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Alocação: o que é e por que essa estratégia é essencial para seus investimentos

A alocação distribui os investimentos entre diferentes ativos conforme o perfil do investidor. Entenda como a estratégia ajuda a equilibrar risco e retorno.

Por Equipe Empiricus

06 maio 2025, 16:00 - atualizado em 06 maio 2025, 17:14

Imagem representando a alocação, que distribui os investimentos entre diferentes ativos conforme o perfil do investidor. Entenda como a estratégia ajuda a equilibrar risco e retorno.

A alocação é uma das decisões mais importantes que um investidor pode tomar. Muito além de escolher os melhores ativos, alocar corretamente significa distribuir o capital de forma estratégica entre diferentes categorias de investimentos, de acordo com o perfil, os objetivos e o horizonte de tempo de cada pessoa.

Independentemente do momento de mercado, a alocação de ativos é considerada por muitos especialistas como o principal fator responsável pelo desempenho de uma carteira no longo prazo. Por isso, entender seu conceito e sua aplicação prática é fundamental para quem deseja construir um portfólio sólido, eficiente e alinhado aos próprios objetivos.

O que é alocação?

Alocação é o processo de dividir os recursos disponíveis em uma carteira de investimentos, distribuindo-os entre renda fixa, renda variável, fundos imobiliários, câmbio, entre outros.

O principal objetivo da alocação é equilibrar risco e retorno, o que significa buscar uma combinação de ativos que atenda ao perfil do investidor, otimize o potencial de rendimento e, ao mesmo tempo, limite perdas em cenários adversos.

A lógica é simples: nenhum ativo performa bem o tempo todo. Por isso, ao diversificar a alocação entre ativos com comportamentos diferentes, o investidor reduz a exposição a oscilações de um único mercado e melhora a consistência dos resultados ao longo do tempo.

Quais são as classes de ativos?

As classes de ativos representam categorias com características semelhantes de risco, liquidez e rentabilidade. Cada uma se comporta de maneira distinta em diferentes cenários econômicos, o que torna sua combinação estratégica para a saúde da carteira.

As principais classes de ativos são:

  • Renda fixa: inclui produtos como CDBs, Tesouro Direto, debêntures e fundos de renda fixa. São investimentos mais conservadores, com retorno previsível e menor volatilidade.
  • Renda variável: envolve ações, BDRs, ETFs e outros instrumentos negociados na bolsa. Têm maior potencial de retorno, mas também apresentam mais oscilações.
  • Fundos imobiliários (FIIs): mesclam características de renda fixa e variável, oferecendo fluxo de rendimentos mensais e exposição ao setor imobiliário.
  • Câmbio e ativos internacionais: incluem dólar, euro, ouro e ações globais. São úteis para diversificar geografias e proteger a carteira contra variações cambiais.
  • Alternativos: englobam criptoativos, commodities, fundos estruturados e outros produtos com estratégias não tradicionais, geralmente usados para aumentar a diversificação e o potencial de retorno.

É importante ressaltar que cada classe de ativo tem sua função na carteira, e não existe uma combinação única que sirva para todos. Tudo depende do perfil e dos objetivos do investidor.

Por que a alocação de ativos é tão importante?

A importância da alocação está no fato de que ela não só protege o investidor em momentos de crise, mas também melhora o desempenho da carteira no longo prazo. Diversificar a alocação reduz a dependência de um único ativo ou setor e permite aproveitar oportunidades em diferentes cenários econômicos.

Além disso, uma alocação bem feita oferece:

  • Redução de riscos: ao diluir o capital entre classes de ativos com comportamentos diferentes, o investidor diminui a volatilidade da carteira como um todo.
  • Maior previsibilidade: com uma estrutura de alocação clara, é possível projetar resultados e adaptar o portfólio conforme as mudanças no mercado ou na vida pessoal.
  • Disciplina na tomada de decisão: seguir uma estratégia de alocação evita que o investidor reaja por impulso a oscilações de curto prazo, mantendo o foco nos objetivos de longo prazo.
  • Ajustes ao perfil do investidor: conforme o investidor evolui — ou muda seus objetivos e tolerância a risco —, a alocação pode (e deve) ser ajustada, mantendo a carteira coerente com suas necessidades.

Em outras palavras, a estratégia de investimentos não se resume a escolher boas ações ou fundos. Ela começa pela alocação: a fundação sobre a qual todo o portfólio é construído.

Nesse sentido, a alocação funciona como um ponto de partida de qualquer carteira inteligente. Ao equilibrar risco e retorno, considerar diferentes ativos e respeitar o perfil do investidor, ela cria as bases para um portfólio mais eficiente e duradouro. 

Qual a diferença entre diversificação e alocação de ativos?

Diversificação é o ato de distribuir investimentos dentro de uma classe (ex: ações de diferentes setores). Alocação envolve escolher entre diferentes classes de ativos.

Alocação serve apenas para investidores conservadores?

Não. Todos os perfis, do conservador ao arrojado, se beneficiam da alocação. A diferença está na proporção dedicada a cada tipo de ativo.

Com que frequência devo revisar minha alocação?

O ideal é revisar a alocação sempre que houver mudanças no cenário econômico ou na sua vida financeira, como novas metas, aumento de renda ou aposentadoria.

Posso usar alocação mesmo com pouco dinheiro?

Sim. Com produtos acessíveis como fundos, ETFs e Tesouro Direto, é possível montar uma carteira diversificada mesmo com valores menores.

Qual é o primeiro passo para definir minha alocação?

O primeiro passo é entender seu perfil de investidor. A partir disso, é possível definir a proporção ideal entre renda fixa, variável e outros ativos.

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