Vimos que 2021 ficou marcado como um ano decisivo para o mercado de criptomoedas. As máximas históricas de alguns ativos digitais foram apostas quentes dos investidores, já que as bolsas ao redor do mundo vinham de um histórico de queda por conta da pandemia.
Moedas como bitcoin e ethereum, que registraram movimentos de alta ao longo de 2020, bateram novo recorde no ano passado.
Só para se ter uma ideia, a primeira e maior criptomoeda do mundo, bitcoin, chegou ao preço de US$ 68.000 e o ether, segunda maior moeda por valor de mercado, bateu um recorde ao atingir o valor de US$ 4.800, segundo a CoinDesk.
Nesse sentido, muitos investidores querem saber quais as melhores estratégias e apostas para buscar lucros com criptomoedas neste ano. Pensando nisso, Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, e Vinícius Bazan, diretor do time de inteligência de criptomoedas e Blockchain da casa de research, conversaram sobre as perspectivas das moedas digitais para 2022 em uma live realizada no dia 27/01.
Eles trocaram ideias sobre os principais assuntos que podem mexer no mercado de criptomoedas e sobre as constantes atualizações tecnológicas, as quais têm influência direta nos preços desses ativos.
Sobre tudo isso, você se intera na leitura a seguir:
Correções nos preços das criptomoedas: uma tendência para 2022
Na visão de Bazan, serão naturais as correções dos preços das criptomoedas ao longo deste ano. Ele explica que depois de um período positivo e de altas expressivas, como foi em 2021, em que o nicho de criptoativos teve excelentes oportunidades, há uma tendência de correções, as quais também são provocadas por fatores externos.
Mas, conforme explica o especialista, quando esses ajustes terminam, o preço das criptomoedas tendem a subir novamente.
Portanto, estamos diante de uma retração no preço das criptomoedas que precede uma nova trajetória de alta.
Externalidades em jogo: a influência de fatores macro
Ele ainda aponta a perspectiva jurídica, o impacto das incertezas regulatórias no mundo cripto, a sinalização de alta de juros nos Estados Unidos pelo Fed (banco central americano), e a tensão entre Rússia e Ucrânia como algumas das externalidades que podem mexer no mercado de ativos digitais.
Esse é um fenômeno até pouco tempo atrás quase que inobservável. Até então, os fatores externos influenciavam muito pouco os indicadores da rede de dados das transações em criptoativos.
Portanto, nesse cenário, o ideal é que se tenha atenção quanto a direção que o mercado de criptoativos está tomando e dos fatores macroeconômicos que tenham influência direta no preço das moedas.
O que fazer para se proteger?
Bazan pontua que existem maneiras simples para o investidor pessoa física defender o seu capital em criptoativos, diante de uma possível virada do mercado com a atuação de aperto monetário do Federal Reserve, com um ciclo de alta de juros nos Estados Unidos.
“Você desloca parte do seu capital das criptomoedas, mas mantém algum investimento nelas, só que nas stablecoins, moedas mais estáveis”, afirma o especialista.
Blockchain: a alternativa para garantir segurança aos usuários
A tecnologia está se tornando cada vez mais relevante no cotidiano das pessoas e, com força, vem reconfigurando o cenário comercial e econômico. No mercado de cripto, essa tendência pode ser visualizada na otimização da tecnologia Blockchain.
“Uma maneira segura de gerar registros auditáveis e de forma descentralizada, em que agentes gastam poder computacional e, ao mesmo tempo, dinheiro para validar as transações de uma rede”, descreve Bazan. O especialista da Empiricus afirma que essa tecnologia vem se provando quase que incorruptível ao longo do tempo.
A explicação reside no fato de a infraestrutura em Blockchain se comparar às Bolsas de valores, as quais suportam negociações, transferências de ativos e liquidações de forma segura. Ou seja, assim como a estrutura da bolsa de valores blinda o sistema financeiro, a tecnologia Blockchain sustenta o funcionamento do mercado de criptomoedas, destaca Bazan.
O metaverso e as criptomoedas
Com os recentes investimentos no metaverso anunciados por gigantes como Meta (ex-Facebook), Microsoft, Adidas, entre outras companhias de distintos setores, começou uma verdadeira corrida por criptomoedas. Isso se deve ao potencial de mercado que essa revolução tecnológica tem, já sendo inclusive apelidada de a “nova internet”.
A tendência é que, com as pessoas tendo na internet maior grau de proximidade com a realidade, elas necessitarão de ativos digitais para fazer suas transações que, por sua vez, poderão ser feitas com criptomoedas.
Entretanto, Bazan observa que essa onda da “nova internet” não é recente, já que, antes mesmo de Zuckerberg e Gates, o metaverso já era uma aposta em desenvolvimento entre os desenvolvedores de games. A questão é que agora ganhará cada vez mais espaço.
E os exemplos dessa expansão são muitos, a exemplo dos Tokens não fungíveis (NFTS). Bazan aponta que com a possibilidade ramificação dessa tecnologia de certificação digital quanto a posse para diferentes itens virtuais, a exemplo de obras de artes, terrenos, ou ainda coleções de roupas, o metaverso se torna uma opção em potencial para as criptomoedas.
Ele também retoma o potencial da indústria de games para o mundo das criptomoedas. Com histórico de criação de jogos, atração de novos usuários e modelo de negócios, os desenvolvedores conseguem gerar receita. “Mas só que agora você passa a dividir parte destes incentivos com os seus usuários, assim, ele consegue ganhar um dinheiro e a tendência é que ele fique cada vez mais no seu ambiente”, explica o especialista.
Outro ponto importante é que a concorrência à plataforma ethereum vai continuar aumentando, ao passo que a própria ethereum buscará desenvolver suas soluções para resolver os gargalos que ainda enfrenta na velocidade de transações e taxas. “Eu vejo um boom de infraestrutura que vai sustentar os jogos, DeFi, todas as aplicações em cima. Então, nesses setores de NFTs e smart contracts têm algumas oportunidades bem legais que podem descolar de bitcoin e ether”, conclui Bazan.
Incubadora cripto: Oportunidades com moedas embrionárias
O diretor de inteligência de criptomoedas da Empiricus finaliza chamando a atenção para as oportunidades que ainda estão fora do radar da maioria.
É o projeto da Empiricus chamado Incubadora Cripto, uma carteira montada com criptomoedas ainda em estágio embrionário, ainda com baixos valores de mercado, mas, que, como apontado por Bazan, oferece uma boa relação de risco e retorno.
“A incubadora veio da ideia de trazer os futuros candidatos a uma carteira maior, que ainda estão nos estágios mais iniciais”, argumenta Bazan. Ele compara o atual estágio das criptomoedas indicadas na Incubadora com os ativos digitais que eram considerados microcoins há 12 meses atrás, como Fanton e Solana, mas que agora estão com os preços altos.
O especialista vê com bons olhos as chances de crescimento exponencial das microcoins da carteira indicada e conclui dizendo que se tratam de moedas que podem se multiplicar o valor investido de 50 a até 100 vezes.
Para se inteirar mais sobre estes assuntos com potencial de mexer com as suas criptomoedas, assista a live com Felipe Miranda e Vinícius Bazan. Além de ficar por dentro das expectativas sobre as criptos para 2022, você terá a oportunidade de agregar mais conhecimento para si mesmo como investidor, a partir de um bate papo de alto nível e bastante descontraído.
Assista o vídeo completo: