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BR Partners (BRBI11) sobe mais de 30% no ano e três gatilhos podem impulsioná-la ainda mais; veja quais são

Para Larissa Quaresma, analista de ações, o banco de investimentos ainda pode se beneficiar muito da melhora de três fatores macroeconômicos. A ação já era uma recomendação da Empiricus Research.

Por Nicole Vasselai

05 jul 2023, 15:55 - atualizado em 05 jul 2023, 15:56

BR Partners BRBI11
Imagem: Divulgação/ BR Partners

As ações do banco de investimentos BR Partners (BRBI11) valorizam mais de 30% no ano, até a metade de 2023. O ativo retoma o mesmo nível de preço de novembro de 2022, negociando em torno de R$ 15.

Trata-se de uma small cap, ou seja, de uma companhia com valor de mercado menor de R$ 5 bilhões.

A ação já havia sido fortemente recomendada há algumas semanas por Felipe Miranda, estrategista-chefe Empiricus Research, sob a tese do financial deepening, ou seja, do aumento do fluxo de investidores para cases do setor financeiro.

Por que BRBI11 está subindo?

Como explica Larissa Quaresma, analista de ações da casa, com a melhora do humor do mercado, a tendência é BR Partners não só acompanhar o movimento de alta da Bolsa, mas disparar na frente de vários ativos. Isso porque a companhia vive basicamente de transações de levantamento de capital por parte das empresas, via IPO (abertura de capital em Bolsa), emissões de renda fixa ou fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês).

“Como a companhia assessora esse tipo de transação, quanto mais transações houver, maior a receita dela. Então, uma melhora no apetite ao risco significa que ela vai conseguir fazer mais negócios“, afirma a analista.

Segundo ela, esse cenário corrobora para ações de “alto beta“, como é o caso de BRBI11. “Essas são ações que, quando o mercado vai bem, tendem a ir muito melhor por causa desse efeito duplo de surfar a melhora operacional e técnica”.

Gatilhos que podem impulsionar ainda mais BR Partners

Na visão da analista, a alta não para por aqui e na verdade pode estar apenas começando, dadas as perspectivas mais prósperas para o cenário macroeconômico.

A queda da taxa Selic teria um efeito duplamente positivo também

Para a próxima reunião do Copom, em agosto, está previsto um corte de 25 p.b. na taxa básica de juros, a Selic, que reduziria de 13,75% para 13,50%. Com isso, haveria mais um efeito duplamente positivo para BR Partners:

  1. Apesar de as taxas da renda fixa estarem altas há algum tempo, e o fato do caso Americanas ter exacerbado essas taxas maiores, Larissa acredita em uma possível melhora do apetite por parte de quem investe nas emissões de renda fixa;
  2. Ao mesmo tempo, para uma companhia que está emitindo a dívida, uma Selic muito alta também desestimula uma empresa a vir a mercado captar recursos, dado que a maioria das empresas capta atrelado a CDI. Portanto, uma Selic menor também se torna atrativa para o banco de investimentos.

Avanço das reformas institucionais

A aprovação das pautas econômicas que circulam no congresso em 2023 é outro pilar fundamental para sustentar mais valorizações de BRBI11, segundo a analista.

“A sanção do arcabouço fiscal, por exemplo, e o encaminhamento da Reforma Tributária reduz o nível de incerteza no ambiente econômico e isso atrai investimentos em capital produtivo para o país e consequentemente mais demanda para as empresas assessoradas pela BR Partners”.

BR Partners é muito rentável e a ação está extremamente barata

Larissa também comenta o quanto a companhia consegue se sustentar e entregar rentabilidade mesmo em períodos turbulentos.

“Mesmo em 2022, quando o mercado estava bem difícil, ela entregou um retorno sobre patrimônio líquido de 17%, o que é muito bom para uma small cap. E mesmo após essa alta do primeiro semestre, a ação negocia a 1,9x o valor patrimonial e 10x o lucro projetado para 2024. Isso torna o terreno ainda mais sadio para essa ação continuar subindo”.

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É hora de apostar mais nas small caps?

O índice Small, que representa as ações de menor valor de mercado na Bolsa, valorizou 15% no primeiro semestre e tende a se dar ainda melhor com as boas perspectivas para o juro.

Para Larissa, está mais do que na hora do investidor ter small caps na carteira, mas sempre lembrando que são ações mais voláteis por conta de sua liquidez mais limitada.

Em comparação aos bancões, a analista gosta de ambos os tipos de papéis e recomenda ter um pouco de cada na carteira.

Dentre os bancos, o Itaú continua sendo nosso preferido. O ideal é pensar sempre no peso das ações e diversificar a carteira em vez de ter só uma ou só outra ação. Nas últimas semanas, temos diminuído o percentual de Itaú na carteira e aumentado em BR Partners, para justamente pegarmos esse aumento de apetite ao risco”.

Para conferir a tese de investimento completa em BRBI11, assista à participação da especialista no Giro do Mercado de hoje:

Sobre o autor

Nicole Vasselai

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.

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