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Carteiras da Empiricus rendem até 14,9% em abril – conheça as vencedoras

As séries Exponential Coins e Ações Exponenciais da Empiricus tiveram resultados surpreendentes. Veja o que dizem os analistas e ainda confira outras carteiras que vem apresentando desempenhos formidáveis.

Por Daniela Rocha

18 de maio de 2021, 14:29

Abril foi mais um mês de intensa volatilidade no mercado financeiro. A Bolsa foi o melhor investimento e o bitcoin levou um tombo. 

O Ibovespa fechou o mês em alta de 1,94%, aos 118.893 pontos, quase zerando as perdas do ano (-0,10%). Já a criptomoeda com maior capitalização no mundo foi o pior investimento no mês passado, teve uma queda de quase 5% em reais. 

Por sua vez, o dólar recuou 3,49% em abril, cotado a R$ 5,43. 

Internamente, o mês foi marcado pela aprovação do Orçamento de 2021, o que trouxe certo alívio, apesar de não ser perfeito. Porém, diante da sua aprovação, aumentou a expectativa de que o Congresso poderia voltar a colocar em pauta assuntos mais importantes como as reformas. E até houve alguns sinais a respeito de uma reforma tributária fatiada. Depois, no final do mês a CPI da Covid foi instalada, ou seja, mais um componente de incertezas. 

Outro ponto relevante é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sinalizou uma postura mais dura no controle da inflação – ou seja, a possibilidade de novos aumentos da taxa Selic no horizonte. 

No exterior, vigoraram as preocupações em relação ao aumento da inflação nos Estados Unidos – se estaria caminhando ou não para um superaquecimento da economia. No entanto, no mês passado, o Federal Reserve, banco central americano manteve os juros básicos do país na faixa de zero a 0,25%. 

Veja o desempenho dos investimentos no mês: 

      Elaboração: Seu Dinheiro

Nesse cenário, 16 das 17 carteiras da Empiricus tiveram desempenhos positivos no mês, sendo que duas delas conseguiram retornos de 2 dígitos. 

 TabelaDescrição gerada automaticamente

Os campeões de rentabilidade

Criptomoedas criteriosamente escolhidas

Em abril, a carteira da Empiricus que teve a maior performance foi a Exponential Coins, um retorno de 14,93%, conduzida pelo analista André Franco. 

É um portfólio balanceado que combina análises de momento – buscando o melhor timing das operações de acordo com o comportamento do mercado – com a análise fundamentalista. O objetivo é identificar os criptoativos com projetos sólidos e com maiores potenciais de valorização. 

O ativo que mais contribuiu para o excelente resultado da carteira, foi o AXS, um NFT (Non Fungible Token, sigla em inglês para Token Não Fungível) ligado ao jogo Axie Infinity de realidade virtual, que subiu quase 80% no mês.

 “É um projeto de qualidade e sua equipe tem capacidade de entrega. O jogo vem cumprindo com suas atualizações esperadas, melhorando a experiência dos usuários e adicionando novas utilidades para o ativo, o que impacta diretamente no preço”, explica André. 

O UNI, a principal aposta do analista para o segmento de Finanças Descentralizadas (DeFi), também impulsionou o portfólio, pois teve uma valorização de 45% no mês. “O protocolo é a maior corretora descentralizada, que vem crescendo muito em volume de negociações. Além disso, também está trabalhando para melhorar a experiência dos usuários e, prometendo, menores taxas”, diz.  

O pior desempenho dentro da Exponential Coins no mês passado foi da Wibx, que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores. O token teve uma queda de quase 17%. 

“Apesar disso, não dá para falar que foi uma decepção, pois investimos na Wibx com a expectativa de uma possível grande parceria se concretizar. Sendo assim, seguimos com a mesma convicção na espera por esse acordo, que é o empurrão que falta para o projeto decolar.”

Sucesso exponencial com ações

Em segundo lugar, ficou Ações Exponenciais, liderada pelo analista Henrique Florentino, com uma rentabilidade de 13,17%. 

Como diz o próprio nome, a estratégia consiste em buscar gatilhos de exponencialidade. “Exploramos empresas que estão passando por situações especiais que podem ser reestruturações financeiras e operacionais, troca de controle, mudanças na gestão ou algum outro evento que possa indicar grande potencial de crescimento. Basicamente, partimos de problemas, mas enxergando as soluções, para conseguir retornos acima da média, obviamente em uma categoria de risco mais elevada”, ressalta. 

De acordo com o analista, três ações foram carros-chefe do resultado dois dígitos do portfólio em abril – Enjoei (ENJU3), e-commerce de produtos de segunda mão; a Irani (RANI3), indústria de papel e celulose, e a Unicasa (UCAS3), fabricante de móveis, dona das marcas Dell Anno e Favorita. 

A Enjoei teve a maior alta, de 30% no mês. “A empresa que abriu capital recentemente, tem pegada sustentável, é um case interessante. Porém, está dando seus primeiros passos e é natural que tenha muita volatilidade”, explica. 

Quanto à Irani, a empresa surfa o avanço do e-commerce no país, que tem aumentado significativamente a demanda por embalagens. “A Irani fornece papelão ondulado para embalagens. O que vemos é que o preço do papelão é maior do que o crescimento dos custos”. 

Desde que entraram na carteira em julho de 2020, na época em que fez um re-IPO, as ações da Irani dobraram de valor e, na visão de Henrique, ainda podem andar muito mais. Ele comenta que o resultado do primeiro trimestre da companhia foi mais de 30% acima do que ele e sua equipe esperavam. 

Os resultados do terceiro trimestre de 2021 da Unicasa reafirmaram a escolha. Houve um crescimento de 54,8% na receita líquida e o resultado operacional atingiu R$5,8 milhões, revertendo o prejuízo operacional do 1T20. Além disso, houve aumento da margem Ebitda para 19%.

Por outro lado, as ações da Oi (OIBR4), que estão na carteira, caíram 10% em abril após a divulgação da venda de controle da InfraCo, que reúne ativos de infraestrutura de fibra óptica para grupos representados pelo BTG Pactual por valor abaixo da expectativa. “A Oi tinha subido muito na Bolsa antes, na expectativa dessa venda, mas com o anúncio, caiu muito. Mas isso é temporário porque o plano de recuperação judicial da companhia é muito bem executado”, destacou o analista da série Ações Exponenciais.

Outros vencedores

É claro que o potencial de retorno está atrelado às categorias de ativos – cada uma com a sua dinâmica de relação risco/retorno. 

Assim, diversas outras carteiras da Empiricus tiveram bons resultados, superiores a seus benchmarks.

Por exemplo, a série High Yield, que é liderada pelo analista Luiz Rogé, composta por títulos públicos e privados de renda fixa, teve uma alta de 0,67% em abril, muito acima do CDI no mesmo período (0,23%). 

Rogé ressalta que o aumento da Selic favorece a renda fixa. “A perspectiva de o Copom elevar a taxa para cerca de 5% a 6% ao ano até o final de 2021 deve melhorar o retorno dos investidores. Isso junto com outras iniciativas do governo e do Congresso que venham a amenizar o risco fiscal, também irão beneficiar os juros longos que têm estado bastante pressionados desde o início do ano”, disse. 

A carteira High Yield tem uma rentabilidade acumulada de 23,04% (191% do CDI) desde o início em agosto de 2018. 

Consistência de resultados: as melhores indicações de investimentos

Ter bons resultados a cada mês é importante, mas a consistência ao longo do tempo é o que demonstra um bom trabalho. 

Desde que foram criados, todos os portfólios da Empiricus estão no azul. 

 

Como você pôde ver, os destaques são as carteiras de criptomoedas. A Exponential Coins teve valorização de 2.424,54% e a Crypto Legacy, de 2.379,71%. 

Depois vem a Microcap Alert, com uma rentabilidade de 552,39%, composta por 20 microcaps e small caps, muito acima do seu benchmark que é o Índice Small Cap (139,09%).

Na sequência, também com desempenho expressivo, está a carteira Oportunidades de Uma Vida, com 20 ações, uma rentabilidade de 494,70%, superior ao Ibovespa (151,01%). 

Isso é skin in the game. 

 

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Sobre o autor

Daniela Rocha

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI.