Na segunda-feira (23), conversamos com o time de Relações com Investidores da BR Partners (BRBI11), a fim de entender o momento da companhia e atualizar nossas perspectivas.
Após uma virada de semestre construtiva para a bolsa brasileira, impulsionada pelo fechamento da curva de juros local e início do afrouxamento monetário, tínhamos expectativas bastante positivas para a companhia no segundo semestre. Com forte expertise no assessoramento de fusões e aquisições (M&A), a formação de um ambiente de negócio mais promissor para as empresas ampliaria a demanda pelos seus serviços.
Contudo, o aumento no grau de incerteza acerca da situação fiscal brasileira e, principalmente, a arrancada dos juros americanos, trouxeram de volta a aversão ao risco dos investidores, postergando a maioria das decisões de negócio. Assim, essa janela favorável para a companhia, ao que tudo indica, não se abrirá este ano.
Segundo semestre ainda deve ser melhor que o primeiro
Apesar de ainda estar aquém de 2022, o segundo semestre deverá ser pelo menos melhor que o primeiro. Acreditamos que o principal destaque continuará sendo os serviços de assessoria em reestruturações corporativas, na vertical de Investment Banking — apesar de ser uma receita pequena em comparação a gerada com os M&As.
Após concluir algumas operações relevantes (CVC, Marisa, Santos Brasil) esse ano, a BR Partners tem conquistado espaço e reconhecimento técnico nesse serviço. Além disso, a demanda por esse tipo de serviço também está aquecida, uma vez que inúmeras empresas estão em uma situação financeira delicada, devido às taxas de juros elevadas.
Nas verticais de Mercado de Capitais e Treasury Sales & Structuring, apesar de não haver grandes destaques em função da desaceleração do mercado de dívida local, acreditamos que continuarão crescendo na comparação trimestral, devido ao pipeline saudável de emissões, ampliação das receitas recorrentes e, principalmente, recuperação do “apagão” no mercado de crédito no primeiro trimestre e durante parte do segundo trimestre.
Olhando à frente, uma retomada mais vigorosa dos negócios corporativos é fundamental para que as ações da companhia alcancem um novo patamar. De forma pragmática, o cenário fundamental do Brasil não mudou. A inflação está convergindo para níveis cada vez menores e o afrouxamento monetário está em curso — pré-condições fundamentais para destravar o mercado de capitais. Assim, nesse momento, essa retomada está mais condicionada à diminuição da percepção de risco global.
Acreditamos que a BR Partners (BRBI11) tem as ferramentas necessárias para capturar esse movimento, além de ser negociada a múltiplos atrativos (1,4 vezes preço sobre valor patrimonial). Portanto, a companhia segue como uma recomendação da Empiricus Research.
Além desse papel, também reunimos, neste relatório gratuito, outras 10 ações que valem a pena ter na carteira agora.