Investimentos

Analista de criptoativos da Empiricus está em Dubai para descobrir microcoins promissoras

Acompanhe entrevista com Vinícius Bazan, que participará de dois megaeventos globais sobre tendências em tecnologia blockchain e criptomoedas

Por Daniela Rocha

21 mar 2022, 16:09 - atualizado em 16 maio 2022, 16:37

O analista Vinícius Bazan está em Dubai para participar de dois megaeventos sobre criptomoedas, considerados os mais relevantes do mundo. 

Ele, que lidera o Departamento de Criptoativos da Empiricus, tem intenção de captar inovações no World Blockchain Summit (WBS 2022) e na Binance Blockchain Week.

Essa viagem é uma grande oportunidade para entrar em contato com expoentes na área como grandes investidores, gestores de fundos de investimento, representantes de exchanges e especialistas em blockchain. 

“Meu objetivo é descobrir criptomoedas pequenas, ainda em estágio inicial, com alto potencial de valorização”, conta Bazan. 

No WBS 2022, organizado pela Trescon, empresa de consultoria e eventos especializada em negócios globais, estão confirmadas as presenças de grandes nomes como Faryar Shirzad, chief police officer da corretora Coinbase; Ben Goertzel, CEO da SingularityNet; Marwan Alzarouni, CEO do Dubai Blockchain Center e Austin Alexander, VP da Kraken Asset Exchange.

Imagem do banner do evento de criptomoedas que ocorrerá em dubai

Já na Binance Blockchain Week, conduzida pela maior exchange de cripto do mundo, contará com a participação de seu Changpeng Zhao, seu CEO; Antonio Saaranen, CSO da Qtum Foundation e Bruce Pon, fundador do protocolo Ocean, entre outros

Acompanhe aqui os principais pontos da conversa que eu tive com Bazan sobre a viagem à Dubai: 

Por que os dois megaeventos mundiais de criptoativos acontecem em Dubai? 

Vinícius Bazan: Esses dois grandes eventos acontecem no momento em que Dubai, cidade com localização estratégica entre Ásia e Ocidente, deve se tornar um polo de criptoativos. A região caminha, cada vez mais, para a regulação e tem aberto  as portas para o desenvolvimento de empresas e do mercado. 

Assim, a ideia desses eventos é justamente facilitar a conexão entre empresários, desenvolvedores de projetos e investidores.  

Por que os nomes dos eventos trazem ‘blockchain’? O que deve ser discutido em relação à tecnologia altamente transformadora?

Vinícius Bazan: Normalmente, os eventos costumam trazer mais o nome blockchain e menos, criptomoedas. Isso porque, na verdade, blockchain é um tema amplo, que ampara todo o desenvolvimento desse mercado. 

Na pauta, estarão NFTs (non-fungible tokens ou tokens não fungíveis), metaverso, Defi (finanças descentralizadas) e contratos inteligentes. 

Então, blockchain é toda a infraestrutura que possibilita novas soluções, porém, os encontros também terão debates sobre criptoativos, que derivam desses projetos. 

Qual é o objetivo da Empiricus ao participar desses eventos em Dubai? Você está procurando criptoativos ainda em fase embrionária com alto potencial? 

Vinícius Bazan: O intuito da Empiricus é estar por dentro do que acontece nesse mercado, que é global. Seria ruim se a gente ficasse só dentro de casa olhando o que está acontecendo lá fora. Nós sempre viajamos para nos conectar com os principais agentes. 

A gente gosta de ir direto na fonte e buscar informações sobre novos projetos. É quase inevitável quase não se deparar com ativos de alto potencial nesses encontros onde as novidades costumam ser antecipadas. Estamos aqui para pegar notícias quentes. 

Qual é a vantagem de investir em criptos em fase inicial? O que analisar para escolher as melhores? 

Vinícius Bazan: Queremos achar outros bitcoins, ou seja, projetos que possam ter o mesmo perfil de crescimento que os ativos mais consolidados já tiveram. Claro que ainda dá para ter retornos com Bitcoin e com Ether, mas os investidores podem pegar projetos ainda embrionários para surfar uma onda maior de valorização. É isso o que a gente busca com o que chamamos de Incubadora Cripto, aqui na Empiricus. 

Quando você investe em uma microcoin, isto é, em um projeto que está começando, ainda que corra mais risco – o que tem que ficar muito claro –  há possibilidade de um upside muito maior por outro lado. 

Nossa forma de analisar microcoins é justamente conseguir achar ativos ainda fora do radar da maioria, compreender as tecnologias que envolvem os projetos, se elas fazem sentido e resolvem problemas reais. 

Procuramos propostas diferentes, inovadoras. Por isso, é bom estar aqui em Dubai e poder conversar presencialmente com os desenvolvedores e empresários. 

Eu sempre digo que investir em microcoins é um processo semelhante ao de investir em startups, empresas em estágio inicial. Da mesma forma, o ideal é diversificar, fazer pequenos aportes em projetos diferentes. Daí você precisa que apenas uma aposta dê certo, já compensará todo o resto. Se mais de uma aposta for bem ao longo do tempo, melhor ainda.  

O que os investidores devem fazer nesse período conturbado de guerra entre Rússia e Ucrânia, alta nas taxas de juros e incertezas no mercado? Temos visto um movimento de aversão ao risco. Então, o que considerar ao investir em criptomoedas?

Vinícius Bazan: Em qualquer cenário, seja ele positivo ou negativo, os investidores têm que considerar que a fatia de investimentos em criptos precisa ser pequena. Afinal, trata-se de uma classe de ativos que carrega mais riscos. 

No momento, é importante ter mais cautela, no sentido de não mergulhar de cabeça no mercado de criptoativos. Sempre existe o benefício de fazer pequenos aportes ao longo do tempo. 

Apesar de falarem tanto no momento mais complexo do mercado, é justamente nessas ocasiões que há oportunidade para comprar ativos mais baratos. Além disso, o ecossistema de novos projetos segue aquecido. 

No entanto, os investidores devem ter em mente que o tempo de maturação dos projetos costuma ser extenso. 

Aqui na Empiricus ressaltamos que o ideal é respeitar uma alocação máxima em criptoativos de 5% do patrimônio. Para aqueles investidores que têm perfis mais conservadores, uma fatia de apenas 1% ou 2% está de bom tamanho. 

Tem que ser algo que não machuque a carteira como um todo, se esse negócio virar pra baixo. 

Portanto, é preciso diversificar, compreender os riscos, entender os impactos que as criptos podem gerar nos investimentos como um todo. 

O Facebook mudou o nome para Meta no fim do ano passado e, há pouco dias, anunciou que o Instagram terá NFTs? Estamos migrando para um mundo cada vez mais digital e dotado de ativos digitais? 

Vinícius Bazan: Para mim, esse é um processo muito natural. Se você pensar, por volta dos anos 2000 as pessoas passaram a se relacionar mais com a internet e, antes disso, não era assim. Esse movimento é muito parecido com o atual.  

As pessoas começam a se relacionar cada vez mais com essa ideia do metaverso, que permeia cripto também, que é essa ideia de da propriedade digital, de uma vida digital num ambiente virtual. 

Eu sempre falo que é uma questão geracional. O metaverso não é um espaço, mas sim um momento no tempo em que se dá mais valor à vida digital do que a offline. É só ver o quanto a pandemia acelerou a conexão entre as pessoas e o uso de ferramentas por vídeo. É um caminho sem volta, os jovens estão mergulhando fortemente. E as empresas vão seguir porque precisam se manter conectadas aos clientes. 

Cripto pode aproveitar esse movimento justamente por criar uma maneira de você ter propriedade digital, que é a ideia dos NFTs, de conseguir provar que mesmo em um ambiente onde tudo pode ser replicado e o “copy/paste” rola solto, é possível dar autenticidade às coisas

Como será a transmissão que você fará no dia 28 de março, às 19h? Você irá revelar uma microcoin promissora? 

Vinícius Bazan: Eu pretendo dar um apanhado sobre as novidades dos eventos de Dubai e as tendências em criptoativos e blockchain. 

Nós já acompanhamos o mercado de microcoins, então, vamos validar essa nossa tese e recomendar um ativo.  

QUERO ASSISTIR À TRANSMISSÃO ONLINE E GRATUITA SOBRE OS EVENTOS DE DUBAI E O POTENCIAL DAS MICROCOINS

Sobre o autor

Daniela Rocha

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI. 

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