Times

Livro “Desafio dos Deuses” aborda a evolução do conceito de risco e serve como um ‘guia’ para investidores que temem a incerteza

O tema “risco” é sempre bastante discutido no mundo contemporâneo e no mercado financeiro, devido à ampla gama de investimentos que temos hoje: ações, fundos imobiliários, renda fixa, opções, títulos com diferentes características, tecnologias revolucionárias como os criptoativos… Todos os dias, o leque de possibilidades aumenta. E com toda escolha, há um preço. Ou seja, […]

Compartilhar artigo
Data de publicação
27 de dezembro de 2021
Categoria

O tema “risco” é sempre bastante discutido no mundo contemporâneo e no mercado financeiro, devido à ampla gama de investimentos que temos hoje: ações, fundos imobiliários, renda fixa, opções, títulos com diferentes características, tecnologias revolucionárias como os criptoativos…

Todos os dias, o leque de possibilidades aumenta. E com toda escolha, há um preço. Ou seja, um trade off entre risco e retorno. Nesse contexto, surge uma pergunta importante: como o investidor pode aprender a lidar melhor com a incerteza dos riscos?

No livro “Desafio dos Deuses: A Fascinante História do Risco”, o autor Peter L. Bernstein discorre sobre a evolução do conceito de risco e como ela foi correlacionada à evolução e inovação intelectuais. Ele também fala sobre teorias importantes no campo do conhecimento matemático e social, que transformaram o mundo e a nossa maneira de abordar o risco.

A palavra “risco” deriva do italiano antigo “rísícare”, que significa “ousar”. Neste sentido, o risco é uma opção, e não um destino.  O livro se propõe a responder algumas perguntas: até que ponto podemos confiar nos padrões do passado para prever o futuro? O que é mais importante quando tentamos prever o futuro? A administração do risco é uma ciência humana ou matemática? Ela resolve a questão das escolhas? Conseguiremos determinar exatamente a linha divisória entre as duas abordagens?

Quando o conhecimento completo do futuro (ou mesmo do passado) é uma impossibilidade, quão representativas são as informações de que dispomos?

A obra apresenta uma ampla análise das principais mentes do mundo e da criação de conceitos relacionados a matemática e a jogos de azar para tentar descobrir o que está por trás da vontade humana de “mensurar o imensurável”. O autor nos leva em uma jornada até os primórdios da sociedade, quando nasceram os primeiros modelos de que poderiam servir de parâmetro para boas escolhas. 

É interessante notar que a evolução dos conceitos de risco não foi linear, tendo sido influenciada por acontecimentos históricos como as Guerras Mundiais. Nesse sentido, a necessidade e o perigo iminente também forçaram descobertas de inovações importantes no campo de conhecimento matemático e de tomadas de decisões.

Aprender a lidar com os riscos é aprender a lidar com a realidade

Mesclando conceitos de finanças com as decisões, o livro ensina uma lição importante: na vida real, poucos são os casos em que as informações são suficientes. O passado ou qualquer outro dado que optemos por analisar são apenas fragmentos da realidade. 

Não há garantias e os modelos de análise de riscos vencedores são modelos que aceitam essa realidade em si.

O livro é disruptivo e traz elementos da contemporaneidade ‒ incluindo conceitos do mercado financeiro e das teorias matemáticas ‒ para ilustrar como o mundo se comporta e como lida com a tempestividade de informações.

Aprender sobre o risco e como lidar com ele é um norte para lidar com a realidade como ela é, um “mapa para a vida”. Saber que não sabemos. Reunir informações de qualidade para otimizar o que podemos fazer em momentos decisivos de escolha nos dá um poder incomparável. É este tipo de conhecimento que “Desafio dos Deuses” pode te oferecer.

Há livros que ensinam, outros que contam uma história, outros que te causam uma epifania, o livro “Desafio aos Deuses”, é um dos raros livros que é uma síntese de tudo isso.