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Alibaba (BABA34): a melhor ação para lucrar com o crescimento econômico da China

Conhecido como “a Amazon chinesa”, o Alibaba é recomendado por analistas da Empiricus como o melhor BDR para capturar o trimestre recorde da China

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Data de publicação
20 de abril de 2021
Categoria
Investimentos

A economia da China registrou crescimento recorde no primeiro trimestre de 2021. Houve expansão de 18,3% em relação ao mesmo período de 2019. E a tendência é que o gigante asiático continue demonstrando forte crescimento nos próximos anos. Visto isso, os analistas da Empiricus indicam a melhor ação para lucrar com o salto dos números chineses.

A série Carteira Empiricus aponta que as ações do Alibaba (BABA34), gigante do e-commerce, são ideais para capturar esse crescimento. Além disso, Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, acredita que os papéis estão avaliados abaixo de seu valor justo atualmente. Portanto, que podem trazer até 100% de lucro aos seus acionistas após alguns eventos que acontecerão em um futuro próximo.

Você pode investir em Alibaba comprando seus BDRs na B3, com o código BABA34, ou por meio de uma corretora no exterior (NYSE: BABA). Outra opção é investir no fundo de investimento Tech Ásia, da Vitreo, que engloba as maiores empresas de tecnologia da Ásia. O que significa ter a junção de duas potências no mesmo investimento: o setor da tecnologia e o continente mais rico do mundo. 

Nasce o Alibaba, a “Amazon chinesa”

O Grupo Alibaba é um conglomerado de tecnologia multinacional que nasceu em 1999. A companhia se destaca por sua presença no mercado asiático, principalmente na China. Jack Ma, um ex-professor de inglês, foi o responsável por liderar o grupo de 18 pessoas que idealizou o negócio.

Desde o início, os fundadores da empresa compartilhavam a teoria de que a internet seria fundamental para a economia no futuro. Os empreendedores acreditavam que ela permitiria a pequenas empresas acessar novas tecnologias e, portanto, competir com mais eficácia em seus mercados de atuação. A partir desse princípio, o Alibaba lançou seu primeiro marketplace em 1999, conhecido hoje como 1688.com.

O desempenho da companhia foi, desde o início, explosivo. Ainda no começo dos anos 2000, ela atingiu a marca de um milhão de usuários e lançou diversas novas marcas, como o Taobao Marketplace e o Alipay. Esse segundo, um serviço de pagamento online, é responsável por cerca de metade de todas as transações digitais que ocorrem na China atualmente.

As linhas de negócios e marcas do Alibaba atualmente (Imagem: Alibaba/Reprodução)

A Oferta Pública Inicial (IPO) da empresa ocorre somente em 2014, na Bolsa de Valores de Nova York. No total, a operação rendeu US$ 25 bilhões, um marco histórico para o mercado financeiro global. De lá pra cá, a companhia dobrou seu valor de mercado: vale hoje cerca de US$ 600 bilhões. 
Entretanto, segundo João Piccioni — analista da Empiricus que lidera a Carteira Empiricus junto de Felipe Miranda —, o valor de mercado ainda é relativamente baixo e deve crescer. Isso porque, a empresa “apresenta um crescimento de mais de 30% ano após ano”.

Como o Alibaba faz dinheiro?

As linhas de negócio do Alibaba podem ser divididas da seguinte maneira:

  1. Comércio (87% do faturamento);
  2. Computação em nuvem (8%);
  3. Mídia digital e entretenimento (4%);
  4. Inovação e demais iniciativas (1%).

Principal segmento, o comércio é separado em outras frentes, como varejo e atacado na China, varejo e atacado nas linhas internacionais, logística e demais iniciativas. 

O marketplace chinês mantém alto ritmo de crescimento por meio da captação de clientes de regiões menos desenvolvidas dos programas de fidelidade. Essa estratégia tem sido importante para aumentar a frequência de compras dos usuários e a receita média por usuário pagante, que cresceu quatro vezes nos últimos 5 anos.

Enquanto isso, a linha de novos negócios é impulsionada pela oferta de soluções para empresas que desejem migrar do varejo físico para o online. “Essa iniciativa é importante pois acelera a digitalização de parceiros do Alibaba, que passam a oferecer uma experiência integrada e mais completa para seus usuários”, comenta Piccioni.

Já no segmento de computação em nuvem, o Alibaba se destaca ao liderar o mercado na região da Ásia-Pacífico. A companhia desenvolve tecnologias e soluções digitais que permitem a transformação de negócios em setores como e-commerce, financeiro e logística.

Outro fator importante é que esse produto apresenta crescimento acelerado e mais forte que o de seus principais competidores, como AWS (Amazon), Azure (Microsoft) e Google Cloud (Alphabet). A participação do Alibaba no mercado mundial de computação em nuvem já ronda os 10%. Se restrito à região da Ásia-Pacífico, esse número é de aproximadamente 28%.

Já na linha de negócios Mídia digital e entretenimento, pode-se destacar a Youku, marca que é “uma mistura de Youtube e Netflix”, segundo Piccioni. Nela, usuários compartilham vídeos e streaming de shows e filmes. A plataforma vem crescendo mais de 60% ao ano. 

Para melhorar, a empresa possui uma área de inovação focada em novas soluções disruptivas, que é de onde se pode esperar mais novidades. 
O grupo é também dono da segunda maior empresa de delivery de alimentação e serviços locais na China, chamada de Ele.me. Além disso, lidera as vendas online de supermercado por meio da Freshippo, Tmall Supermarket e RT-Mart.

Quase falta fôlego para enumerar as marcas do abrangente grupo Alibaba…

Porém, dentre muitas outras iniciativas da companhia, há ainda uma que não pode deixar de ser mencionada: o Ant Group. O braço de pagamentos do Alibaba, que nasceu dentro do grupo como uma versão chinesa do PayPal, iria realizar seu IPO em novembro de 2020. A operação animava o mercado, que avaliava o negócio em US$ 280 milhões.

A Oferta Pública Inicial do Ant Group, no entanto, acabou adiada. A tese é de que essa foi uma consequência das críticas feitas por Jack Ma sobre a regulação de mercado na China. Mas, fique tranquilo, essa reviravolta é mais um dos fatores que levam os analistas da Empiricus a apostar em Alibaba.

A gente chega lá…

Resultados recentes do Alibaba

Os mais recentes resultados divulgados pela companhia dizem respeito ao terceiro trimestre fiscal (de outubro a dezembro). Os números trouxeram o que o mercado esperava: crescimento. As receitas aumentaram 37% na comparação anual e bateram US$ 33,8 bilhões.  O segmento de varejo eletrônico, que avançou 38%, e o de computação em nuvem, que cresceu 50%, foram os principais responsáveis pela expansão.

 
Receitas por segmento do Alibaba no terceiro trimestre fiscal (Imagem: Alibaba/Reprodução)

O segmento de comércio — o mais relevante do grupo — alcançou a marca de 779 milhões de usuários. O bom resultado ocorreu em função do aumento da frequência de utilização de sua plataforma, reflexo do aumento de penetração em áreas menos desenvolvidas e nas quais costumava ter atuação mais limitada.

A linha de mídias digitais e entretenimento cresceu 1%, o que pode ser atribuído ao fortalecimento dos games online. Por fim, o segmento  de inovação e outras iniciativas, o menor da empresa, cresceu 9%.

“Negociando a múltiplos descontados em relação aos seus pares internacionais, acreditamos que o Alibaba será capaz de apresentar um crescimento robusto pelos próximos trimestres, em função de seu bom posicionamento nos mercados de atuação, como varejo e computação em nuvem”, afirma Picciani ao comentar os resultados trimestrais da empresa.

Vá além da China: o fundo Tech Ásia contém as melhores ações para quem quer se expor ao continente asiático

Por que investir em Alibaba?

Finalmente é chegado o momento prometido: de contar o porquê de Alibaba ser a melhor opção para aproveitar o crescimento econômico da China. Para isso, no entanto, precisaremos retomar o adiamento do IPO do Ant Group, mencionado anteriormente.

Após o episódio, as ações do Alibaba caíram mais de 30% do valor máximo negociado. Isso devido ao aumento no receio do mercado em relação à regulação imposta pelo governo chinês. Mas, já ouviu aquela frase: “na adversidade aparecem as oportunidades”? 

Essa muitas vezes é a tônica do investimento em ações.

“Com a queda [no valor das ações], a assimetria de retorno potencial ficou ainda mais atrativa do que antes e, se os múltiplos da empresa convergirem para o de seus pares, podemos ver uma valorização de mais de 100%”, afirma Felipe Miranda.

As projeções do mercado enxergam em Alibaba um múltiplo P/E para 2022 de 18 vezes, uma verdadeira barganha, segundo Felipe Miranda. Principalmente se comparado a seus pares americanos. Enquanto a Amazon apresenta P/E para 2022 de 53 vezes, a brasileira Magazine Luiza indica P/E de 164 vezes.

O P/E é calculado dividindo o preço da ação pelo lucro por ela apresentado. 

Alibaba é negociado atualmente a um P/E de 40 vezes, menos da metade do P/E da Amazon (92 vezes). As duas frequentemente são comparadas em termos de modelo de negócio, visto  que são as mais relevantes das maiores potências do mundo (China e EUA) e que ambas focam no e-commerce.

Felipe Miranda acredita que alguns eventos que estão no horizonte próximo da empresa podem ajudar a destravar o valor das ações, por exemplo a retomada do IPO do Ant Group.

Além disso, ele diz entender que o desconto atual se deve ao “receios de investir em uma empresa de um país distinto do que estamos habituados no ocidente, com potencial para regular seus negócios”. Mesmo assim, ele reitera acreditar que “pagar pouco por esse crescimento potencial vale o risco, ainda mais quando entendemos que a empresa é uma via importante de crescimento para a China”.

“É inegável o crescimento da potência asiática e seus planos de expansão. Por isso, faz todo o sentido o investidor ter exposição aos melhores nomes do país”, conclui Felipe Miranda ao indicar o caminho para que sua carteira capture o crescimento da China.

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