Na semana passada, a B3 divulgou os seus dados operacionais referentes ao mês de junho, que sustentaram a tendência de recuperação no volume de negociações.
O volume financeiro médio diário (ADTV) em ações cresceu 6% na comparação anual e 13% na mensal, atingindo R$ 30,5 bilhões. O maior apetite a risco dos investidores, que levou a bolsa aos 120 mil pontos no último mês, tem relação direta com a boa expansão do ADTV em junho, o qual foi o primeiro mês do ano com crescimento anual. O ADTV dos derivativos também surpreendeu positivamente ao alcançar R$ 7,1 bilhões (+61% vs junho de 2022 e +14% vs maio de 2023).
Dentre os participantes de mercado, o número consolidado de contas depositárias (pessoa física e investidores institucionais), avançou 19% na comparação anual e 0,4% em relação ao mês anterior. Em ambas as bases de comparação, o número foi puxado pela expansão na base de PFs cadastradas na bolsa (+21% vs junho de 2022 e +0,4% vs maio de 2023).
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Olhando para frente, a continuidade no fechamento da curva de juros local é gatilho importante para a frequência de negociação na Bolsa seguir expandindo e, consequentemente, o resultado operacional da B3 melhorando. Ainda, apenas para termos como base de comparação, apesar dos bons números de junho impulsionados pelo rali, o ADTV ainda é 18% inferior em relação ao mesmo período em 2021. Há um espaço importante para crescimento.
Dado o momento operacional e o cenário prospectivo relativamente positivos, enxergamos bom potencial de valorização para as ações de B3 (B3SA3), que, segundo nossas projeções, negociam a atrativas 12x os seus lucros projetados para 2024, 40% abaixo da sua média histórica.