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Após o recuo nas movimentações envolvendo o IOF, o Ministério da Fazenda voltou a mirar, nas últimas horas, as aplicações atualmente isentas de imposto. Além da possível taxação de LCAs, LCIs e apostas esportivas (bets), o jornal Valor Econômico reportou que o governo pretende aplicar uma alíquota de 5% sobre outros investimentos isentos, como debêntures incentivadas, CRIs, CRAs, fundos imobiliários (FIIs) e Fiagros.
De modo geral, o texto ainda carece de formalização por meio de uma Medida Provisória (MP) e, posteriormente, de avaliação pelo Congresso Nacional. Ao que tudo indica, até mesmo os parlamentares foram pegos de surpresa com as informações.
No pregão desta segunda-feira (9), o IFIX abriu em queda, acompanhando a desvalorização de outros índices do mercado. Após o vazamento da notícia, no início da tarde, o índice acentuou sua queda, atingindo cerca de -1%.
Caso a proposta seja oficializada, é importante destacar que a discussão no Congresso tende a ser complexa e sensível. A isenção fiscal sobre esses instrumentos foi criada justamente para estimular setores estratégicos da economia, como o imobiliário e o agronegócio, ambos com papel relevante na formação do PIB e na geração de empregos.
Conforme temos recomendado em ocasiões anteriores envolvendo a tributação dos FIIs, nossa orientação é manter a calma e aguardar o detalhamento da medida. Nos últimos anos, os setores do agronegócio e imobiliário se consolidaram como grandes participantes do mercado de capitais, especialmente em períodos de juros elevados.
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CPTS11, HGRU11 e TRXF11: Confira as principais notícias da semana
CPTS11: o fundo anunciou o encerramento de sua 13ª emissão de cotas, com a captação de R$ 94 milhões.
HGRU11: o fundo anunciou a alienação do edifício localizado na Rua Quatá, Município de São Paulo(SP). O fundo receberá o valor de R$ 170 milhões, equivalente a R$ 25 mil/m², de forma parcelada (com correção pela inflação). O valor é 69% superior ao investido e 34,8% superior ao valor de laudo do imóvel em 2024. O lucro caixa dessa operação é de R$69 milhões, equivalente a R$2,99 por cota.
KNHY11: o fundo convocou uma AGE para que seus cotistas possam deliberar sobre a realização de sua 7ª emissão de cotas. No âmbito da AGE, os cotistas terão até o dia 27 de junho para se manifestar
TRXF11: o fundo firmou compromisso para adquirir 13 imóveis localizados em São Paulo, Diadema, Atibaia e Cotia, pelo valor total de R$ 543,5 milhões. Desses, 8 estão alugados para o Pão de Açúcar/Extra, 3 para o Assaí Atacadista, 1 para a Delboni e 1 para a Coop. Os contratos são típicos, com prazo médio de 15 anos, e os imóveis já estão em operação. O cap rate estimado para os próximos 12 meses é de 8,0%.
O pagamento será feito prioritariamente via compensação com créditos referentes à subscrição de cotas da 11ª emissão pela Vendedora, ou, alternativamente, com recursos captados nessa mesma oferta.