Imagem: Divulgação
Após o fechamento do mercado desta quinta-feira (6), o banco BR Partners (BRBI11) divulgou seus resultados do 3T25, que ficaram abaixo das expectativas.
O lucro líquido da companhia apresentou contração trimestral e anual de -6,6% e -15,8%, respectivamente. O movimento reduziu o ROE do período anualizado em 2,6 p.p. Ainda assim, o acionista contará com um alto dividendo de R$ 1,02 por unit, caso mantenha a posição até dia 17 de novembro de 2025.
Impactada pelas linhas de Investment Banking & Capital Markets e remuneração do capital, a receita total foi de R$ 133 milhões, que ficou 9% abaixo do esperado pelo mercado (R$ 146 milhões). A redução foi de -4,3% trimestralmente e -15,5% anualmente.
Desempenho do BR Partners por linha
A frente de fusões e aquisições vem demonstrando retração nos últimos trimestres, em função do patamar elevado de juros no país. Portanto, o desempenho contido desta linha era esperado pelo mercado. Em contrapartida, a identificação de boas oportunidades de emissão de dívidas fortaleceu a atividade de mercado de capitais. Contudo, a linha de Investment Banking & Capital Markets somou R$ 67,2 milhões para a receita total (-9,1% t/t e -33,7% a/a).
Já o segmento de Treasury Sales & Structuring apresentou destaque de crescimento no trimestre. Com uma receita de R$ 28,7 milhões, a linha variou positivamente 20,3% t/t e 34,9% a/a. O desempenho positivo da linha foi sustentado pela aquecida atividade no mercado primário de emissões de renda fixa, juntamente com a captação de novos clientes e desenvolvimento contínuo de commodities.
A área de Gestão de Patrimônio, ainda em expansão, vem apresentando um consistente crescimento de recursos sob gestão. No 3T25, o volume aumentou cerca de R$ 480 milhões frente ao trimestre anterior (+9%) e R$ 1.191 milhões na comparação anual (+25%). Acumulando uma receita de R$ 4 milhões, a linha cresceu 5,3% trimestralmente e 29,9% anualmente.
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BRBI11: Vale a pena comprar ações?
Além das receitas operacionais, o banco registrou R$ 33 milhões em remuneração do capital, 11,5% inferior ao 2T25 e 4,3% superior ao 3T24.
Apesar da redução substancial das despesas de pessoal, os valores acompanharam a queda da performance de Investment Banking. Além disso, o resultado positivo de Treasury Sales & Structuring elevou o pagamento de imposto, já que a frente é submetida a alíquota maior.
Como resultado, o Lucro Líquido do BR Partners foi de R$ 42,2 milhões, demonstrando redução sequencial na margem líquida em 0,78 p.p. e redução anual de 0,11 p.p.
Espera-se um cenário mais construtivo para Investment Banking & Capital Markets em 2026, em função da expectativa de queda da taxa Selic. O afrouxamento monetário tende a diminuir o custo de capital e tornar mais atrativas as operações de M&A.
No todo, entendemos que o resultado tímido está relacionado ao momento de maior contração de mercado. Também destacamos o forte desempenho de Treasury Sales & Structuring e a distribuição de dividendos, que geram um atrativo Dividend Yield anual de 13,9% e um payout acumulado desde o IPO de 86,3%.
Seguimos com boas perspectivas para a empresa. Negociando a um P/L projetado para 2026 de 9,15x, mantemos nossa recomendação de compra para a ação.
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