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Os melhores investimentos para esse ano: conheça o FoF Melhores Fundos

Entenda como um único e pequeno investimento te garante acesso a portfólios milionários

Por Matheus Egydio

29 de março de 2021, 10:06

Podemos dizer que o FoF Melhores Fundos é o ápice da série Os Melhores Fundos de Investimento, liderada por Ana Westphalen e Bruno Mérola. Por meio dessa sugestão, criada em abril de 2019, os assinantes garantem seu lugar na mesa dos melhores gestores do país.

Neste artigo, vamos explorar as premissas de um fundo de investimento e o que faz o FoF Melhores Fundos ser tão premiado frente a outras opções, desde o custo-benefício extraordinário que ele oferece até o seu rendimento.

O que é um fundo de investimento? E o que é um FoF?

Trata-se de um portfólio pronto, no qual você investe seu dinheiro e, então, não precisa fazer mais nada, uma vez que a gestora escolhe a estratégia, os ativos, os pesos de cada um, realiza o rebalanceamento e outras coisas mais.

Investir num fundo de investimento é como contratar um bartender para te preparar um drink sofisticado, dispensando sua participação no processo, ou seja, você não precisa arregaçar as mangas, escolher os ingredientes e executar a receita.

Há uma enorme variedade de fundos, cada qual com um perfil e, dessa forma, você deve explorar os que fazem mais sentido para você: baixo ou alto risco; concentrado ou diversificado; generalista ou focado em temas específicos, como ESG, tecnologia, criptomoedas, canabidiol, etc.

O que se deve ter em mente para todos os fundos, no entanto, é a competência do gestor.

Isso porque, como dito, ao aplicar seu dinheiro numa carteira administrada, você pode ficar tranquilo quanto à parte mais operacional da coisa; ainda assim, você está confiando os seus investimentos nas mãos de uma instituição.

Portanto, de nada adianta ganhar certa liberdade do frenético hábito de acompanhar o mercado o tempo todo — se PETR4 estivesse no seu portfólio, por exemplo, você não precisaria se atormentar com a dúvida entre “comprar mais ou vender” após o discurso do presidente —, se a gestão não for qualificada para realizar os melhores movimentos.

Aqui, a decisão deve ser feita seguindo a mesma linha de raciocínio pela qual se escolhe um cirurgião: você prefere ser operado por um estudante do primeiro semestre de medicina ou por um médico renomado?

Assim como no exemplo usado, escolher a empresa gestora certa faz toda a diferença.

No entanto, isso não significa que exista um único fundo de investimento que “vence” todos os demais pela qualidade da gestão. Assim como não se constrói um portfólio de renda variável com uma única ação, não devemos escolher apenas um fundo de investimento.

O que nos leva, naturalmente, aos FoFs, sigla para Funds of Funds. Em síntese, estamos falando de um fundo de investimento formado por outros fundos de investimento.

Nas palavras de Ana, “é como reunir os melhores gestores de cada mercado financeiro, desde juros e câmbio até ações, e entregar, para cada um deles, um valor financeiro para que trabalhassem para você”.

Nesse movimento se encontra, também, a humildade do investidor de assumir que não navega, com maestria, em todos os mercados.

O próximo passo, portanto, seria escolher quais são os melhores fundos de cada mercado e, então, montar esse portfólio. Nossa equipe, aqui na Empiricus, se encarregou da missão e elaborou a carteira dos sonhos, milimetricamente equilibrada entre os nossos fundos favoritos.

Só tinha um (grande) problema: seria preciso pouco mais de R$ 20 milhões para construí-la.

Não soa como algo voltado para o varejo, podemos concordar. Além disso, tratava-se de um plano ainda teórico, fortemente enraizado no plano das ideias…

Para tirá-lo do papel, precisaríamos encontrar uma gestora que: i) alinha-se com nossos princípios; ii) estivesse disposta a estudar, chancelar e dar vida a esse portfólio; e iii) fosse competente para executar a estratégia.

Não obstante, também precisava querer dar ao FoF um limite mínimo baixo, ou seja, que não fosse restrito aos multimilionários e, sim, democrático.

Felipe Miranda, CIO da Empiricus, fez uma série de reuniões até encontrar uma empresa parceira que cumpria todos esses requisitos, a Vitreo.

Então, foi possível construir um FoF que reunisse as melhores mentes dos seus respectivos mercados e consolidá-las numa estratégia acessível, que abre suas portas para investidores com apenas R$ 1.000.

Antes de nos aprofundarmos sobre a composição desse fundo de investimento e sua rentabilidade, vamos exercitar nossa transparência radical — um dos valores compartilhados entre a Empiricus e a Vitreo — ao levantar os prós e contras dele.

As vantagens e desvantagens

Nosso time, ao criar o FoF Melhores Fundos, listou dez vantagens que você, investidor, aproveita ao aplicar seu dinheiro nele. São elas:

  • Praticidade: como uma única aplicação, você acessa uma carteira completa e balanceada de fundos;

  • Acesso: se você quiser reproduzir a carteira que compõe o FoF na íntegra, precisaria ter mais de R$ 10 milhões em recursos financeiros, frente a R$ 1 mil no produto da Vitreo;

  • Agilidade para se movimentar: o alocador do FoF conta com uma extensa equipe de alto nível, garantindo que as oportunidades serão aproveitadas muito rapidamente (como quando um fundo desejado abre uma janela rápida), ao contrário do investidor pessoa física;

  • Poder de negociação: com grandes volumes sob sua gestão, o alocador pode negociar entradas em fundos fechados no varejo, pedir características mais alinhadas com o desejo do investidor e até mesmo negociar melhores rebates;

  • Eficiência tributária: o FoF é tributado como qualquer outro fundo multimercado, mas quando um fundo é trocado por outro dentro da estrutura, não há incidência de imposto, diferentemente de um fundo de investimento normal;

  • Equilíbrio automático: o rebalanceamento é essencial para uma alocação bem-sucedida no longo prazo e, pelo FoF, você não precisa ter a disciplina ferrenha que essa prática requisita;

  • Acesso a produtos restritos a milionários: por regulação, um FoF oferecido no varejo pode alocar até 20% do seu patrimônio em fundos restritos a investidores qualificados, ou seja, com mais de R$ 1 milhão em investimentos financeiros;

  • Acesso a produtos restritos a multimilionários: também pela regulação, o FoF pode alocar até 5% em produtos destinados a profissionais, com mais de R$ 10 milhões em aplicações;

  • Acesso a produtos indisponíveis no varejo: um gestor conceituado pode evitar os investidores de varejo porque, normalmente, estes não gostam da volatilidade e reagem sacando o dinheiro, mas o alocador tende a ser um investidor mais estável e, portanto, preferido pelo gestor; e

  • Ausência de conflito de interesses: você remunera o alocador pelo seu trabalho com taxa de administração e performance, sendo proibido, por regulação, que ele receba qualquer comissão de gestor por fora do fundo (assim, todos os rebates devem ser revertidos para dentro do fundo).

Bom, vimos que investir no FoF Melhores Fundos é como elencar Lionel Messi e Cristiano Ronaldo no seu time de futebol, sem que você tenha que pagar o salário exorbitante deles e outras coisas mais.

Então, quais são os contras de tudo isso?

De forma sucinta, precisamos destacar que o FoF vale a pena quando você considera o longo prazo, tanto pela volatilidade quanto pelo prazo do saque.

Isso acontece porque o FoF Melhores Fundos investe em ativos de risco, desde ações brasileiras e internacionais até criptomoedas. Em termos práticos, isso significa que você pode perder dinheiro no curto prazo.

Além disso, a tributação que se aplica ao FoF é regressiva, ou seja, é alta quando o seu dinheiro fica investido por pouco tempo e vai diminuindo com o passar dos meses. Assim, a fatia do Estado no seu rendimento vai ser muito maior se você sacar muito cedo.

Por fim, caso você queira sacar o seu dinheiro do FoF Melhores Fundos, precisará tolerar sua carência D+61 (60 dias corridos e 1 dia útil) para ter o valor na sua conta. Esse prazo é necessário para proteger todos os cotistas — pessoas que investem no FoF — de volatilidades agressivas caso algum player enorme decida retirar sua aplicação.

Nossa sugestão, portanto, é que você construa, necessariamente, a sua reserva de emergência antes de investir no FoF Melhores Fundos, de forma que estará blindado contra os perigos de curto prazo.

Por dentro do Monte Olimpo: a composição do FoF Melhores Fundos

Para começar, vamos entender os bastidores, ou seja, o papel de cada um dos responsáveis pela criação e execução do FoF:

  • Empiricus: a nossa equipe seleciona fundos por meio de critérios quantitativos e qualitativos, montando um portfólio equilibrado numa alocação estrutural de longo prazo proposta pelo estrategista-chefe da casa, Felipe Miranda;

  • Vitreo: a equipe realiza uma segunda avaliação do portfólio que construímos (a due dilligence), e, liderada por George Wachsmann, atua na gestão do fundo ao perseguir a alocação chancelada por ele;

  • Santander: o bancão é custodiante e administrador do fundo.

Partindo para a composição do FoF, estruturamos ele em seis classes de ativos, sintetizados no seguinte gráfico:

Fonte: Vitreo

Em Renda Fixa e Renda Fixa Crédito, encontramos crescimento consistente e baixa liquidez no FoF, podendo ser “nosso porto seguro no estresse”, aponta Ana. Além disso, a primeira classe expressa a possibilidade de honrar os resgates com facilidade quando necessário.

Em Multimercado e Renda Variável, seguimos estratégias que incluem ativos de risco e objetivam a multiplicação do capital. Para tanto, essas são as classes que você deve culpar e agradecer quando há alta volatilidade no FoF.

Em Proteções, materializamos o conceito de antifragilidade proposto por Nassim Taleb. Aqui, o dinheiro é aplicado em dólar e em ouro, de forma que esses ativos se valorizem caso haja uma queda generalizada de todos os outros — equilibrando o resultado final.

Por fim, em Alternativos, incluímos criptomoedas e private equity, que representam potenciais retornos enormes em troca de riscos igualmente altos (o que justifica a posição ínfima no portfólio).

Nesse momento, você já compreendeu o que é um fundo de investimento e um FoF, assim como os prós e contras deles. Além disso, está por dentro da composição friamente calculada do FoF Melhores Fundos, mas… quais são os fundos que formam essa carteira?

Na próxima seção, iremos dar os nomes dos principais jogadores desse dream team.

Fundo Verde

Não poderíamos começar por um nome melhor do que o Fundo Verde, gerido por Luis Stuhlberger. Para Bruno Mérola, ele “é um gênio, trabalha com uma equipe altamente qualificada e sabe ganhar dinheiro como ninguém”.

Acredite, não é puxação de saco.

Esse fundo chega para compor a classe de multimercados do FoF Melhores Fundos porque carrega consigo um dos melhores históricos da indústria, com um rendimento de impressionantes… não, veja você mesmo:

O retorno do Fundo Verde foi 8,4 vezes maior que o CDI

Para quem teve a oportunidade de ingressar nesse fundo em 1997 e não aproveitou a brecha, deve ser amargo imaginar que o seu patrimônio poderia ser oito vezes maior (caso tenha investido em algum fundo DI).

Não podemos, é claro, nos permitir passar pela mesma sensação.

No começo de 2021, foi anunciado, com antecedência, que o fundo reabriria para captação de mais recursos e, é claro, por pouquíssimo tempo: em 2018, a brecha durou apenas dois dias. Não obstante, era necessário R$ 50 mil para entrar.

Nós garantimos o nosso ingresso no fundo e, assim, podemos ver duas das vantagens — acesso e agilidade para se movimentar — de um FoF na prática.

Partindo para a prática, o Fundo Verde já expôs que suas perspectivas para os próximos meses são positivas e revelou, de forma sucinta, no que se baseará sua estratégia: recuperação da economia global e, mais especificamente, a brasileira.

Bruno explica.

Em janeiro de 2021, Stuhlberger disse, num evento do Credit Suisse, que estava “bem otimista” com o cenário pós-pandemia, defendendo que a economia global, mesmo combalida pelos desdobramentos da pandemia do coronavírus, deve se recuperar bem, amparada pela injeção de estímulos sem precedentes nos Estados Unidos, Europa e China.

Aqui no Brasil, por sua vez, ele tem apresentado não apenas preferência pelo “mercado acionário doméstico, como tem até cogitando vender um pouco de S&P 500 e comprar mais Bolsa Brasil”, pontua Bruno.

Além disso, o Verde “zerou uma posição antiga no mercado de juros, comprada em títulos de longo prazo atrelados à inflação (NTN-Bs)”, explica Bruno, o que mostra que a deterioração do quadro fiscal leva Stuhlberger e sua equipe a pensar que ações são apostas mais seguras do que os juros longos.

Entre os desafios, Stuhlberger destaca que o grande obstáculo está na compreensão do quanto dessa perspectiva de recuperação global já está embutida nos preços das ações.

JGP Gestão

 

Através da JGP Asset Management, que possui cerca de R$ 20 bilhões sob gestão, incluímos dois fundos no FoF Melhores Fundos: JGP Select, na classe de renda fixa crédito; e JGP Strategy, na classe de multimercados.

Em JGP Select, confiamos nosso dinheiro nas mãos do competente Alexandre Muller e nos expomos ao mercado internacional por meio de bonds e títulos de crédito no exterior (principalmente na América Latina).

Inclusive, há, aqui, uma tática para oferecer aos investidores gerais uma penetração maior no mercado internacional, uma vez que a CVM permite, no máximo, 20% em investimentos no exterior para esse público-alvo.

Calma, não é nada ilegal.

A legislação é respeitada ao mesmo tempo em que nos fazemos presentes no exterior porque o JGP Select  investe o máximo de 20% aqui no Brasil e, paralelamente, num fundo da própria JGP no exterior, este alavancado duas vezes lá fora.

Assim, gera-se uma exposição de até 40%.

O objetivo com o JGP Select é diversificar o portfólio “em momentos mais complicados para a indústria de crédito privado no Brasil”, destaca Bruno.

Partindo para o JGP Strategy, participamos de um fundo multimercado que, pelas análises de Ana e Bruno, se mostra “ganhador em todos os cenários”.

Eles partiram de uma análise extremamente técnica que contemplava 3 mil fundos de investimento e, filtro por filtro, o JGP Strategy se situava entre os melhores dos melhores, aliando maior rentabilidade com volatilidade mais branda.

Em alguns índices e recortes temporais, ele chega até a superar o Fundo Verde.

Destacando-se da concorrência em termos práticos, Bruno também ressalta que o JGP Strategy prova a consistência da gestora JGP, pois, à medida que o investidor fica mais tempo no fundo, menor é a probabilidade de ele perder para o CDI:

82% dos investidores que ficaram 5 anos no fundo ganharam entre 125% e 150% do CDI

Ana e Bruno, após concluírem a análise, questionam: o que mais poderíamos procurar em um fundo multimercado além de desempenho, eficiência, consistência, experiência, diversificação, baixa correlação e agilidade?

Por ter tudo isso, JGP Strategy está mais presente do que nunca no FoF Melhores Fundos.

SPX Capital

Por meio da SPX Capital, que possui cerca de R$ 40 bilhões sob gestão, escolhemos dois fundos para incluir no FoF Melhores Fundos: SPX Seahawk, na classe de renda fixa crédito; e SPX Raptor, na classe de multimercados.

No SPX Seahawk, nosso dinheiro segue as orientações de Albano Franco, que o aplica no mercado local de crédito corporativo e financeiro, através de debêntures, notas promissórias, FIDCs, CDBs e letras financeiras.

No ano de estreia, o gestor engatou uma estratégia que fez do SPX Seahawk um “destaque absoluto entre seus concorrentes, sendo o mais próximo de bater o CDI, feito que nenhuma outra conseguiu em 2020”, destaca Bruno.

SPX Seahawk já mostrou, no ano de estreia, para que veio

Em SPX Raptor, estamos falando do fundo multimercado de maior volatilidade da gestora carioca e, portanto, aquele com maior possibilidade de multiplicar o seu capital. Liderado por Rogério Xavier, é para estômagos fortes, mas já rendeu mais de 450% (vs. 161% do CDI) desde que foi criado, em 2010.

Além disso, trata-se de um hedge fund genuinamente global, que opera, com maestria, juros, câmbio, Bolsa e commodities, tanto aqui quanto no exterior. Na visão de Ana e Bruno, participar do SPX Raptor é ingressar “no multimercado que carrega a estratégia da SPX em toda sua plenitude”.

Quanto rendeu o FoF Melhores Fundos até agora?

Até aqui, nos aprofundamos bastante sobre a estrutura do FoF Melhores Fundos e, agora, vamos descobrir quanto dinheiro ele colocou no bolso de quem já apostou nele.

Em 2020, um ano bastante difícil, o FoF apresentou um rendimento de 11,25%, ou seja, mais de quatro vezes superior ao CDI (apenas 2,76%). Em números do cotidiano, isso significa que o investimento de R$ 5.000 em um fundo DI gerou R$ 138, frente a um retorno de R$ 562 para o mesmo investimento no FoF Melhores Fundos.

Para sermos justos, no entanto, a volatilidade do FoF testou muitos investidores:

Para sermos meritocráticos com cada classe de investimento, os destaques do ano ficaram para a os fundos de multimercado, de ações e de criptomoedas, todos recebendo dinheiro da classe de renda fixa. Os piores resultados foram provenientes da indústria inteira (nacional e exterior) de crédito privado.

Por fim, o resultado do FoF Melhores Fundos desde sua criação, lá em abril de 2019.

A rentabilidade acumulada bate 21,79% e supera o CDI em 14,67%, um desempenho que crava uma superioridade de três vezes sobre o benchmark. Abaixo, a rentabilidade histórica:

Fonte: Vitreo

Acreditamos que, se você chegou até aqui, possui conhecimento suficiente para entender os prós e contras do FoF Melhores Fundos, assim como a sua composição e perfil enquanto investimento.

Nossa sugestão é, portanto, que você invista no FoF Melhores Fundos.

Sobre o autor

Matheus Egydio

Escreve para o site da Empiricus, MoneyTimes e Seu Dinheiro.