom] estavam em posição muito delicada do ponto de vista pessoal e se saíram muito bem mesmo assim. Os quatro mostraram uma postura muito adequada, salvaram seus currículos e comprovaram seu caráter – pelo menos por enquanto”.

Nesse cenário dos últimos dias, em que decisões monetárias têm se misturado a questões políticas, o analista acredita haver muito mais ruído do que sinal no discurso de políticos: “O investidor precisa diferenciar o que é bravata eleitoreira e o que é real, e é pra isso que nós [analistas] estamos aqui”.

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Do que dependemos pra ter um rali mais consistente?

Essa é a pergunta de um milhão de dólares, após semanas consecutivas de Ibovespa em queda em 2024.

Para Miranda, o Brasil precisa principalmente se empenhar em uma revisão dos gastos públicos. “Não falo de uma grande revolução, mas há espaço para pequenos ajustes. Senão, vamos inviabilizar o país, já que a sociedade não aguenta mais o aumento da arrecadação”, sugere.

Como exemplo, ele cita a mudança da vinculação e indexação do seguro-desemprego, BBPC e abono-salarial: “Há espaço para reforma administrativa, mesmo que chamem de outro nome, como um discurso de ‘combater privilégios do judiciário’, combater salários milionários dos marajás, etc”.

Dessa forma, o analista acredita que seja possível rolar o problema fiscal por mais um ano e meio e, antes mesmo das eleições de 2026, se houver um candidato reformista pró-mercado na frente, isso já será precificado pelo mercado.

“No fim das contas o Brasil não precisar gerar muita coisa boa, é só parar de fazer bobagem e escorregar na reta que a inflação se mantém controlada, os juros caem aos poucos, como já está acontecendo em países da Europa e possivelmente em breve nos EUA, e os ativos devem voltar a subir”.

Por fim, Miranda encerra a live com três recomendações de ações de qualidade e robustez para investir agora: Itaú (ITUB4), Cosan (CSAN3) e BR Partners (BRBI11).

Além desses papéis, a equipe de analistas da Empiricus Research também gosta destas outras ações, caracterizadas por terem boa execução em momentos macroeconômicos mais difíceis.

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.