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Em mais um emocionante capítulo da série sobre “anomalias de volatilidade”, hoje vamos advogar em nome de uma oportunidade oculta (embora explicitamente acessível) dentro da renda variável brasileira.
Para tanto, não vou sequer apelar para os justos argumentos do stock picking, pois seria covardia – sim, quem comprou WEGE3 em 2010 está bem feliz em ver seu capital multiplicado por 21 vezes até hoje…
Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar a tal oportunidade; bastará apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio.
Antes, porém, uma breve recapitulação.
Nas duas edições anteriores, vimos que:
(i) os FIIs low vol conseguem entregar um retorno substancialmente acima dos FIIs high vol, mediante variância bem comportada;
(ii) o IFIX consegue também um feito parecido em relação ao Ibovespa, sobretudo nas janelas de longo prazo.
Talvez isso seja um problema para o Ibovespa, mas certamente não é uma ressalva que deve contagiar toda a renda variável doméstica (vide o contraexemplo de WEGE3).
E com certeza não deve contagiar as empresas listadas brasileiras que pagam, sistematicamente, proventos de qualidade.
Na série Vacas Leiteiras, falamos já sobre a “incrível” capacidade de conseguirmos colher equity risk premium positivo no Brasil por meio de cestas triviais de dividendos reinvestidos.
Sem surpresas, isso se reflete também na dominância de Sharpe de referências como o IDIV e seu ETF (DIVO11) sobre o Ibovespa.

Para quem não sabe, o IDIV é simplesmente o Índice de Dividendos da B3, e o DIVO11 é um ETF barato do Itaú que persegue o IDIV (o Nubank tem um parecido também, chamado NSDV11, que persegue o Ibov Smart Dividendos).
Ou seja, como eu falei, são veículos muito acessíveis, para qualquer tipo e tamanho de bolso.
Então, não tem mais desculpa para ficar preso em relacionamento abusivo de risco-retorno.
Abrace sua anomalia favorita, e bora investir!
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