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Investimentos

BR Partners (BRBI11) registra mais um “earnings beat” de alta qualidade no 2T24; confira o resultado

O BR Partners surpreendeu positivamente, com uma expansão trimestral do ROE em quase um ponto percentual.

Por Larissa Quaresma, CFA

09 ago 2024, 14:50

Atualizado em 09 ago 2024, 14:50

BR Partners (BRBI11)

Imagem: Divulgação/BR Partners

Ontem (8), após o fechamento do mercado, o BR Partners (BRBI11) divulgou seu balanço do 2T24, que superou nossas expectativas novamente. A aceleração das receitas de clientes impulsionou o crescimento anual de 34% no lucro líquido, que foi de R$ 52 milhões e ficou 20% acima da projeção média do mercado. O ROE de 24,9% também nos surpreendeu positivamente, com uma expansão trimestral de quase um ponto.

Receita de BR Partners expandiu 38% em 12 meses

A receita total cresceu 3% sequencialmente e 38% anualmente, para R$ 142 milhões. A aceleração das linhas de negócio “de clientes” foi responsável pelo desempenho, o que configura um crescimento de alta qualidade na nossa opinião.

Investment Banking + Capital Markets (+15% t/t e +60% a/a) se beneficiou do melhor ambiente corporativo brasileiro; e Treasury Sales & Structuring (+8% t/t e +13% a/a) capturou oportunidades para estruturar swaps nas emissões de dívida do período, retomando seu crescimento.

Chamamos atenção para a frente de Gestão de Ativos (+65% t/t e +163% a/a), impulsionada pelo recém-criado Wealth Management, que já começa a mostrar receitas – algo que recebemos com satisfação, mesmo que a área ainda seja pequena frente às demais.

Índice de eficiência caiu, mas o mix de receita trouxe uma menor alíquota de imposto corporativo

A maior representatividade das receitas de clientes acabou piorando o índice de eficiência levemente, pelo maior incentivo comercial pago a parceiros para participação em transações.

Por outro lado, esse mix de receita também comandou uma menor alíquota de imposto corporativo, compensando o primeiro efeito. Vale mencionar que o índice de remuneração, que relaciona as despesas de pessoal com receitas, apresentou uma pequena melhora trimestral, o que já pode sugerir alguma diluição dos investimentos em pessoas do Wealth Management.

Lucro líquido de BR Partners cresceu 34% em um ano

Com isso, o lucro líquido cresceu 5% sequencialmente, ou 34% anualmente, para R$ 52 milhões, com ROE de 24,9%, melhora sequencial de 0,9 ponto percentual. A companhia declarou dividendos intermediários de R$0,30/unit, o que perfaz um yield de 2,0% sobre o preço de fechamento de ontem.

O que achamos do resultado de BR Partners?

O BR Partners apresentou mais um resultado robusto. A companhia tem uma operação ao mesmo tempo resiliente e capaz de capturar o melhor humor do mercado brasileiro na forma de mais crescimento, o que justifica a manutenção da nossa visão positiva para o curto e médio prazos da operação.

Ainda, BRBI11 negocia a um dividend yield de cerca de 8,0% para os próximos 12 meses e a um múltiplo preço/lucro de 8,7x na mesma visão, o que parece um preço extremamente atrativo a se pagar por uma operação tão rentável e crescente.

Mantemos a recomendação de compra para BR Partners, presente em diversas carteiras recomendadas da Empiricus Research e, neste relatório gratuito, você pode acessar outras 10 boas ações para investir agora.

Analista de ações há 10 anos, é responsável pela série As Melhores Ações da Bolsa e pela carteira mensal Empiricus 10 Ideias, além de integrar a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Ao longo da carreira, teve passagens pela Núcleo Capital, tradicional fundo de ações brasileiro, e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, aluna visitante da Stanford University e com certificações CFA, CNPI e CGA.