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VALE3 e mais: veja as ações e commodities que devem se beneficiar com a reabertura da China

Xi Jinping finalmente começa a relaxar política de combate à Covid. Além da Vale e do minério de ferro, outras ações e commodities podem se beneficiar do movimento; saiba mais

Por Juan Rey

16 dez 2022, 16:59 - atualizado em 16 dez 2022, 17:26

Minério de ferro e da VALE3 outras commodities podem se beneficiar com a reabertura da china
Imagem: Divulgação

A China finalmente caminha para uma reabertura. E, além da Vale (VALE3), que tem o país como seu maior comprador de minério de ferro, outras ações e commodities também podem se beneficiar do movimento.

O país asiático se via em um ‘beco sem saída’: depois dos protestos da população contra a política de ‘Covid 0’ e com a menor projeção de crescimento do PIB desde 1976 (sem contar 2020, auge da pandemia), Xi Jinping parece finalmente começar a ceder.

Há algumas semanas, a China reduziu a quarentena e afrouxou a exigência do uso de máscaras. Junto a isso, a expectativa é de que com maior testagem e novas vacinas em 2023, a economia chinesa possa finalmente voltar a crescer com mais força.

Minério de ferro: commodity já sente os efeitos positivos da reabertura

A primeira commodity a se beneficiar com as medidas efetivas de abrandamento das restrições na China é um tanto quanto óbvia. Não é novidade que o país asiático é o maior importador de minério de ferro do mundo e, consequentemente, do Brasil. Com os sinais de reabertura, a commodity vem decolando nos últimos dias. 

Segundo dados da Investing.com, o contrato futuro do minério de ferro subiu de $80, em 01/11, para $110,50, no fechamento da última quinta-feira (15). O número representa um aumento percentual de 38,1%.

Gráfico mostra avanço do minério de ferro entre novembro e dezembro. Fonte: Investing.com

Mas o minério de ferro não é a única commodity que se beneficiará do cenário. O sócio-fundador e estrategista da Empiricus, Felipe Miranda, explica que, por conta do aumento da circulação, o petróleo também poderá surfar na onda do relaxamento das políticas restritivas na China

“Você vai precisar de combustível, de consumir mais, e o petróleo, que teve um mês de novembro ruim, pode ter um prognóstico mais favorável”, explica.

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VALE3 e mais: as ações que podem se beneficiar da reabertura da China

Todo esse movimento é bom para a Vale (VALE3), a maior exportadora de minério de ferro do Brasil. Para Felipe Miranda, a Vale se tornou um “porto seguro” na Bolsa em meio ao cenário macro complicado.

“É curioso falar isso, é uma commodity. Mas a empresa tem receita em dólar e depende de fatores exógenos, fora do tiroteio doméstico. Você sai do doméstico, sai do que é afetado pela incerteza macro local para comprar algo que é dólar. A princípio é um negócio blindado, paga bons dividendos, é o menor custo marginal de produção e tem o minério de alto teor de ferro”, explica.

Mas, assim como o minério de ferro não é a única commodity a se favorecer com a reabertura da China, VALE3 também não é a única ação. 

Para Felipe, a Cosan (CSAN3), que recentemente adquiriu 4,9% das ações da Vale, também pode se beneficiar do movimento. 

Além de Cosan, outro papel que pode se dar bem nesta dinâmica é a Gerdau (GOAU4). De acordo com o estrategista-chefe da Empiricus, a companhia é uma ‘proxy’ da China e pode ser ajudada pela pelo cenário que se apresenta para o ano que vem.

Com a crise inflacionária das economias desenvolvidas – Estados Unidos e as nações da zona do euro – os países emergentes ganham um peso importante.

Estrategistas globais, inclusive, acreditam que 2023 pode ser o ‘ano dos mercados emergentes’. Por isso, é importante estar investido em nomes de qualidade e que vão pegar carona na dinâmica global.

“Esse também é um dos fatores que pede boa alocação em commodities no ano que vem, focalizada em nomes de qualidade, bons pagadores de dividendo, pouco alavancados e com baixo custo marginal de produção. Vale e Gerdau se encaixam muito bem nessa definição”, finaliza Felipe.

Sobre o autor

Juan Rey

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Contato: juan.rey@empiricus.com.br

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