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Investimentos

Vivo (VIVT3) entrega mais um resultado sólido e promete mais dividendos para 2024, 2025 e 2026; confira

No 4T23, a base de clientes da Vivo expandiu, além de ter marcado o menor cancelamento da história e a maior receita média por usuário em 4 anos.

Por Ruy Hungria

23 fev 2024, 10:34

Atualizado em 23 fev 2024, 10:36

Vivo (VIVT3)
Imagem: Rafael Borges/Money Times

A Telefônica Brasil – Vivo (VIVT3) entregou resultados bastante sólidos, mais uma vez, com aumento relevante do lucro e promessa de melhora dos dividendos para os próximos anos. 

Pós-pago liderou crescimento no segmento Móvel da Vivo

A Receita Core (que exclui os negócios legados de voz fixa, internet e TV com tecnologia de cabo) cresceu 8,7% na comparação com o 4T22.

Dentro da categoria Core, a receita do segmento Móvel cresceu 8,4%, com destaque para o pós-pago, que segue ganhando clientes, e mais do que compensando a redução de clientes pré-pagos.

Menor cancelamento da história e maior receita média por usuário em 4 anos

É importante ressaltar que esse aumento na base de clientes tem acontecido junto com a melhora de outros indicadores cruciais para o negócio, como o menor churn (cancelamento) da história e a maior receita média por usuário (ARPU) dos últimos 4 anos. Além da menor competição da Oi, isso também mostra bom nível de satisfação dos clientes; caso contrário, a companhia não conseguiria aumentar preços e manter a taxa de cancelamento tão baixa. 

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Serviços fixos aumentaram em 10% sua receita

Ainda na categoria Core, a receita dos serviços fixos cresceu quase 10%, ajudada pela venda de serviços para empresas (B2B), mas principalmente pela expansão do negócio de Fibra, que chegou a R$ 1,6 bilhão de faturamento no trimestre. 

Hora de conectar clientes à rede da Vivo

Vale a pena lembrar que, se nos últimos anos a Vivo investiu muito para expandir a infraestrutura da rede de Fibra (ou seja, aumentar o número de casas passadas), a partir de agora a estratégia será mais focada em conectar clientes à rede (aumentar o número de casas conectadas).

Como você pode perceber no gráfico acima, hoje a relação Casas Conectadas/Casas Passadas é de 23%, e a Vivo acredita ser possível ultrapassar 30% de penetração. O importante é entender que o crescimento de receita daqui para a frente deve ser maior do que o crescimento de capex, o que ajudará a geração de caixa.

No consolidado, a Receita Líquida atingiu R$ 13,5 bilhões, crescimento de 6,9% vs o 4T22, um pouco pelo segmento não-core (recuo de -16% vs 4T22). Ainda assim, superou com folga a inflação, o que não era trivial antes da venda de ativos da Oi.

Eficiência nos custos

Além disso, a Vivo segue bastante eficiente em termos de custos, com alta de apenas 4,8% no período, ajudada por menores gastos com terceirizados e digitalização da operação. 

Com isso o ebitda do trimestre saltou 10% na comparação anual, e chegou a R$ 5,7 bilhões, com expansão de 1,1 p.p. de margem. 

Por fim, o lucro de R$ 1,6 bilhão (+42,1% vs. 4T22) superou com folga as expectativas, ajudado pela melhora do resultado operacional, mas também por menor pagamento de IR. 

Com relação à geração de caixa, apesar da queda trimestral por conta de um ajuste sazonal do capital de giro, o fluxo de caixa livre (FCL) atingiu R$ 8,1 bilhões em 2023, alta de 11% frente ao ano anterior, já reflexo da menor necessidade de investimentos.  

Fluxo de caixa livre amplia vantagem sobre lucro líquido

Aliás, é importante notar que o FCL de R$ 8,1 bilhões superou com folga o lucro líquido anual, de R$ 5,0 bilhões, e corrobora a intenção da companhia de distribuir pelo menos 100% do lucro líquido em proventos aos acionistas nos anos de 2024, 2025 e 2026.

Apenas para tentar quantificar essa notícia, em 2023 a Vivo distribuiu R$ 4,8 bilhões em proventos, e o lucro líquido esperado para 2024 ronda os R$ 5,5 bilhões.

Ou seja, se não tivermos grandes surpresas, podemos esperar um incremento de pelo menos 10% nos dividendos deste ano, com boas possibilidades de esse número ser ainda maior. 

Por apenas 5x Valor da Firma/Ebitda, com dividendos crescentes e ótimos resultados operacionais, a Vivo segue com recomendação de compra na Empiricus Research. 

Além de VIVT3, durante a temporada de resultados do 4T23, você pode receber em primeira mão as análises da Empiricus Research sobre os balanços divulgados pelas empresas. Veja aqui como acessar gratuitamente.

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.