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Empresas

Guidance: O que é, para que serve e por que importa para investidores e empresas

Entenda o que é guidance, por que empresas divulgam as projeções de resultados e como elas influenciam o mercado financeiro e as decisões dos investidores.

Por Equipe Empiricus

02 dez 2025, 10:00

guidance

O guidance é uma prática comum no mercado financeiro: trata-se da projeção oficial que uma empresa divulga sobre seus resultados futuros, como receitas, margens, investimentos e indicadores operacionais. 

Ele funciona como uma orientação ao mercado, ajudando analistas e investidores a entender quais são as expectativas da própria companhia para seu desempenho ao longo de um período — normalmente o ano fiscal. É amplamente utilizada por empresas de capital aberto que desejam aumentar a transparência e confiança junto aos seus acionistas.

O que é guidance?

No mercado financeiro, guidance é a projeção fornecida pela empresa sobre algum indicador relevante para o seu negócio. Essa projeção pode abranger aspectos como:

  • Receita líquida;
  • EBITDA ou margem EBITDA;
  • Lucro operacional;
  • Investimentos (capex);
  • Volumes de produção ou vendas;
  • Custos e despesas;
  • Endividamento;
  • Indicadores operacionais específicos do setor (como número de clientes, toneladas produzidas, energia vendida etc.).

O guidance não é uma promessa, mas sim uma estimativa baseada nas informações disponíveis e no planejamento estratégico da companhia. Ele reflete a visão interna da empresa sobre o ambiente econômico, seus projetos, seus custos e suas perspectivas de mercado.

Empresas podem divulgar o guidance de duas formas:

  • Qualitativo: descrevendo tendências — por exemplo, “esperamos crescimento moderado na receita”.
  • Quantitativo: indicando números objetivos — por exemplo, “capex entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão”.

A forma quantitativa é mais valorizada pelo mercado, pois oferece precisão e facilita a comparação entre o que foi projetado e o que foi entregue.

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Qual é a importância do guidance para as empresas?

Para as companhias, o guidance é uma ferramenta de comunicação estratégica que cumpre diferentes propósitos dentro da relação com o mercado e com seus acionistas.

Aumenta a transparência corporativa

Ao divulgar suas projeções, a empresa demonstra alinhamento com boas práticas de governança. Isso reforça a credibilidade, especialmente em setores cíclicos ou sensíveis a mudanças econômicas.

Alinha expectativas com analistas e investidores

Com o guidance, a companhia evita interpretações distorcidas sobre seu desempenho. Sem projeções oficiais, o mercado pode superestimar ou subestimar resultados, gerando volatilidade desnecessária.

Reduz incertezas

Ao compartilhar suas expectativas, a empresa reduz a assimetria de informações entre administração e mercado. Isso é especialmente importante para companhias que atravessam:

  • ciclos de investimento;
  • mudanças operacionais relevantes;
  • eventos corporativos;
  • ajustes estratégicos;
  • volatilidade externa.

4. Ajuda na comunicação de metas internas

O guidance também serve como um instrumento de disciplina interna: ao divulgar objetivos ao mercado, a companhia reforça seu compromisso com metas operacionais e financeiras.

5. Facilita comparações entre empresas do mesmo setor

Quando várias empresas divulgam seus guidances, analistas conseguem comparar projeções, identificar tendências e avaliar qual companhia está mais bem posicionada.

Por que o guidance importa aos investidores?

Para os investidores, o guidance é um dos principais instrumentos para entender como a empresa vê o futuro do próprio negócio. Ele influencia diretamente decisões de investimento e avaliações de desempenho.

Ajuda a projetar resultados futuros

Como boa parte dos métodos de valuation depende de projeções (fluxo de caixa, múltiplos, lucros esperados), o guidance serve como ponto de partida para analistas. Ele reduz incertezas e melhora a qualidade das estimativas.

Permite ajustar expectativas

Se uma empresa revisa seu guidance para cima, o mercado interpreta que o cenário está mais favorável. Se revisa para baixo, entende-se que há desafios pela frente. Essas revisões impactam diretamente o preço das ações, a percepção de risco, a recomendação de analistas e, principalmente, o apetite por investimento.

Indica a visão estratégica da administração

O guidance reflete como a gestão enxerga: a economia, seus projetos, níveis de produtividade, custos, demanda e eficiência interna. Esse sinal é valioso para avaliar a qualidade da administração.

Impacta o comportamento das ações

Quando a empresa entrega resultados acima do guidance, o mercado normalmente reage de forma positiva. Quando entrega resultados abaixo do que ela mesma prometeu, a reação costuma ser negativa. Por isso, o guidance influencia a volatilidade, as expectativas e o preço dos ativos.

Limitações e riscos do guidance

Embora útil, o guidance não é garantia de resultados. Entre os principais riscos, estão:

  • mudanças inesperadas no ambiente macroeconômico;
  • alta volatilidade de commodities e câmbio;
  • imprecisões em premissas de planejamento;
  • eventos geopolíticos;
  • resultados abaixo do esperado.

Por isso, investidores interpretam guidance como uma direção e não como uma previsão exata.

O guidance ajuda a alinhar expectativas, melhorar a previsibilidade e reforçar a transparência corporativa. Ainda que não seja uma promessa infalível, o guidance reduz incertezas e melhora o entendimento sobre a estratégia e o futuro da empresa — elementos essenciais para decisões de investimento mais bem informadas.

O que é guidance?

É a projeção que a empresa divulga sobre seus resultados futuros, como receita, margem ou investimentos.

Guidance é obrigatório?

Não. No Brasil, sua divulgação é voluntária.

Por que o guidance importa aos investidores?

Porque ajuda a projetar resultados, ajustar expectativas e entender a visão da administração.

A empresa pode revisar seu guidance?

Sim. Em geral, revisões ocorrem quando o cenário muda significativamente.

Resultados abaixo do guidance afetam as ações?

Normalmente sim, pois indicam que a empresa entregou menos do que ela mesma projetou.

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