Times
Investimentos

Vale a pena investir nas ações do Mercado Livre (MELI34)? Para a Empiricus Research, sim; entenda nova recomendação

Mercado Livre apresenta crescimento contínuo, se beneficiou do Caso Americanas e tem bom horizonte à frente; saiba mais

Por Juan Rey

14 de agosto de 2023, 17:10

Mercado Livre MELI MELI34
Imagem: Reuters/Divulgação Mercado Livre

Na última semana, as BDRs da empresa de e-commerce Mercado Livre (MELI34) entraram na Carteira Empiricus, portfólio multimercado da casa.

Segundo o analista Fernando Ferrer, da Empiricus Research, alguns motivos pesaram para a escolha do papel. 

O primeiro, o valuation. Por se tratar de uma empresa de alta qualidade, as ações do Mercado Livre tradicionalmente negociam a valores esticados. Agora, embora os papéis não sejam nenhuma pechincha, a assimetria está mais favorável.

“Temos a preocupação de não indicar apenas uma boa empresa, mas também um bom investimento. O valuation impossibilitava a gente de estar posicionado no ativo e agora está melhor do que foi no passado”, afirmou.

Caso Americanas beneficiou Mercado Livre

Um outro fator é que o Mercado Livre perdeu uma competidora de peso em 2023: a Americanas. De acordo com o analista, a queda nas vendas online da empresa, que está em recuperação judicial, foi de 95%. “Praticamente saiu do jogo”.

Beneficiado por este efeito, o Meli conseguiu no 2T23, pela primeira vez, ultrapassar a marca dos R$ 10 bilhões em volume bruto de mercadorias transacionadas (GMV).

A forte expansão, inclusive, é uma marca registrada da companhia. No último trimestre, a receita líquida cresceu 31% quando comparada ao mesmo período do ano passado

Além disso, o Mercado Livre apresentou evolução em todas as regiões que atua, especialmente na Argentina (+156%), no México (+45%) e no Brasil (+23%). Tudo isso em um ambiente macroeconômico que, embora esteja mais favorável, ainda é delicado. 

“A empresa cresce não só no número de itens vendidos e no fortalecimento da logística nas localizações em que já atua, mas também em novas localizações, como o México”, afirma.

Take rate cresceu significativamente nos últimos anos 

Boa parte do crescimento acelerado do Mercado Livre é explicado pelo take rate, isto é, o percentual da mercadoria vendida que vira receita para a empresa.

Em 2010, o take rate era de 6%. Agora, o percentual chega próximo dos 20%.

“A empresa consegue atrair cada vez mais os vendedores, com novas funcionalidades, de modo com que a logística, o processo de recebimento, empacotamento e de transporte fiquem melhores e o cliente tope pagar a mais por isso”, afirmou Ferrer. 

Com um cenário macroeconômico cada vez mais favorável, a tendência é que os resultados da companhia evoluam ainda mais nos próximos trimestres. 

Pelos motivos acima, o Mercado Livre (MELI34) passou a fazer parte da Carteira Empiricus, principal portfólio da casa.

Confira a entrevista completa de Fernando Ferrer sobre o assunto no Giro do Mercado:

Sobre o autor

Juan Rey

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Contato: juan.rey@empiricus.com.br