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EMPIRICUS RESPONDE: Qual é o potencial de ITUB4, WEGE3 e LREN3?

As ações do Itaú e da Weg têm espaço para andar? E o que está acontecendo com as varejistas no momento? É o que comentam os analistas da série As Melhores Ações da Bolsa. Confira!

Por Marina Gazzoni

6 de maio de 2021, 13:04

Ter uma carteira diversificada e rentável, que consiga desempenho positivo, é o sonho de qualquer investidor. E para alcançar tal objetivo, é necessário ter sempre as melhores ações com os pesos ideais. 

Mas como conseguir fazer isso com sucesso? Com o auxílio de profissionais – é claro!

Em mais um plantão de dúvidas da série As Melhores Ações da Bolsa, os analistas Max Bohm e Danilo Silva responderam às principais inquietações dos assinantes em relação ao mercado.

Desta vez, os investidores perguntaram se as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) e da Weg (WEGE3) valem a pena. E, ainda, quiseram saber sobre as oportunidades no setor de varejo. 

ITUB4: está caro?  

Para Max Bohm, ITUB4 – com peso de 12% na carteira da MAB, ainda tem muito espaço para valorização (um upside de 23%, segundo suas análises e cálculos).  

O resultado do primeiro trimestre de 2021, anunciado recentemente, demonstra o seu potencial.

O que chama a atenção, de acordo com ele, é que a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) – indicador que mede a capacidade da empresa de gerar valor para o negócio e para os investidores – deu um passo largo e chegou a 18,5% nos primeiros três meses deste ano. Portanto, ficou bastante acima dos 12,8% do primeiro trimestre de 2020, no auge da pandemia. 

“Eu acho que o Itaú teve um 2020 muito complicado, precisou aumentar muito a despesa com provisão para devedores e houve muitas mudanças na diretoria. Mas, a gente continua muito confiante de que o banco poderá voltar aos patamares antigos de rentabilidade, acima de 20%. Então, acredito que uma participação de 12% na MAB é boa”, explicou na live. 

Ele ressaltou ainda que ITUB4, junto BTG Pactual (BPAC11), são as principais apostas no setor bancário. “A gente está confortável em ter esses ‘dois cavalos’ na nossa carteira”, disse Bohm. 

E, por que ter WEGE3 na carteira? 

A Weg (WEGE3), especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos e tecnologias de energia fotovoltaica, é um case ‘querido’ na MAB, conforme os analistas. 

Questionado se o múltiplo P/L (indicador do preço sobre lucro) da empresa estaria muito esticado, Max foi taxativo: “A Weg tem um P/L alto e vai continuar tendo sempre, pois é uma empresa diferenciada, premium. Ela continua crescendo, apesar da sua maturidade. Então, eu acho que vai negociar sempre com P/L alto elevado. Mas eu acho que a Weg é uma ótima oportunidade de compra, é um papel para você pensar para um horizonte de cinco anos, no longo prazo, não para daqui um mês ou dois meses.” 

A companhia representa o futuro, na visão do Max. “A Weg é motor elétrico, painel solar e o mundo tende a ser cada vez mais sustentável…É o maior destaque da Bolsa nos últimos 20 anos –  empresa que mais cresce e suas ações vão continuar subindo”.

Para ele, o resultado da companhia no primeiro trimestre revela sua eficiência e potencial de escalabilidade. O Ebitda (lucro antes dos juros, depreciação e amortização) teve um crescimento de 64,2% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. “Seu caixa líquido está aumentando, o que demonstra possíveis sinais de valorização futura de suas ações”, afirmou o analista. 

Se você quer saber mais sobre o desempenho da WEGE3 no 1T21, dê uma olhada nesse vídeo do Max:

 

Os movimentos do varejo

E com a reabertura do comércio, após o lockdown e medidas restritivas em diversos estados do país devido ao agravamento da pandemia de covid-19, Max e Danilo estão agora otimistas com a retomada das grandes varejistas

Para eles, a mais promissora é a Lojas Renner. Recentemente, a empresa fez uma captação de quase R$ 4 bilhões – e pode fazer alguma aquisição, provavelmente, de um e-commerce de moda. 

Outra empresa que promete trazer excelentes resultados, após resolver seus conflitos internos, é a Lojas Americanas. A integração com o grupo B2W acabou por trazer certa desconfiança aos acionistas – a partir do anúncio da mudança de ticker de LAME4 para AMER3 e a falta de simplificação acionária. No entanto, como Max explica: “A fusão será muito positiva em termos operacionais para o novo grupo, que poderá colher várias sinergias, da B2W com a Lojas Americanas.”

Portanto, Max e Danilo recomendam manter LAME4 na carteira e aguardar as próximas movimentações do mercado, apesar da queda acentuada recente do valor da ação. Com uma reestruturação da governança da empresa, é esperado que as melhorias trazidas pelo grupo B2W sejam sentidas.

A MGLU3 também foi comentada. A gigante do mercado de Luiza Trajano é sempre alvo de holofotes após a ascensão meteórica de seu valor na Bolsa, e sempre há dúvidas sobre a sua situação nos próximos anos. Para os analistas da Empiricus, a empresa vai continuar crescendo, mas sem o ímpeto visto nos últimos anos, visto que a concorrência é agora muito maior e será cada vez mais voraz.

A Magazine Luiza já agarrou uma fatia grande do mercado, por isso, agora é desafiadora a sua expansão –  ainda que não seja impossível. Bohm comenta que MGLU3 está “formando um ecossistema diferenciado, adquirindo várias empresas e tem tudo para continuar avançando”. Não no ritmo que foi visto nos últimos anos, porém, não vai ficar lateralizada”.

Estes foram alguns dos principais tópicos abordados por Max Bohm e Danilo Silva no Plantão de Dúvidas da série As Melhores Ações da Bolsa, uma carteira que já acumula valorização de quase 210% desde sua criação. 

 

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Sobre o autor

Marina Gazzoni

CEO do Seu Dinheiro. É CFP® (Certified Financial Planner). Tem graduação em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e MBA em Informação Econômico-Financeira e Mercado de Capitais no Instituto Educacional BM&FBovespa. Foi Diretora de Conteúdo e editora-chefe do Seu Dinheiro, editora de Economia do G1 e repórter de O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e do portal IG.