Investimentos

Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro, registra números positivos no 1T22; Alupar (ALUP11) supera expectativas e Hypera (HYPE3) acerta compra do Buscopan; veja alguns destaques corporativos

Em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram, Felipe Miranda comenta diariamente assuntos que movimentam o mercado

Por Daniela Rocha

11 maio 2022, 11:01 - atualizado em 11 maio 2022, 13:35

Imagem da fachada de uma loja da Centauro com o logo dessa respectiva companhia
Fachada loja Centauro – Imagem: Divulgação

O Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro e representante oficial da marca Nike no Brasil, registrou resultado positivo no 1T22, segundo Felipe Miranda, CEO e estrategista-chefe da Empiricus. 

“O resultado foi um espetáculo, impressionante o que está acontecendo sobretudo com a Nike, com a receita crescendo mais de 60%”, disse o analista nesta quarta-feira (11/05) em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram, canal de comunicação com assinantes da casa.

A receita líquida da companhia foi de R$ 1,3 bilhão, alta de 65% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado do Grupo cresceu 400%, totalizando R$ 185 milhões. 

Com 120% de crescimento no 1T22 em relação a 1T21, o Grupo atingiu novo recorde trimestral de vendas online da Nike (nike.com.br), somando R$ 277 milhões. Nas lojas Nike Value, o avanço da receita bruta foi de 63% na mesma base comparativa. 

Outros pontos que chamam a atenção são o salto de 400% no Ebitda ajustado, totalizando R$ 185,3 milhões, e a expansão de 9 pontos percentuais na margem Ebitda para 13,4%. “Foi uma explosão de resultado, esta é uma companhia que a gente gosta bastante, pois tem bons fundamentos. Suas ações não deveriam estar em níveis baixos na Bolsa”, comenta. 

Conforme ele, SBFG3 tem sido penalizada na Bolsa no curto prazo em função do cenário macroeconômico – não é uma exclusividade, é um movimento que engloba a maioria das companhias do varejo, porém, a ação tem grande potencial olhando para frente. 

O Grupo tem realizado investimentos relevantes. Ontem, anunciou a aquisição da plataforma de dança FitDance. E na segunda-feira, havia informado ao mercado sobre a compra da X3M, uma empresa de live marketing focada em esportes. O objetivo é se consolidar no ecossistema esportivo. 

Outros balanços e números de 1T22

O analista ressaltou em seu grupo no Telegram, que gostou do balanço da Alupar (ALUP11), holding de transmissão e geração de energia, no primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido teve aumento de 33,3% sobre 1T21, totalizando R$ 431 milhões. O Ebitda avançou 2,1% para R$ 1,13 bilhão. “O Ebitda superou as estimativas de consenso. Alupar é defensiva e está andando bem”, comenta. 

A avaliação dele em relação ao resultado da Qualicorp (QUAL3) no 1T22 é que veio fraco. A receita líquida da empresa recuou 4% em relação ao 1T21 e o lucro apresentou queda de 35,3% chegando a R$ 74 milhões. 

Quanto à CVC (CVCB3), o analista avalia que a empresa sinaliza recuperação em reservas confirmadas, porém, ainda enfrenta grandes desafios. A companhia de viagens registrou receita líquida de R$ 298,8 milhões, alta de 76,5% sobre o primeiro trimestre do ano passado, contudo, o prejuízo foi de R$ 166,8 milhões.

Ainda nesse segmento, Felipe disse que a Azul (AZUL4) esboça melhoria nas operações. A companhia aérea informou nesta semana que a demanda por voos aumentou 68% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. Além disso, fechou o mês passado com taxa de ocupação das aeronaves de 78,7% ante 71,2% na mesma base de comparação.  

Hypera acerta aquisição

A Hypera (HYPE3)  informou que assinou acordo com a Boehringer Ingelheim para comprar a sociedade responsável pela produção e know how sobre o princípio ativo do medicamento Buscopan por R$ 190 milhões. 

“A Hypera está voltando a entregar aquisições depois de um bom tempo. A ação está barata e a companhia tem boa geração de caixa, é previsível e defensiva, considero interessante nesse momento”, conclui Felipe Miranda. 

Sobre o autor

Daniela Rocha

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI. 

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