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Fundos de renda fixa: saiba como funcionam e a melhor forma de investir

Os fundos de renda fixa são fundos formados por títulos como Tesouro, CDBs e demais títulos. Saiba como funcionam e como investir em fundos de renda fixa.

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Data de publicação
14 de setembro de 2022
Imagem representando Fundos de Renda Fixa, mostrando uma pessoa fazendo cálculos e análises em meio a gráficos financeiros

A alta dos juros na economia brasileira tem impulsionado a procura por investimentos seguros e previsíveis no país. Nesse sentido, produtos financeiros como os fundos de renda fixa despontam como opções interessantes para quem deseja fugir da poupança em busca de maiores rentabilidades.

Oferecidos pelas instituições financeiras e sob a gestão de um administrador central, os fundos atrelados a ativos de renda fixa englobam diversas alternativas e são acessíveis para todos os tipos de perfis e objetivos.

O que é um fundo de renda fixa?

Os fundos de renda fixa são fundos de investimento com sua carteira dedicada, em sua totalidade ou maioria, a ativos, aplicaçõe e títulos de renda fixa.

Via de regra, esses fundos são constituídos de 80% de ativos de renda fixa e mais 20% em outras frentes, que podem ser ações ou outros títulos.

As negociações dos fundos são feitas por instituições intermediárias, que delimitam um gestor responsável pela manutenção e alocação dos ativos, assim como eventuais reestruturações. A compra e venda pode ser feita por meio de cotas, o que permite um investimento acessível e personalizado para cada tipo de perfil.

Os portfólios focados em renda fixa têm baixo risco, mas podem ainda se expor em títulos com risco de crédito mais elevado e até mesmo usar derivativos, por exemplo, para proteger as posições.

Como funciona esse tipo de fundo?

Os fundos de investimento funcionam de maneira parecida, independentemente de serem focados em renda fixa ou variável. Assim, reúne um grupo de investidores que deseja aplicar – de maneira conjunta – um montante em determinado segmento. A gestão, entretanto, fica nas mãos de um único administrador.

A rentabilidade dos fundos é dividida entre os participantes, de acordo com a proporção de cotas adquiridas por cada um. Ao comprar cotas do ativo, você tem direito a uma fração do Patrimônio Líquido do fundo – ou seja, se torna um cotista.

Confira outras particularidades dessa modalidade de investimento:

Gestão dos fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são geridos por uma gestora de recursos, sob a responsabilidade de um especialista escolhido. A gestão é feita de maneira passiva ou ativa, a depender do tipo de fundo e do perfil do administrador.

Enquanto um fundo de renda simples é gerido de forma passiva, os fundos referenciados – ou seja, não atrelados a um indexador – são administrados de forma ativa. Explicaremos mais à frente como funciona cada tipo de fundo.

Benchmark dos fundos de renda fixa

O processo de análise e escolha dos ativos que fazem parte do fundo de investimento é feito com base em algum índice de referência. No caso dos fundos de renda fixa, geralmente é utilizado um indexador como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou o IMA-B (atrelado à inflação).

O benchmark é amplamente utilizado para definir os critérios de escolha e também o desempenho de ativos no mercado. Ou seja, é essencial para estabelecer a rentabilidade desses fundos no longo prazo.

Rentabilidade dos fundos de renda fixa

A rentabilidade dos fundos tipo renda fixa variam de acordo com a composição da carteira, que pode ter um aporte mais arriscado a fim de permitir maiores ganhos como também se manter segura e previsível, com liquidez menor.

Por isso, antes de investir de fato em fundos, você deve avaliar o quanto de crédito ou alavancagem é feito pela gestão do fundo, além de pesquisar o histórico para entender o nível de oscilação e rendimento nos últimos meses. A oscilação, entretanto, não costuma ser grande: a rentabilidade varia entre 90% do CDI e 110% do CDI.

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Taxas e tributação dos fundos de renda fixa

Há dois impostos que incidem sobre os fundos de renda fixa: o Imposto de Renda e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O segundo, porém, é cobrado apenas no momento do resgate – e se for acionado antes de 30 dias da data de aplicação.

Já o Imposto de Renda incide sobre a rentabilidade dos fundos desde o momento da aplicação. O período de permanência só afeta o tamanho da alíquota, que é calculada com base na tabela regressiva.

Liquidez e retiradas dos fundos de renda fixa

Outra particularidade dos fundos de renda fixa é o fato de terem alta liquidez, o que significa que você pode solicitar resgate imediato ou no máximo no dia seguinte à aplicação.

Para sacar o montante investido, basta enviar uma ordem de resgate para a instituição. Lembre-se de que cada fundo tem suas regras predeterminadas, por isso é fundamental que se avalie o regulamento e os prazos de resgate das cotas.

Tipos de fundos de renda fixa

Como dito anteriormente, os fundos de renda fixa são classificados como ativos ou passivos, o que influencia diretamente na maneira como eles são compostos e nos prazos de rendimento. Há subcategorias que definem os modelos de fundos oferecidos pelo mercado, das quais destacam-se:

Fundo de renda fixa Simples

Os fundos de renda fixa simples têm o perfil mais conservador e previsível de toda a modalidade. Ou seja, são uma excelente porta de entrada para investidores iniciantes, que buscam nos fundos a possibilidade de proteger o patrimônio.

A alocação é feita de pelo menos 95% de títulos públicos ou privados, enquanto os 5% restantes são destinados aos derivativos.

Fundo de renda fixa Curto Prazo

Da mesma categoria dos fundos simples, o de curto prazo é representado por opções conservadoras que exploram o mínimo de volatilidade, mas ainda com papéis mais ousados – como títulos públicos federais, por exemplo.

Além disso, podem se expor em cotas de fundos de índices e outras operações. O prazo máximo para vencimento é de 375 dias e prazo médio de 60 dias.

Fundo de renda fixa Longo Prazo

A principal diferença entre o fundo de longo prazo para o de curto prazo é o prazo de vencimento que, neste caso, é superior a 365 dias. Isso significa dizer que o gestor do fundo tem um tempo maior para pensar na manutenção e atualização do fundo, mas seguem uma estratégia similar à composição do anterior.

Os fundos de longo prazo podem alocar ativos em títulos pré e pós-fixados, além de títulos privados, aumentando – em pouco – o grau de risco, e permitindo maior rentabilidade.

Fundo de renda fixa Referenciado

Os fundos referenciados são pensados para acompanhar um benchmark de referência – que pode ser tanto um índice de mercado como uma taxa de juros. O fundo DI é o mais utilizado para esse fim, já que sua variação diária é atrelada aos juros praticados pelas próprias instituições financeiras.

A composição de uma carteira referenciada é formada por 95% de ativos que acompanham o indicador, com mínimo de 80% aplicados em títulos e cotas de fundos de índice da categoria.

Fundo de renda fixa Privada

Os fundos privados são os de maior risco do mercado, o que permite uma estratégia com foco em maior rentabilidade. Isso acontece porque esse tipo de fundo é composto por 50% de títulos privados, enquanto o restante é alocado em títulos do tesouro e derivativos.

Esse tipo de investimento é recomendado para quem já ultrapassou a primeira linha de risco e quer expor seu patrimônio em opções mais arrojadas, mas ainda com riscos seguros de perda. É uma categoria intermediária de renda fixa.

Fundo de renda fixa Ativo

Por fim, os fundos ativos são compostos de acordo com a duração do portfólio e o objetivo estabelecido pela administradora. Dessa forma, varia de acordo com o tempo de vencimento e pode ser classificado em quatro tipos:

  • Duração baixa: inferior a 21 dias;
  • Duração média: inferior à do IRF-M, índice da ANBIMA que acompanha o tesouro prefixado;
  • Duração alta: igual ou superior ao IMA-Geral, índice que acompanha todos os títulos do tesouro;
  • Duração livre: não há exigência de prazo de duração para os ativos.

Como investir em fundos de renda fixa?

O investimento em fundos de renda fixa deve ser feito com intermédio de uma instituição financeira. Para começar a aplicar, o investidor deve ter uma conta ativa em uma corretora ou banco e transferir os recursos necessários para negociar as cotas.

Antes de investir, porém, lembre-se de avaliar as condições de liquidez do ativo, bem como as taxas e encargos e o prazo de resgate.

Vale a pena investir em fundos de renda fixa?

Assim como boa parte dos investimentos de renda fixa, os fundos são opções seguras e conservadoras, oferecidas justamente para quem está começando a investir ou para quem prioriza guardar dinheiro ao invés de apostar na rentabilidade. Há prós e contras para investir na modalidade, confira:

Vantagens dos fundos de renda fixa

A gestão profissional dos fundos é um facilitador e tanto, especialmente quando o investidor não tem tempo para montar sua carteira de maneira individual ou mesmo o conhecimento necessário para definir os melhores ativos. O gestor designado tem a missão de analisar o mercado e estabelecer as negociações com base no melhor cenário

Além disso, investir em fundos é uma estratégia interessante para se expor a diferentes tipos de ativos, uma vez que a carteira é formada por várias frentes. Outras vantagens incluem:

  • São mais rentáveis que a poupança e tão ou mais que o CDI;
  • Há possibilidade de aplicação mínima acessível para diferentes tipos de bolso;
  • Têm alta liquidez e resgate facilitado.

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Desvantagens dos fundos de renda fixa

Quando o assunto é o lado negativo dos fundos de renda fixa, o principal fator desmotivador para quem avalia se vale a pena ou não aplicar são as taxas de administração e performance. Como são produtos geridos pelos bancos, há encargos adicionais que devem ser levados em conta na hora do cálculo de rentabilidade.

Outro ponto desfavorável a esse tipo de investimento é a falta de liberdade para se expor em ativos de sua preferência, já que quem decide pela alocação dos ativos é o gestor do fundo. Outros destaques negativos:

  • Há incidência de come-cotas e tributos (como IOF e IR) no momento de resgate do fundo;
  • Não são protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) independentemente do valor aplicado.

A decisão final cabe ao investidor, que deve levar em conta critérios como perfil de risco, objetivos e prazo para reaver o montante. Seja lá qual for a sua escolha, fato é que os fundos de renda fixa são opções seguras de ativos para fortalecer a reserva de emergência e também como alternativa à poupança.

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