O presidente Lula voltou a criticar a política de preços da Petrobras (PETR4) na última quinta-feira (6). Em conversa com jornalistas, o presidente afirmou que os preços da petroleira vão ser mudados “com muito critério”.
A fala veio depois que o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em entrevista na quarta-feira (5) que a política de preços da Petrobras seria alterada para algo chamado “Preço de Competitividade Interna”.
O presidente da república esclareceu que ainda não há nenhuma decisão sobre a mudança, mas que ela deve acontecer. Nas palavras de Lula:
“Vamos mudar, mas com muito critério. Durante a campanha eu disse que era preciso abrasileirar o preço da gasolina e diesel. O Brasil não tem porque estar submetido ao preço internacional.”
Por mais que Lula não tenha estipulado datas ou entrado em detalhes sobre a mudança, muitos investidores ficaram se perguntando se uma alteração na política de preços da Petrobras pode colocar os dividendos dos acionistas em risco.
Afinal de contas, alterar preços poderia impactar os lucros da petroleira – e lucros menores significam dividendos menores.
Essa é uma possibilidade especialmente dramática quando nos lembramos que a Petrobras foi uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo inteiro nos últimos anos.
Ou seja, pode ser que estejamos diante de uma queda brusca para os acionistas da Petrobras…
Mas mesmo em meio a essa incerteza, nem tudo está perdido. Segundo a equipe de analistas da Empiricus Research, dois motivos explicam por que uma possível mudança na política de preços da Petrobras não necessariamente significa que esse é o “fim da linha” para quem lucra com dividendos:
- O ajuste na política de preços pode ser feito de diferentes maneiras;
- Existem outras empresas brasileiras pagando dividendos bem generosos.
SAIBA COMO BUSCAR LUCRO COM DIVIDENDOS MESMO SE HOUVER MUDANÇA NOS PREÇOS DA PETROBRAS
Dividendos vão sofrer ‘canetada’? Entenda o que pode mudar
Atualmente, a Petrobras adota o PPI, o preço de paridade na importação, em seus combustíveis. Isso significa que a petroleira segue as oscilações do mercado internacional ao precificar os combustíveis.
A política de paridade foi adotada em 2016, durante o governo Temer, com a intenção de maximizar o lucro da Petrobras e, ao mesmo tempo, incentivar a concorrência.
Isso, em tese, é um bom cenário para os acionistas, porque lucros maiores implicam dividendos maiores por ação.
E, de fato, foi durante a vigência do PPI que a Petrobras alcançou o posto de segunda maior pagadora de dividendos do mundo, em 2022, “fazendo a alegria” dos investidores ao distribuir o equivalente a US$ 21,7 bilhões.
Mas Lula já se manifestou publicamente contra a política de preços da Petrobras. Segundo o presidente, “o Brasil não tem porque estar submetido ao PPI”, e é só uma questão de tempo até que a precificação da petroleira seja revista.
No meio disso tudo, não é difícil entender por que tantos investidores estão aflitos. Afinal de contas, uma nova política de preços que tivesse efeito sobre os lucros da Petrobras poderia colocar um ponto final no tempo dos dividendos bilionários, concorda?
Mas, mesmo em caso de canetada do presidente, nem tudo está perdido. Segundo Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, existe espaço para uma revisão na política de preços sem provocar um cenário “extremamente ruim”. Nas palavras de Ruy,
“Existe um espaço para você fazer esse tipo de ajuste sem que isso ‘ferre’ a Petrobras.”
Em um podcast destinado aos assinantes da carteira Vacas Leiteiras, focada em dividendos, Ruy afirmou que o grande problema de uma mudança na política de preços da Petrobras seria forçá-la a importar combustíveis por um preço maior do que eles seriam vendidos aqui no país.
Mas, caso essa mudança viesse na forma de uma flexibilização em regiões onde a Petrobras consegue suprir a demanda por combustíveis por completo, o “meio termo” pode ser atingido, agradando ao governo sem mexer demais no bolso dos acionistas.
Isso, por si só, já é uma boa notícia para os investidores de PETR4: pode ser que ainda seja possível buscar lucros com dividendos investindo na petroleira. Mas tem como essa história ficar ainda melhor.
Quero dizer que, por mais que a Petrobras seja a primeira empresa que vem à cabeça de qualquer investidor quando se fala em dividendos, ela não é a única a pagar valores bem generosos a seus acionistas.
Isso porque é possível montar uma carteira de investimentos toda focada em dividendos, aproveitando os futuros lucros da Petrobras e de muitas outras empresas.
É assim que funciona a estratégia da renda anticrise. Para você ter uma ideia, investidores que seguem essa estratégia vão receber pagamentos todos os meses em 2023, direto em suas contas.
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Veja bem, estamos falando de uma situação “ganha-ganha” aqui. “Renda anticrise” significa que o objetivo dessa estratégia é possibilitar que você tenha uma renda extra todos os meses, independentemente do que aconteça.
Ou seja, mesmo que o desempenho do Ibovespa seja abaixo do esperado… mesmo que a economia derrape, ou até mesmo se a política de preços da Petrobras for alterada e afete os dividendos…
Em qualquer cenário, você ainda pode receber dividendos mensalmente, se seguir essa estratégia.
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