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Max Bohm indicou, e quem comprou Eneva (ENEV3) já lucrou mais de 162% – e pode lucrar ainda mais

Recomendadas por Bohm desde meados de 2019, as ações da empresa quase que triplicaram de valor. Ainda assim, Eneva permanece entre as indicações do analista da Empiricus.

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Data de publicação
30 de abril de 2021
Categoria
Investimentos

Em junho de 2019, Max Bohm indicava aos assinantes da série As Melhores Ações da Bolsa, da Empiricus, a compra de ações da Eneva (ENEV3). Na época, os papéis custavam em torno de R$ 5,84. Hoje, precificados a R$ 15,32, eles já entregaram 162% de lucro aos que abraçaram a recomendação do analista. 

A Eneva é uma empresa de energia focada na geração por meio de usinas termelétricas (UTE). Por uma série de motivos, os quais você confere nesse artigo, ela apresentou grande crescimento nos últimos anos — processo previsto por Bohm. E a tendência é que a companhia continue crescendo e entregando lucro aos seus acionistas.

Conheça a Eneva (ENEV3)

20 anos…Esse foi o tempo necessário para que a Eneva se consolidasse como uma das principais empresas de energia do país. Hoje, a companhia é responsável por 9% da geração térmica a gás.

Dados gerais da Eneva (Imagem: Eneva/Reprodução)

Atualmente, a Eneva possui oito usinas de geração de energia e duas bacias de exploração e produção de gás. Esses ativos estão divididos da seguinte forma:

  1. Complexo Parnaíba
  2. Pecém e Itaqui
  3. Tauá
  4. Bacia do Parnaíba
  5. Bacia do Amazonas

O Complexo Parnaíba se destaca como o ativo mais relevante para a atuação da empresa. As seis usinas que o compõem (Parnaíba I, II, III, IV, V e VI) possuem capacidade total instalada de 1,9 GW — 1,4 GW já em operação.  Além disso, o complexo possui oito campos terrestres situados em seus arredores.

Já Itaqui é uma usina localizada no Maranhão com capacidade instalada de 360 MW. Essa geração seria suficiente para satisfazer 65% da necessidade energética do estado. Pecém II, por sua vez, tem capacidade de 365 MW. Localizada no Ceará, ela produz volume equivalente a 60% da energia de todo o estado e 10% de toda a região nordeste. Enquanto no Complexo Paraíba todas as usinas são abastecidas por gás, essas últimas duas diferem nesse quesito. Ambas utilizam carvão como combustível. Até por isso, estão posicionadas próximas de portos, visto que a matéria-prima é importada da Colômbia.

Se somadas todas as UTEs, a companhia possui uma capacidade instalada de 2,8 GW. O que faz dela a maior empresa privada do Brasil quando o assunto é geração térmica.

 
O Complexo Parnaíba contém os ativos mais importantes da companhia (Imagem: Eneva/Reprodução)

Mas não só de termelétricas vive a Eneva. A Usina Fotovoltaica Tauá foi a primeira de energia solar em escala comercial do Brasil. Sua geração é consideravelmente menor, de 1 MW, devido às limitações da própria fonte. Esse número corresponde ao consumo de aproximadamente 1.500 residências.

O modelo de negócio da Eneva não se esgota na geração de energia. A companhia também conduz uma linha de exploração e produção de gás (E&P). Essa atuação se concentra na Bacia do Parnaíba e Bacia do Amazonas.

Bacia do Amazonas, onde se dá localiza o Campo Azulão (Imagem: Shutterstock.com)

Na Bacia do Parnaíba, a empresa possui nove campos declarados comerciais e é capaz de produzir 8,4 milhões de metros cúbicos (M³) de gás por dia. Importante ressaltar que essa produção é totalmente voltada ao abastecimento das usinas termelétricas do Complexo Parnaíba

Já o Projeto Integrado Azulão-Jaguatirica II concentra a extração e produção de gás em um único campo, o Azulão. Esse tem volume de reservas de 5,9 bilhões M³ de gás natural.

Tal produção deve ser futuramente destinada à Usina Termelétrica Jaguatirica II. No futuro, pois a UTE, que terá capacidade instalada de 141 MW, ainda está em construção, no estado de Roraima.

Mapa de ativos da Eneva: em azul, o Complexo Parnaíba; em amarelo, o Projeto Integrado Azulão-Jaguatirica II e, em vermelho Itaqui, Tauá e Pecém II (da esquerda para a direita). (Imagem: Eneva/Reprodução)

Termelétricas: alto potencial

Apesar dos avanços, a matriz elétrica brasileira ainda é pouco diversificada. Grande parte da energia elétrica gerada vem de usinas hidrelétricas, representando 65% do total, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Isso significa que há forte dependência de água como força motriz. Lê-se: das chuvas.

Ok! Mas onde está o problema, afinal?

Na verdade, é possível enumerar alguns. Todavia, um problema merece destaque. Nos últimos anos, o país viveu períodos de crise hídrica, isto é, quedas consideráveis nos volumes dos reservatórios. Daí, a necessidade de investimentos em outras fontes de energia! 

Nesse cenário, as termelétricas são alternativas, visto que geram energia através da queima de combustíveis. Ou seja, não dependem de eventos naturais para realizar sua função.

A diversificação da geração de energia é, sim, extremamente importante para o país. Fontes não poluentes, como a solar e a eólica, ganham cada vez mais atenção. No entanto, já que elas também dependem de forças da natureza para operar, uma “opção independente”, como a termelétrica, é necessária para a matriz energética brasileira.

Aproximadamente 60% da energia gerada no Brasil é proveniente de usinas hidrelétricas (Foto: Shutterstock.com)

Como a Eneva ganha dinheiro?

As receitas da companhia podem ser classificadas em fixas e variáveis. E para compreendê-las, é necessário dar uma olhada na relação da empresa com o estado brasileiro. Basicamente, a companhia cresce operacional e financeiramente a partir de leilões realizados pelo governo. 

A receita fixa é uma remuneração estipulada pelo estado que a companhia recebe pelo simples fato de as suas usinas estarem disponíveis para a utilização. Importante ressaltar que esses valores são ajustados pelo índice inflacionário, Por outro lado, a variável é paga quando os ativos são utilizados para suprir alguma demanda do mercado.

Em 2019, ao recomendar pela primeira vez ENEV3, Max Bohm ressaltava a importância da receita fixa para o modelo de negócio da empresa. Segundo ele, essa fonte traz “estabilidade e previsibilidade” aos números da Eneva.

“A Eneva (ENEV3) é uma companhia que nos traz previsibilidade. A companhia é muito bem gerida e a estratégia de integração (exploração/produção) tende a surtir bons resultados mais à frente”. 

Resultados recentes da Eneva 

E Bohm estava certo: os bons resultados vieram. De lá para cá, o valor das ações ENEV3 quase que triplicou. O valuation atual da empresa é de R$ 20,29 bilhões. O último balanço divulgado pela empresa, referente ao quarto trimestre de 2020 indicou resultados consistentes, além de aumento dos investimentos.

Principais indicadores da Eneva no balanço do quarto trimestre de 2020 (Imagem: Eneva/Reprodução)

Os bons resultados registrados no período podem ser atribuídos principalmente à retomada gradual das atividades no Brasil, o que acarretou o aumento na demanda por energia termelétrica. 

Afetada positivamente pelos reajustes indexados ao IPCA e pelo preço de combustível em alta, a receita líquida alcançou R$ 1,2 bilhão, uma evolução de 10% em relação ao quarto trimestre de 2019. Também influenciou no bom resultado “o fato de uma parcela maior de energia ter sido vendida no ambiente de concentração livre (que possui maiores margens)”, comenta Bohm.

A Eneva trouxe também números empolgantes quando o assunto é controle de custos e despesas operacionais. Segundo o analista da Empiricus, esse fator foi decisivo para que a empresa alcançasse o Ebitda R$ 606 milhões no quarto trimestre de 2020, em um crescimento de 15% na comparação anual.

Por fim, a Eneva registrou um lucro líquido 88% maior que o de 2019. O valor foi impulsionado pela melhora do resultado operacional e pela redução nos custos com o serviço da dívida e despesas tributárias.

Ao analisar o balanço, Max Bohm reitera confiar que Eneva permanecerá em tendência de crescimento. “As campanhas exploratórias bem-sucedidas geram uma expressiva redução dos riscos atrelados à companhia. Com diversos investimentos no pipeline, enxergamos um relevante crescimento na geração de energia ao longo dos próximos anos”.

E aí, vai comprar ENEV3?

Segundo o cálculo do analista da Empiricus, que já considera a aquisição do Polo Urucu por parte da empresa, o valor justo de ENEV3 é de R$ 21,30. O que representaria um crescimento potencial de pelo menos 39% no valor das ações. “Com isso, continuamos enxergando o papel como um ótimo ativo para você manter em seu portifólio”.

A Eneva é sem dúvida um dos cases de sucesso da série As Melhores Ações da Bolsa.  Atualmente, ENEV3 ocupa 4% da carteira e é a décima ação mais indicada. Acima dela estão papéis que Bohm considera possuir potencial de crescimento ainda maior que o da companhia de energia.

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