Em meio à pressão inflacionária por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, aplicações em renda fixa despontam como boas opções para os investidores protegerem as carteiras e ainda terem ganhos reais.
Isso se deve à elevação das estimativas dos juros futuros, ocasionado, sobretudo, pelo agravamento do cenário fiscal brasileiro. Com isso, os títulos do Tesouro Direto prefixados tendem a pagar um prêmio maior. Os papéis com vencimento em 2025, que antes pagavam 11,32%, em Março, passaram a pagar 12,41%.
No momento, há bons títulos atrelados ao IPCA, o qual, conforme consenso no mercado, atingirá patamares elevados.
Atrás, vem os papéis indexados à inflação. O IPCA+2026 que rendia IPCA mais 5,40% ao ano, passou para IPCA mais 5,72% ao ano.
E com o recente relatório do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14/03), a tese de que as aplicações em títulos de renda fixa são uma alternativa aos revezes do mercado tornaram-se ainda mais certeiras. A estimativa para a Selic em 2022 subiu de 12,25% para 12,75% ao ano.
Nesse cenário marcado por incertezas, alta volatilidade no mercado e juros em ascensão, é natural um redimensionamento dos portfólios, com menor exposição em ativos arriscados e uma fatia maior de investimentos conservadores ou que garantam maior proteção.
“O que temos é uma difícil leitura dos desdobramentos da guerra no leste europeu pelo mercado. Com isso, os investidores começam a buscar aplicações mais previsíveis, como a renda fixa”, pontua Laís Costa, analista de investimentos da Empiricus.
E os títulos privados?
Entre as muitas oportunidades em renda fixa, os investidores também podem buscar segurança em títulos privados. Eles também seguem o modo de funcionamento dos títulos públicos, em que a rentabilidade pode ser prefixada, valor definido na emissão, ou pós-fixada, valor definido por um indexador do mercado.
Mas em qual investir?
No recente relatório Super Renda Fixa da Empiricus, Laís Costa, aponta, entre outras recomendações, o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) da Tecnisa como um investimento tático para se ter na carteira.
“Vimos no CRI decorrido da Tecnisa – que está disponível no mercado secundário – um ativo sólido para se buscar previsibilidade nos lucros. Isso porque o papel está sendo negociado a uma taxa líquida de CDI + 2,5%”, pontua.
Fundada em 1977, a Tecnisa é uma das maiores empresas do mercado imobiliário brasileiro. A companhia atua na construção de condomínios, casas e hotéis. Ademais, conta com mais de 7.300.000 de metros quadrados lançados.
Em julho do ano passado, a empresa concluiu nova emissão de debêntures com vencimento em sete anos, que movimentou R$ 100 milhões. Com isso, a empresa aumentou em 30 milhões a posição de seu caixa livre e alongou o perfil de sua dívida.
O resultado pode ser visto conforme o cronograma de amortização da dívida referente ao terceiro trimestre de 2021, apresentada no gráfico abaixo:
“Podemos ver que a Tecnisa consegue honrar suas dívidas a vencer até 2023, contando com sobras de R$ 30 milhões”, observa Laís. Ela ainda acrescenta que uma vez sendo caracterizada como uma CRI de curto prazo, com vencimento para o próximo ano, “o risco de inadimplência por parte da construtora é baixo”.
Não só CRI da Tecnisa, investidor também pode buscar outras oportunidades de títulos privados
Diante das incertezas em razão da guerra, é interessante diversificar a parcela de renda fixa da carteira.
No momento, há bons títulos atrelados ao IPCA, porque conforme consenso de mercado a inflação ainda deve subir e se manter elevada por algum tempo.
Independente de serem considerados investimentos conservadores, existem opções de títulos de renda fixa que podem trazer bons resultados e adequados para variados perfis de risco.
Com isso, deixo, aqui, um convite para você saber mais e ter acesso em primeira mão às ofertas especiais na Semana de Renda Fixa da Vitreo.
Até o dia 18 de Março, a corretora que tem mais de R$ 13 bilhões sobre custódia apresentará oportunidades para você defender o seu patrimônio da escalada de preços na economia.