CFG: O que é, para que serve e como tirar o selo de fundamentos em gestão da ANBIMA

A Certificação CFG, criada pela ANBIMA, é voltada para profissionais que desejam atuar em áreas relacionadas à gestão de recursos de terceiros. Ela funciona como uma certificação de entrada, validando conhecimentos básicos sobre fundos de investimento, mercado financeiro e princípios que estruturam a indústria de gestão.

Ao contrário de certificações mais técnicas, como CGA ou CGE, a CFG tem caráter fundamental e é ideal para quem está iniciando a carreira no setor.

O que é a Certificação CFG?

A Certificação ANBIMA de Fundamentos em Gestão é um selo de qualificação profissional voltado para quem deseja trabalhar em atividades de suporte, análise e operações relacionadas à gestão de investimentos.

Ela pertence ao programa de certificações da ANBIMA e abrange os conhecimentos essenciais que todo profissional da área precisa dominar, como:

• funcionamento da indústria de fundos;
• regulamentação básica da CVM e da ANBIMA;
• conceitos fundamentais de risco e retorno;
• tipos de fundos e suas características;
• noções preliminares de gestão de carteiras;
• práticas de governança e compliance.

A CFG não qualifica o profissional a gerir fundos; sua função é comprovar conhecimentos iniciais para atuar no ecossistema da gestão.

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Para que serve a CFG?

A CFG serve como uma certificação “porta de entrada” para o mercado de gestão de recursos. Ela é útil porque:

Valida conhecimentos essenciais

A ANBIMA exige que profissionais envolvidos em funções de suporte e operações demonstrem entendimento básico sobre regulamentação, fundos e práticas de mercado. A CFG cumpre exatamente essa função.

Fortalece a credibilidade profissional

Muitas instituições utilizam a CFG como critério de contratação, especialmente para posições júnior em:

• gestoras de recursos;
• áreas de backoffice;
• áreas de middle office;
• operações de fundos;
• suporte ao gestor;
• áreas administrativas;
• consultorias e distribuidoras.

Ajuda a avançar para certificações maiores

Para quem busca evoluir para certificações como CGA (Certificação de Gestores ANBIMA) ou CGE (Fundos Estruturados), a CFG funciona como base teórica importante.

Suporte à governança e conformidade

As certificações ANBIMA fazem parte do modelo de autorregulação do mercado. Profissionais certificados, mesmo nos níveis iniciais, contribuem para uma cultura de conformidade dentro das instituições.

Como trabalhar com uma CFG?

A certificação CFG habilita o profissional a atuar em funções de apoio e suporte dentro da área de gestão de recursos de terceiros. Ela é adequada para quem está iniciando a carreira e ainda não possui experiência avançada.

Com a CFG, é possível trabalhar em:

• Backoffice e operações: funções operacionais que garantem o processamento, liquidação e registro de operações dos fundos.
• Middle office: áreas responsáveis por controle de risco, análise de limites, conciliação, controle de performance, suporte ao gestor.
• Suporte à gestão: atuação em atividades como preparação de relatórios, atualização de bases de dados, acompanhamento de indicadores, apoio em rotinas de investimento.
• Áreas comerciais e de atendimento: trabalhar em relacionamento com clientes, consultorias financeiras e distribuidoras, explicando características gerais de fundos e produtos.
• Departamentos administrativos em gestoras: inclusive funções de compliance, cadastro e governança, que exigem conhecimentos básicos sobre o ambiente regulado.

Como tirar a CFG?

A certificação é organizada e aplicada pela ANBIMA. O processo é simples e acessível, ideal para estudantes e profissionais que estão entrando no mercado.

1. Inscrição no exame

A inscrição é feita diretamente pelo site da ANBIMA, onde o candidato escolhe a data e o centro de testes credenciado. O exame é aplicado em formato digital em computadores.

2. Conteúdo

A prova aborda temas como:

• funcionamento do mercado financeiro brasileiro;
• princípios de economia e investimentos;
• regulamentação básica (CVM, ANBIMA);
• tipos de fundos de investimento;
• política de investimento;
• noções de risco, retorno e diversificação;
• fundamentos da indústria de gestão de recursos.

O conteúdo inclui tanto conceitos teóricos como aplicações práticas.

3. Realização da prova

O exame possui questões objetivas de múltipla escolha e exige raciocínio básico sobre estrutura de fundos, métricas de risco e regulamentação. A ANBIMA define um percentual mínimo de acertos para aprovação, normalmente acima de 70%.

4. Manutenção da certificação

Para manter o selo válido, o profissional precisa acompanhar atualizações das normas da ANBIMA e se recertificar conforme regras de periodicidade definidas pela instituição. Como certificação fundamental, a CFG prepara o profissional para qualificações mais avançadas e contribui para uma carreira consistente no mercado financeiro.