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Felipe Miranda dispara: chegou a hora de vender Oi (OIBR3); entenda os motivos

Companhia de telefonia móvel ainda está em processo de recuperação judicial e cenário macro gera perda de atratividade de seus papéis; OIBR3 é substituída por ações estratégicas na carteira ‘Oportunidade de Uma Vida’

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Data de publicação
12 de abril de 2022
Categoria
Investimentos

Chegou a hora de vender Oi (OIBR3). É disso que está convicto Felipe Miranda, co-CEO da maior casa de análise financeira independente do Brasil, a Empiricus. Ele comunicou a decisão na última quarta-feira (6), quando publicou um relatório detalhado na carteira de ações chamada “Oportunidades de Uma Vida”.

Mas se você já conhece o trabalho do economista, pode estar achando essa decisão contraditória. Afinal, não foi ele quem acreditou na recuperação da Oi e indicou lá em 2019 as ações da telecom? 

De fato, Miranda foi um dos que apostou nas ações da Oi quando a companhia esboçou sinais de recuperação. Com a venda de ativos e a desalavancagem financeira, ela havia retomado a atenção de analistas do mercado e investidores. No entanto, uma coisa mudou.

Quando a recomendação de compra acima foi feita, em 14 de agosto de 2019, o contexto macroeconômico era outro. Na época, a taxa Selic estava em 5,9% ao ano, com perspectiva de queda ainda maior para os juros. O mercado como um todo estava disposto a investir em ativos com fluxos de caixa estendidos. Nos meses seguintes, de fato, a Selic caiu ainda mais, para 2% ao ano, no início de 2021. Nesse contexto, o dinheiro rendia pouco no presente e fazia sentido apostar em empresas que poderiam despontar no futuro.

Em outras palavras, os investidores aceitavam comprar ações que não davam lucros no presente, como é o caso da Oi e também de inúmeras empresas de tecnologia no mundo todo, pagando um pouco mais caro quando o juro era baixo. Afinal, era preciso tomar risco para obter retornos mais arrojados em um cenário onde nem mesmo a renda fixa entregava boa rentabilidade.

O estrategista deixou claro no seu relatório que ainda vê potencial para as ações da telecom. O que mudou é que, diante do novo cenário de mercado, ele prefere apostar em ações com um outro perfil. “Haverá um momento melhor de combinação risco-retorno para voltarmos para a Oi. Por ora, ficamos mais confortáveis com uma carteira resiliente e encorpada”, explica Miranda. 

É por isso que eu sugiro que você entenda o que está acontecendo com a Oi e com o mercado financeiro neste momento antes de sair vendendo. Afinal, o estrategista-chefe está fazendo uma realocação de carteira que pode ser interessante para o seu portfólio (falarei mais sobre isso adiante).

Antes de qualquer coisa, deixe-me te explicar o que está por trás da “virada de mão” da carteira de Miranda.

Por que Felipe Miranda recomenda vender as ações OIBR3 (mesmo ainda vendo potencial de valorização)

Estamos vivendo uma nova ordem mundial no mercado financeiro. Se nos últimos anos o contexto era de juros muito baixos e inflação praticamente inexistente, agora estamos em um período completamente oposto: há um mundo de juros mais altos e inflação preocupante.

Para que você entenda o cenário, em um intervalo de 2 anos a Selic saltou de 2% para 11,75% ao ano. E, segundo sinalização do Copom, a taxa básica de juros ainda pode alcançar 12,75% até o fim de 2022. Além disso, a inflação está decolando no Brasil e no mundo. O IPCA acumula uma alta de 11,3% em 12 meses até março.

Ao redor do mundo, a dinâmica de juros e de inflação tem sido a mesma. A saída dos bancos centrais para conter os preços é  aumentar as taxas de juros. No caso dos Estados Unidos, essa é uma mudança macroeconômica brutal. “Aquela farra de dinheiro barato financiando empresas com promessas de lucros abundantes no futuro e nenhum resultado no presente já era”, diz Miranda. 

As implicações desse movimento são significativas. Neste novo cenário de juros mais altos, todas as empresas de “growth” (em crescimento), isto é, que não são lucrativas agora, mas que têm a promessa de entregar lucros exponenciais no futuro, passam a ser preteridas em favor dos casos de “value” (empresas de valor, com múltiplos baixos e que geram caixa no presente).

Na prática, isso significa que especialistas do mercado financeiro e investidores estão fugindo de empresas de tecnologia ou em recuperação, como é o caso da Oi, que têm fluxos de caixa incertos, e migrando para ações de empresas mais sólidas, com caixa robusto e resilientes.

“Embora vejamos grande potencial de valorização nos papéis da Oi, esse ainda é um nome de alto risco, um turnaround complexo e uma empresa bastante endividada, que sofre com a alta dos juros” – Felipe Miranda, co-CEO da Empiricus

Para Miranda, diante do cenário atual, não faz sentido deixar de investir em empresas como Vale e Petrobras, por exemplo, que são resilientes e estão extremamente baratas, para comprar ações de companhias que estão caras agora e não têm perspectiva de valorização no curto e médio prazo.

É por isso que o estrategista-chefe tomou a decisão de desmontar posição nos papéis da Oi nesse momento, mesmo entendendo que eles ainda contam com grande potencial de valorização no futuro.

“Nos parece fazer sentido essa migração tática em direção a nomes de valor clássico”. E essa decisão se faz ainda mais importante em um contexto em que o Brasil é uma das poucas bolsas de valores no mundo que está performando positivamente. 

Para Miranda, esse é um prato cheio para comprar ações de empresas de valor. Pois, pela primeira vez em muitos anos, há uma convergência de fatores em favor do nosso país. E parece que os investidores estrangeiros já se deram conta disso.

FELIPE MIRANDA RECOMENDA VENDER OI – VEJA QUAIS SÃO AS APOSTAS DELE NO NOVO CENÁRIO MACROECONÔMICO

O Brasil está recebendo uma ‘tsunami’ de capital gringo – e isso pode beneficiar ações de empresas de valor

Enquanto o investidor brasileiro está deslumbrado com os títulos de renda fixa na casa dos 2 dígitos, há um importante fenômeno acontecendo no mercado de ações. Acontece que, neste momento, o Brasil é o único país relevante do mundo a entregar performance positiva na bolsa de valores. Veja o gráfico abaixo que traz o retorno em dólar de algumas bolsas globais:

Imagem de gráficos e números que representam os retornos em dólares de algumas Bolsas pelo mundo

Imagem: TradingView

 

De acordo com levantamento do G1, o país está em primeiro lugar no ranking de melhor desempenho do mundo neste ano entre as bolsas de países emergentes. Para você ter uma ideia, nos primeiros três meses do ano, o Ibovespa (principal índice de referência da bolsa brasileira) avançou mais de 32% em dólares até o dia 31 de março.

E mesmo em comparação com países desenvolvidos, o Brasil ainda sai na frente. Nos Estados Unidos, os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq estavam em queda. O mesmo aconteceu na Europa, onde o DAX (índice de referência da bolsa alemã) caiu. Enquanto que na Inglaterra, a bolsa ficou no zero a zero.

O motivo é que enquanto o mercado de capitais estrangeiro ainda sofre os impactos da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil desfruta de diversas vantagens:

  1. Estamos em posição geográfica privilegiada, fora da guerra na Europa e sem grandes ameaças geopolíticas, com histórico de pacificação e neutralidade;
  2. Somos um nome bastante associado a casos de valor, com grande exposição a commodities e bancos com grande representatividade nos principais índices de ações;
  3. Estamos baratos frente aos outros mercados, com o Ibovespa negociando hoje próximo a 8 vezes lucros projetados (um desconto de 30% sobre a média histórica)

E tudo isso leva a um otimismo especial com empresas de nomes de valor, capazes de atrair fluxo estrangeiro e se beneficiar do juro alto. Na verdade, isso já está acontecendo. Como prova, houve um saldo positivo de mais de R$ 60 bilhões de capital estrangeiro entrando na bolsa brasileira.

Em outras palavras, os gringos estão aproveitando que a bolsa brasileira ainda está mal precificada para comprar ações de boas empresas a “preço de banana”. Para Miranda, é isso o que o investidor brasileiro também deveria estar fazendo agora.

Veja bem: não estou dizendo que é errado investir em renda fixa aproveitando a alta da Selic, afinal, ela é realmente atrativa acima de 11% ao ano. Mas o ponto é que você pode estar deixando dinheiro na mesa se não aproveitar o cenário macroeconômico para se posicionar em ações brasileiras.

Por enquanto, você ainda está dentro do timing ideal para comprá-las, mas isso pode não durar muito tempo. Felipe Miranda já tomou a sua atitude para aproveitar o novo cenário: desmontou posição dos papéis da Oi para entrar nas ações de um “bancão”.

Mas essa foi apenas uma das mudanças feitas na carteira. O mercado de capitais está tendo mudanças significativas agora e é preciso ser cirúrgico nas escolhas caso você queira buscar lucros nos próximos meses.

Se você tiver interesse em investir ao lado de alguém que, ao longo de quase 7 anos, já acumulou cerca de 400% de lucro com ações – mesmo em anos de pandemia – Miranda tem uma proposta para lhe fazer.

FELIPE MIRANDA RECOMENDA VENDER OI – VEJA QUAIS SÃO AS APOSTAS DELE NO NOVO CENÁRIO MACROECONÔMICO

Veja quais são as novas apostas de Felipe Miranda diante do novo contexto macroeconômico

Neste documento gratuito, Miranda detalhou o que espera para o mercado de capitais nos próximos meses e deu o caminho para que você veja como ter acesso à carteira de ações fundada por ele, chamada “Oportunidades de Uma Vida”.

São papéis escolhidos a dedo por ele e que são revisados constantemente conforme as mudanças do contexto macroeconômico. Desde que foi criada, em setembro de 2015, até os dias atuais, a carteira superou rigorosamente todos os índices de referência do mercado:

Imagem de gráficos e números que representam a valorização histórica da carteira Oportunidade de Uma Vida

Isso significa que quem seguiu à risca as recomendações está há quase 7 anos com papéis que puxam a média da bolsa para cima. Como também pôde multiplicar o capital investido, em média, por 5 vezes, mesmo considerando as quedas da pandemia e, mais recentemente, com a guerra.

Se quiser, você pode ter acesso à carteira de “Oportunidades de Uma Vida” pelos próximos 7 dias sem assumir qualquer tipo de compromisso financeiro com Miranda. Basta clicar aqui e liberar o seu acesso.

Você terá 7 dias para conhecer todas as ações recomendadas pelo estrategista, além de receber relatórios completos sobre elas, participar de plantões de dúvidas e ter acesso a um guia de primeiros passos, onde receberá o passo a passo para começar a investir.

E, se depois do período de degustação você concluir que o conteúdo não vale a pena, poderá solicitar o cancelamento e seguir com a sua vida, sem ressentimentos. 

Agora, se gostar do que viu e quiser continuar, receberá ordens de compra e venda direto no seu e-mail, com uma equipe ajudando-o a buscar os maiores lucros possíveis diante do cenário econômico.

Bom, agora deixo a decisão nas suas mãos. Só peço que não perca tempo demais pensando. O tempo está correndo e logo a oportunidade de entrar na bolsa enquanto ainda está barata terá passado. 

Portanto, o meu conselho é que vá dar uma “espiadinha” na tese completa de Miranda no documento gratuito abaixo e comece o período de 7 dias sem compromisso. Depois você “bate o martelo” e dá o veredito final.

QUERO CONHECER A CARTEIRA “OPORTUNIDADES DE UMA VIDA” E TER ACESSO ÀS NOVAS RECOMENDAÇÕES DE FELIPE MIRANDA