Finanças Pessoais

Leilão de imóveis vale a pena? Entenda como funciona e como participar

Um leilão de imóveis ocorre quando a justiça vende im[oveis confiscados em ações judiciais. Entenda como funciona um leilão de imóveis e se vale a pena participar.

Por Equipe Empiricus

02 mar 2023, 07:26 - atualizado em 10 jun 2024, 11:02

Imagem representando um leilão de imóveis, mostrando uma casa próximo a uma martelo de leilões.

O leilão de imóveis é uma forma de venda de propriedade que pode oferecer oportunidades para compradores encontrarem bons negócios.

Seja você um comprador potencial ou simplesmente curioso sobre o assunto, neste artigo abordaremos vários aspectos importantes do leilão de imóveis, incluindo diferentes tipos, como eles funcionam, quem pode participar e o que fazer se o imóvel arrematado ainda estiver ocupado.

O que é leilão de imóveis?

Um leilão de imóveis é uma forma de vendê-los em um processo competitivo. Nesse processo, os interessados em adquirir o imóvel se reúnem em um local específico ou participam virtualmente e apresentam suas ofertas, geralmente sob a supervisão de um leiloeiro oficial.

O vencedor do leilão é a pessoa que oferece o preço mais alto e se torna o novo proprietário após o pagamento.

Os leilões de imóveis são comuns em situações como a venda de imóveis foreclosures, abandonados ou hipotecados e imóveis confiscados pelo governo. Eles também podem ser realizados para a venda de propriedades de empresas ou particulares que desejem se desfazer deles rapidamente.

É importante destacar que o leilão de imóveis pode ser uma maneira de adquirir um imóvel com um preço mais baixo do que o valor de mercado, mas também há riscos envolvidos, como a falta de informação sobre a condição do imóvel e a possibilidade de disputas legais com antigos proprietários ou credores.

Quais tipos de imóveis vão a leilão?

Os tipos de imóveis que podem ir a leilão incluem:

  1. Imóveis foreclosures: cujos proprietários não conseguiram pagar as suas hipotecas, e, portanto, foram retomados pelos credores;
  2. Imóveis abandonados: que foram abandonados pelos seus proprietários, geralmente devido a problemas financeiros ou legais;
  3. Imóveis confiscados: que foram confiscados pelo governo, geralmente devido a atividades ilegais ou ao não pagamento de impostos;
  4. Imóveis de propriedade de empresas ou particulares: que estão sendo vendidos por motivos financeiros ou para fins de liquidação de bens;
  5. Imóveis comerciais: são imóveis comerciais, tais como escritórios, galpões, lojas e terrenos comerciais.

É importante destacar que os imóveis vendidos em leilão podem estar em boas ou más condições. Por isso é necessário fazer uma inspeção cuidadosa antes de participar do leilão. Além disso, é essencial verificar se há quaisquer pendências legais ou impostos devidos sobre o imóvel antes de fazer uma oferta.

Onde encontro leilões de imóveis?

Existem várias maneiras de encontrar leilões de imóveis, entre elas:

  1. Sites de leilão: muitos sites especializados em leilões oferecem informações sobre leilões de imóveis, incluindo datas, locais e listas de imóveis disponíveis;
  2. Jornais locais: os classificados de jornais locais às vezes anunciam leilões de imóveis;
  3. Leiloeiros oficiais: leiloeiros oficiais são profissionais licenciados que realizam leilões de imóveis. Eles podem fornecer informações sobre leilões futuros e ajudar a localizar leilões em sua área;
  4. Departamentos de tributos: os departamentos de tributos locais podem leiloar imóveis que foram confiscados por falta de pagamento de impostos;
  5. Advogados: os advogados que representam credores ou instituições financeiras também podem organizar esse tipo de evento.

Em geral, é uma boa ideia fazer uma pesquisa detalhada antes de participar de um leilão, para se certificar de que está recebendo todas as informações relevantes sobre o imóvel e o processo envolvido.

Quais são os tipos de leilão de imóveis?

Existem basicamente dois tipos de leilões de imóveis: os judiciais e os extrajudiciais. Eles funcionam da seguinte maneira:

  1. Leilões judiciais: são leilões realizados com base em uma ordem judicial, como parte de uma ação de execução, falência ou hipoteca. Nesses leilões, o imóvel é vendido para satisfazer uma dívida ou para resolver uma disputa legal;
  2. Leilões extrajudiciais: são realizados fora do contexto de uma ação judicial. Esse tipo de leilão pode ser realizado por bancos, instituições financeiras, empresas de construção ou pelo próprio proprietário do imóvel, com o objetivo de vender o imóvel rapidamente.

Em ambos os tipos é importante que o comprador examine cuidadosamente o imóvel, e obtenha todas as informações relevantes sobre o processo antes de fazer uma oferta.

Além disso, é fundamental destacar que, em alguns casos, os imóveis vendidos em leilões judiciais podem ter encargos ou restrições que devem ser considerados antes de fazer uma oferta.

Quem pode e quem não pode participar do leilão?

Em geral, qualquer pessoa que tenha capacidade financeira pode participar desse tipo de processo. No entanto, há algumas restrições que podem ser impeditivas para algumas pessoas. São elas:

  1. Proprietários inadimplentes: em alguns casos, o proprietário do imóvel que está sendo leiloado pode não ser elegível para participar do leilão, pois já tem uma dívida relacionada ao imóvel;
  2. Restrições judiciais: algumas pessoas podem estar sob restrições judiciais que as impede de participar de um leilão, como por exemplo, condenadas por crimes financeiros ou fraude;
  3. Limitadas financeiramente: algumas pessoas podem não ter capacidade financeira suficiente para participar de um leilão, especialmente se o imóvel é vendido por um preço elevado.

Em geral, é importante verificar as regras específicas do leilão antes de participar, pois algumas restrições adicionais podem ser impostas pelo vendedor ou pelo leiloeiro.

O credor do imóvel pode arrematar o bem no leilão?

Sim, é possível que o credor do imóvel arremate o bem no leilão. Quando o imóvel é vendido em um leilão judicial, por exemplo, a venda pode ser realizada com o objetivo de satisfazer uma dívida relacionada ao imóvel. Nesse caso, o credor pode ser autorizado a participar do leilão e arrematar o imóvel para cobrir a dívida.

Por outro lado, é importante destacar que o credor pode não ser o único interessado em arrematar o imóvel. Isso porque outros compradores também poderão participar do leilão e fazer ofertas. Nesse sentido, o vencedor do leilão será aquele que oferecer o maior valor.

Como funciona a adjudicação?

A adjudicação é o processo pelo qual um imóvel é vendido para satisfazer uma dívida relacionada. Em geral, a adjudicação é realizada por meio de um leilão judicial, no qual o imóvel é vendido para o comprador que oferecer o maior valor pelo mesmo.

O processo de adjudicação começa com o credor apresentando uma ação de cobrança contra o proprietário do imóvel em questão, visando o pagamento de uma dívida relacionada ao imóvel. Se o proprietário não pagar a dívida, o credor pode pedir a penhora do imóvel, e então realizar a venda dele por meio de um leilão judicial.

Durante o leilão, os interessados em adquirir o bem podem fazer lances, e o vencedor é aquele que oferecer o maior valor. Desse modo, uma vez que o leilão é concluído, o comprador precisa efetuar o pagamento do valor arrematado, e então o imóvel é transferido para o novo proprietário.

A adjudicação é uma forma de garantir que uma dívida seja paga, e também pode ser uma oportunidade para os compradores adquirirem imóveis por preços abaixo do valor de mercado.

Quais imóveis não podem ser leiloados?

Existem algumas restrições quanto aos tipos de imóveis que podem ser leiloados, que variam de acordo com as leis e regulamentações locais. Em geral, imóveis que são considerados patrimônio cultural ou histórico, ou que são protegidos por leis específicas, não podem ser leiloados. Além disso, imóveis públicos, como prédios governamentais, também costumam estar sujeitos a restrições quanto ao leilão.

Ademais, existem outras restrições que podem ser aplicadas a imóveis que estão em processos judiciais, ou que estão sujeitos a restrições relacionadas a direitos de propriedade ou outras questões legais. Por exemplo, um imóvel pode não ser leiloado se houver uma disputa em curso sobre a propriedade.

Em suma, é importante verificar as leis e regulamentações locais antes de participar de um leilão, para garantir que você entenda quais imóveis estão sujeitos a restrições e se você cumpre todas as exigências legais. Além disso, é sempre uma boa ideia contratar um advogado especializado em questões imobiliárias, para obter aconselhamento.

O que acontece se o imóvel arrematado ainda estiver ocupado pelo antigo proprietário ou por algum outro inquilino?

Se o imóvel arrematado ainda estiver ocupado pelo antigo proprietário ou por algum outro inquilino, o novo proprietário poderá recorrer aos processos judiciais para obter a posse do bem. Isto pode incluir o início de uma ação de despejo, que é um processo pelo qual o novo proprietário pede ao tribunal para ordenar que o antigo proprietário ou inquilino abandone o local.

No entanto, é importante notar que existem leis que protegem os direitos dos inquilinos e que estabelecem o processo para o despejo em situações regulares. Portanto, o novo proprietário precisa seguir todas as leis e regulamentações locais relevantes e garantir que o despejo seja realizado de forma justa e equitativa.

Em alguns casos, o antigo proprietário ou inquilino pode ter direitos legais de retenção, o que significa que eles podem continuar a morar no imóvel até que sejam forçados a sair por ordem judicial.

Nesses casos, o novo proprietário precisa respeitar esses direitos e seguir o processo estabelecido pela lei para obter a posse adquirida no leilão de imóveis, o que é recomendável ser feito com a ajuda de um advogado especialista.

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