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Dois CDBs e uma LCA a partir de R$ 1 mil para aproveitar a possível aceleração no ritmo de queda da Selic

Continuamos enxergando mais afrouxamento monetário até a última reunião do Copom do ano.

Por Lais Costa

12 de setembro de 2023, 14:00

Imagem de notas de cem reais e dez reais dispostas em uma mesa ao lado de pilhas de moedas de um real, juntamente com uma calculadora e caneta - CDB Renda Fixa
Imagem: Freepik

Diferentemente dos últimos dias, a segunda semana de setembro apresenta um calendário econômico cheio de indicadores relevantes, em meio ao período de silêncio de autoridades monetárias.

Entre os destaques internacionais, o dado de inflação (CPI) do mês de agosto nos EUA será divulgado amanhã (13). O mercado espera uma alta de 0,5% m/m e de 0,2% m/m para o núcleo (medida que exclui itens voláteis como alimentos e energia).

Contudo, esse indicador só deve realmente mexer com os preços dos ativos caso a sua composição apresente uma dinâmica muito ruim. Atualmente o mercado espera que o Fed mantenha os juros em 5,25%-5,5% ao ano na reunião da próxima semana. Apesar do consenso em relação à decisão, será interessante observar potenciais mudanças nas projeções de juros, inflação e taxa de desemprego, que serão divulgadas no novo mapa de pontos (dot-plots) do Fed.

Na Europa, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) está marcada para essa quinta-feira (14).

Dada a dinâmica de inflação mais persistente por lá, o mercado precifica cerca de 40% de chance de uma alta de 25 pontos-base (pbs) no dia 14. A maioria dos economistas também espera que o BCE não altere a taxa de juros, apensar de não haver consenso. Caso a autoridade monetária opte por manter os juros, a moeda do bloco deve continuar depreciando frente ao dólar americano.

Aqui no Brasil, o destaque da semana foi o IPCA de agosto, divulgado nesta manhã. O indicador mostrou alta de 0,23% m/m, abaixo da mediana das estimativas de 0,28% m/m. Entre os destaques, o grupo de serviços surpreendeu com inflação aquém do esperado. A média móvel de três meses dessazonalizada (medida que o Banco Central acompanha) voltou para próximo das mínimas do ano.

Os preços de itens de higiene pessoal também reverteram parte do aumento registrado na primeira quinzena do mês devido ao feriado do Dia dos Pais. Outro destaque positivo foi o preço de alimentos.

Em bens duráveis, a inflação acumulada de carros novos desde o fim de julho já ultrapassa o desconto do programa do governo federal. Nessa toada, o preço de roupas e calçados também vieram pressionados, evidenciando os efeitos da taxação de e-commerce estrangeiros.

No geral, o dado trouxe uma composição positiva e corrobora o cenário de continuação de queda da Selic. Olhando para frente, os dados de inflação no atacado continuam indicando uma dinâmica positiva especialmente para os preços agrícolas e industriais. Por outro lado, o cenário externo pode atrapalhar caso haja mais altas de juros do que esperado nas economias desenvolvidas ou os preços de commodities energéticas entrem em uma espiral de alta.

Ainda vemos uma possível aceleração no ritmo de queda da Selic na última reunião de política monetária deste ano, o que implicaria em uma Selic de 11,5% ao ano em dezembro. Por isso, continuamos gostando dos títulos prefixados de curto prazo.

Veja o cardápio de títulos de renda fixa recomendados nesta semana

Características da LCA prefixada do Banco BTG – Juros mensais
Classificação de risco da instituiçãoStandard and Poor’s: AAA
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarEmpiricus Investimentos
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaAté o final do estoque
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)12/09/2024 (366 dias corridos)
Rentabilidade bruta anual9,36%
TributaçãoIsento
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação15h

A taxa de 9,36% ao ano da LCA do Banco BTG equivale a taxa bruta de 11,35% ao ano, o que representa um spread de 0,51% acima do precificado pelo mercado na curva de juros hoje (12).

Características do CDB prefixado do Banco ABC do Brasil
Classificação de risco da instituiçãoStandard and Poor’s: AAA
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBanco ABC do Brasil
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaAté o final do estoque
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)09/09/2024 (363 dias corridos)
Rentabilidade bruta anual11,26%
Tributação17,5%
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação15h

Segue ainda a campanha do banco Daycoval com o CDB prefixado de 1 ano, com rendimento bruto de 13% ao ano.

Características do CDB prefixado do Banco Daycoval
Classificação de risco da instituiçãoStandard and Poor’s: brAA+
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarDaycoval
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaR$ 250 mil
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)17/09/2024 (371 dias corridos)
Rentabilidade bruta anual13% ao ano
Tributação17,5%
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação15h

Por fim, é importante lembrar que, para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo e que precisa estar disponível imediatamente, recomendamos o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero.

Sobre o autor

Lais Costa

Engenheira elétrica com certificação CNPI. Analista de renda fixa na Empiricus Research.