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Como fica Vivo (VIVT3) após acordo sobre valor final da rede móvel de Oi?

Nesta semana, a Oi e as três compradoras de seus ativos móveis – dentre elas a Vivo – chegaram a um acordo final. Veja o que muda para o lucro líquido de VIVT3.

Por Richard Carboni Camargo

6 de outubro de 2023, 11:09

Vivo
Imagem: Marcelo Brandt/G1/Reprodução

Nesta semana foi resolvido um embate antigo entre a Oi e os compradores de seus ativos móveis – Telefônica Brasil/ Vivo (VIVT3), Tim e Claro – sobre o valor da aquisição da rede.

Na época, foi definido que a Oi receberia R$ 15,9 bilhões, dos quais R$ 1,4 bilhão ficariam em posse dos compradores para futuras análises e possíveis contestações sobre a qualidade dos ativos e dos números. 

Desde então, as três operadoras encontraram uma série de inconsistências e chegaram a pedir uma redução de R$ 3 bilhões para a Justiça. 

Nesta quarta-feira (4), todas as partes chegaram a um acordo: daquele R$ 1,5 bilhão separado inicialmente, metade seria enviado para a Oi, e a outra metade voltaria para os bolsos da Vivo, Tim e Claro. 

A parte da Vivo ajustada pelo CDI do período resultará em uma reversão positiva no resultado (provavelmente já no 3T23) de R$ 277 milhões, o que vai ajudar o lucro líquido da companhia e, consequentemente, os dividendos. 

É claro que o montante não é muito relevante – estamos falando de um acréscimo de 0,2 ponto percentual no yield após os impostos. Por outro lado, é mais uma boa notícia envolvendo remuneração dos acionistas após o anúncio de redução de capital, que deve incrementar o yield em 2,5 pontos percentuais nos próximos dois anos. 

Além disso, coloca ponto final numa novela que poderia se arrastar por muito mais tempo e, inclusive, atrasar alguns projetos de investimento da companhia. 

Não é uma novidade transformacional. Mas, em um momento no qual o macro está pesando sobre os ativos, melhorias marginais são muito bem-vindas. 

Além de Vivo (VIVT3), gostamos de outras 4 ações para buscar dividendos. Confira quais são neste relatório gratuito.

Economista formado pela Universidade de São Paulo (FEA-USP), é analista de ações certificado pelo CNPI, especialista no setor de tecnologia, com foco em ações internacionais. Está na Empiricus há 5 anos, onde é responsável por relatórios nacionais e internacionais, como o MoneyBets Revolution, um portfólio de teses especulativas em segmentos como healthtech, energia sustentável, software e games. Antes da Empiricus, trabalhou por 5 anos no setor de tecnologia.