
Nos últimos dias, a Eletrobras (ELET6) conseguiu emplacar uma emissão gigantesca de dívida – duas séries de debêntures, que somadas chegaram a R$ 7 bilhões de reais.
A primeira série, de R$ 4 bilhões, com vencimento em oito anos e a segunda, de R$ 3 bilhões, com vencimento em 2028.
Mesmo com o enorme volume da oferta, a demanda foi tão grande (1,8x o book) que pressionou as taxas e fez elas ficarem abaixo das expectativas iniciais.
A primeira série foi precificada em NTN-B + 1% (30 pontos base menor), enquanto a segunda série terá um custo de CDI + 1,55% (60 pontos base menor).
Enquanto a tese segue pressionada por inúmeros fatores, especialmente políticos, a enorme demanda pelas debêntures mostra que os investidores pelo menos se sentem confortáveis com a capacidade de a Eletrobras honrar suas obrigações.
Mas também sabemos que não é isso que vai fazer as ações subirem. Será preciso mostrar evolução de resultados, o que começamos a ver apenas no último trimestre.

Em nossas contas, a Eletrobras ainda tem cerca de R$ 3,5 – 4,0 bilhões de gastos anuais para cortar até 2026, pelo menos mais R$ 5 bilhões de redução no estoque de compulsórios, além de poder se aproveitar de prejuízos acumulados.

Embora nunca pensássemos que essa caminhada seria tranquila, ela realmente tem sido mais atribulada do que esperávamos.
Por outro lado, finalmente começamos a ver os primeiros efeitos positivos da privatização nos resultados do 2T23 – mais tarde do que gostaríamos, mas antes tarde do que nunca. Além disso, hoje vemos ELET6 negociando por 7 vezes seus lucros esperados para 2024, o que em nossa visão já embute muita notícia ruim pela frente. A Eletrobras segue como uma recomendação da Empiricus Research.
Além de ELET6, outra elétrica com maior potencial de valorização e boa pagadora de dividendos está na lista das 5 vacas leiteiras preferidas da casa. Acesse o relatório gratuito e confira a tese de investimento.