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PIB brasileiro cresce 1% no 1T22; IPC-Fipe desacelera; shoppings baratos na Bolsa e tempestade na economia americana; veja os destaques

Acompanhe as análises de Felipe Miranda, CEO da Empiricus, e Fernanda Mansano, economista da casa, no grupo Ideias Antifrágeis no Telegram

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Data de publicação
2 de junho de 2022
Categoria
Investimentos
Imagem das iniciais da palavra Produto Interno Bruto sobre a bandeira do Brasil com algumas notas de reiais
Reprodução: Shutterstock

Os holofotes estão direcionados para os novos dados sobre a economia brasileira, nesta quinta-feira (2/06). O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1% no primeiro trimestre do ano, em relação aos três meses imediatamente anteriores. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2021, o crescimento foi de 1,7%.

Apesar do desempenho positivo no 1T22 divulgado pelo IBGE, ele ficou abaixo das estimativas do mercado que, na média, esperava uma alta de 1,2%, segundo Fernanda Mansano, economista-chefe da Empiricus. 

Desse modo, as projeções para o crescimento do PIB este ano já estão sendo revisadas para baixo, indicando algo em torno de 1%. “Principalmente o consumo e os investimentos ainda serão impactados pela inflação e pelo ciclo de aperto monetário”, explicou Mansano no grupo Ideias Antifrágeis, no Telegram, em uma participação especial nesse canal de comunicação do Felipe Miranda, CEO e estrategista da Empiricus, com os assinantes de todas as séries da casa.

De acordo com Felipe, a melhoria da atividade junto com superávit primário têm surpreendido favoravelmente. “Isso pode ser um driver para nossas empresas na Bolsa, principalmente as cíclicas domésticas.”

Ele diz ainda que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, que mostra a desaceleração da inflação em maio, é outra pequena boa notícia. A alta foi de 0,42% no mês passado contra 1,62% em abril.

No Telegram, sobre oportunidades na Bolsa brasileira, o analista chegou a comentar que chama a atenção a gestora SPX, do Rogério Xavier, ter 7,64% de um dos seus principais fundos em ações da BR Malls. “A SPX, a Blackstone brasileira, investindo essa fatia em shopping me surpreende. De fato, isso mostra o quanto esse setor está barato”, diz.

Para ele, Iguatemi (IGTI11) também está muito descontada. Essa ação, com alto potencial de valorização, faz parte da carteira Oportunidades de Uma Vida que ele conduz.

Por dentro do PIB do 1T22

O destaque positivo foi o setor de serviços, que avançou 0,7% sobre o último trimestre do ano passado e 2,2% em relação ao 1T21. “A explicação é a reabertura das atividades, principalmente os serviços prestados às famílias como restaurantes e hotelaria”, diz Fernanda. Conforme ela, as exportações também foram bem no início deste ano, com uma alta de 5%.

O efeito negativo no PIB do 1T22 veio sobretudo do recuo dos investimentos privados, isto é, da formação bruta de capital fixo. A retração foi de 3,5% em relação ao último trimestre de 2021 e de 7,2% no comparativo ano a ano.

A economista destaca ainda que a agropecuária teve a performance prejudicada – uma queda de 0,9% em relação ao 4T21-, devido à estiagem que afetou a região Sul do país. Por sua vez, a produção da indústria se manteve em patamar praticamente estável (0,1%). 

Confira também o Giro Empiricus:

Tempestade na economia americana?

Mais do que uma tempestade, ontem, o CEO do JP Morgan Chase, Jamie Dimon, disse que tem “um furacão econômico se formando” nos Estados Unidos.

“Ele trouxe um tom negativo de que devemos nos preparar para o pior. Realmente eu acho que faz sentido a gente ter proteções em Bolsa americana, por isso, estamos vendidos em S&P 500, uma posição pequena em relação à comprada na Bolsa Brasileira”, ressalta Felipe. No mês passado, ele fez a operação short em S&P 500 no portfólio Oportunidades de Uma Vida.