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Com o IPCA-15 acima das expectativas e o ‘freio de mão’ do Copom, a Selic corre o risco de voltar a subir? Veja a recomendação de analista para este momento

O IPCA-15 do mês de março indica uma alta de 0,36% na inflação, entretanto, analista da Empiricus Research aponta que cenário ainda é favorável para os ativos de risco no longo prazo

Isabelle Santos

Por Isabelle Santos

01 abr 2024, 10:29 - atualizado em 02 abr 2024, 07:53

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Imagem: Shutterstock

Nos últimos dias, o investidor teve acesso a dados importantes para sua tomada de decisão. Depois da reunião do Copom na semana passada, nesta terça-feira (26) foi a vez do IBGE apresentar a prévia da inflação (IPCA-15) para o mês de março. 

O Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo 15 mostrou uma alta de 0,36% nos preços. Um número 0,42 p.p. menor que em fevereiro de 2024, contudo, ainda acima dos 0,31% projetados pelo mercado. 

Dentre os grupos pesquisados, Alimentação e bebidas (0,91%) e Saúde e cuidados pessoais (0,61%) apresentaram as maiores altas, dois dos setores que o Banco Central já sinalizou que está acompanhando de perto.

Assim, o resultado da prévia da inflação pode ser motivo de preocupação para alguns investidores a despeito da manutenção do ciclo de flexibilização dos juros

Contudo, na visão do analista da Empiricus Research Matheus Spiess a informação mais importante para o investidor neste momento não é o IPCA-15, nem a Selic a 10,75% ao ano

Outra informação que também foi divulgada nesta terça-feira pode dar pistas sobre os próximos passos do Banco Central e de como o investidor pode agir daqui para frente. 

O ‘recado’ revisado de Campos Neto 

Além do IPCA-15, na última terça foi divulgada a ata do Copom. O documento costuma ser publicado uma semana após a decisão do Banco Central sobre o juros e contém mais detalhes a respeito da decisão da autoridade monetária. 

Segundo Spiess, o comunicado adotou um tom conservador, o que, na sua avaliação, corrobora a postura do BC na semana passada. 

Durante a decisão da Selic, a autoridade monetária fez um ajuste gramatical no discurso excluindo a letra “S” da palavra “cortes”.  

Ou seja, ao invés de sinalizar a redução da Selic em maio e junho, agora o BC está assegurando um corte de 0,50 p.p. apenas para a próxima reunião. 

A revisão foi um dos assuntos mais comentados pelo mercado pois sugeria a possibilidade de redução no ritmo de flexibilização monetária

Matheus explica que, dado o atual cenário macroeconômico, não seria prudente para a autoridade monetária se comprometer com um corte na Selic em junho.

Em entrevista ao Giro do Mercado, ele explicou que existem fatores domésticos e internacionais que podem influenciar as próximas decisões do Copom. Como por exemplo o ciclo de flexibilização dos juros nos EUA e outros países. 

Já no cenário doméstico, o Banco Central precisa olhar para fatores como o risco de aceleração da inflação, bem como estabelecer uma âncora fiscal

Segundo Spiess, embora Campos Neto não queira “comprar briga” com o governo, o comunicado deixa claro que, na falta de uma âncora fiscal, há de ter uma âncora monetária.

Em outras palavras, se o governo não estabelecer (e cumprir) uma meta de gastos para manter o equilíbrio das contas públicas, o Banco Central será obrigado a adotar medidas para evitar que a inflação volte a subir.

Assim, na ata divulgada na última terça-feira, o tom adotado pelo Banco Central, garantiu mais liberdade nas próximas decisões, avalia Spiess. 

Existe a possibilidade de a Selic parar de cair? 

Considerando o conteúdo da ata, agora o Banco Central precisa de dados para tomar as próximas decisões, avalia o analista.

Dentro desse contexto,a prévia da inflação (IPCA-15) do mês de março pode ser um indicador para a autoridade monetária nas futuras reuniões do Copom. 

Assim, muitos investidores podem se questionar a respeito da manutenção do ritmo de queda da taxa básica de juros.

Matheus aponta que, embora o número não tenha sido o que o mercado esperava, “ao que tudo indica, a gente está em um processo de normalização desse repique (no IPCA), depois do primeiro trimestre.”

Ou seja, na visão do analista, é provável que nos próximos meses possamos ver números mais favoráveis na prévia de inflação e no IPCA. 

Ele ainda ressalta que segue “prevendo três cortes de juros nos EUA para este ano […] este movimento deve estimular não só o mercado norte-americano, mas também influenciar positivamente o Brasil.”

Por isso, ele acredita que ainda há espaço para uma “continuidade de normalização da inflação”. Ou seja, é esperado que a Selic continue caindo, o que pode beneficiar os ativos de risco

Nesse contexto, algumas ações podem entregar excelentes retornos aos investidores. Na visão dos analistas da Empiricus Research, existem 4 ações com potencial de para dobrar de valor

Lista de 4 ações que podem duplicar em 18 meses

Trata-se de ações de empresas com baixo valor de mercado, cuja queda da Selic no longo prazo pode proporcionar um crescimento interessante para as companhias e seus papéis.

Para você ter uma ideia, em outros momentos de afrouxamento monetário, essas ações entregaram retornos acima do Ibovespa para os investidores.

É claro que retornos passados não são garantia de retornos futuros. Porém, a carteira conta com 4 ações selecionadas que podem valorizar, em média, 56%

Por esse motivo, a Empiricus Research decidiu reabrir o acesso a esta lista de ações para os investidores que desejam estar preparados para surfar a possível alta desses ativos. 

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Isabelle Santos

Sobre o autor

Isabelle Santos

Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.

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