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Aperto monetário nas economias desenvolvidas é a tônica do ano

A expectativa é que o Banco Central Europeu inicie o ciclo de alta de taxas em julho; nos Estados Unidos, o mercado segue apreensivo quanto ao ritmo dos ajustes do Fed

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Data de publicação
18 de maio de 2022
Categoria
Investimentos
letras formando a palavra Fed sobre notas de dólares
Banco Central Europeu deve iniciar o ciclo de alta nos juros e inflação em julho; nos Estados Unidos, mercado segue apreensivo quanto ao ritmo do aperto monetário do Fed. Fonte: Shutterstock

Inflação e juros altos, essa é a realidade, em especial das economias desenvolvidas. A realidade econômica soma fatores de reabertura das atividades, em que se observa uma demanda aquecida com questões geopolíticas que têm impactado no aumento dos preços das commodities. 

Em uma semana de dados econômicos para os Estados Unidos e a Zona do Euro, o primeiro reflete que a demanda segue aquecida, mesmo com a inflação na casa dos 8%. Ontem, o resultado das vendas no varejo americano mostrou crescimento de 0,9% em abril frente ao mês anterior, o que, a priori, pode descartar a recessão, já aventada nas últimas semanas para a economia americana, mas mantém as expectativas de que a inflação seguirá pressionada nos próximos meses. 

Já para a Zona do Euro, que ainda não iniciou o ciclo de política monetária contracionista, o resultado da inflação ao consumidor, além de persistente, mostra preocupação. O núcleo acumulado em 12 meses passou de 3% em março para 3,5% em abril, explicado por fatores positivos relacionados ao turismo, reforçando, deste modo, as expectativas para o Banco Central Europeu iniciar o ciclo de alta de taxas em julho. 

Em resumo, para este ano espera-se a continuidade do aperto monetário nas grandes economias. Por um lado, a expectativa de menor crescimento econômico, por outro, o controle da inflação, entre o curto e o médio prazo, minimiza as chances de uma possível recessão econômica ao longo desta década.