Imagem: iStock/ Joa_Souza
A Petrobras (PETR4) divulgou resultados sólidos referentes ao terceiro trimestre de 2025 (3T25), ajudados pelo forte aumento na produção (já adiantado pela prévia) e com anúncio de bons dividendos.
Veja o desempenho por segmento
Em Exploração e Produção (E&P), a receita cresceu +9,3% na comparação com o 2T25, para US$ 15,7 bilhões, reflexo da maior produção e de uma ligeira valorização na cotação do petróleo no período.
Apesar do aumento de um dígito médio no lifting cost, por conta de maiores gastos com integridade e intervenções, a companhia também mostrou recuo relevante nas despesas frente ao 2T25, que foi bastante afetado por eventos não recorrentes. Com isso, o ebitda de E&P atingiu US$ 10,9 bilhões, alta expressiva de +21,8%.
Em Refino, a receita subiu +11,6%, para US$ 22 bilhões, e o ebitda cresceu +17,5%, para US$ 1,3 bilhão, reflexo da sazonalidade mais forte e também de melhores margens de derivados no período.
Por fim, o segmento de Gás e Energia mostrou recuo de -14% no ebitda, para US$ 203 milhões, com o aumento no volume mais do que compensado pela queda de preços e margens. Mas esse segmento é pouco representativo e não pesou no resultado consolidado.
Assim, o ebitda consolidado atingiu US$ 11,7 bilhões, alta de +16,8% frente ao 2T25 e acima das estimativas do mercado. O lucro líquido ajustado de US$ 5,2 bilhões também surpreendeu positivamente, com alta trimestral de +27,7%.
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Petrobras vai pagar R$ 12,2 bilhões em dividendos
Na esteira da melhora do resultado operacional, o Fluxo de Caixa Livre cresceu US$ 1,5 bilhão frente ao 2T25, e culminou no anúncio de R$ 12,2 bilhões em dividendos, uma melhora considerável frente aos R$ 8,7 bilhões anunciados no trimestre anterior.
Por outro lado, observamos que o aumento do capex na comparação com os trimestres anteriores e o endividamento próximo do teto de US$ 75 bilhões podem pressionar um pouco a distribuição nos próximos trimestres. Nesse sentido, sinalizações de redução de investimentos desnecessários ou corte de gastos no Plano Estratégico 2026-2030 serão muito bem-vindos.
Depois de alguns trimestres com resultados operacionais abaixo do seu potencial, a Petrobras mostrou números sólidos mesmo com um nível de petróleo relativamente fraco.
Por 4x lucros e um dividend yield de dois dígitos, PETR4 segue na carteira Vacas Leiteiras, focada em dividendos.