Top 10: quais ações mais se valorizaram em setembro de 2023?

Em meio a inúmeros altos e baixo, o Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, encerrou setembro no positivo, com retorno de 0,71%, aos 116.565 pontos.

Dentre as ações da Bolsa que mais se valorizaram em setembro – ou as “sobreviventes” – estão petrolíferas, dada a disparada do preço da commodity, e de outros setores ligados a commodities, como minério de ferro e agro.

Ao longo do mês, a Bolsa foi muito impactada pela manutenção da alta dos juros americanos e pela valorização dos treasuries (títulos soberanos dos EUA), que tornam países emergentes menos atrativos.

Confira o ranking das 10 ações que mais subiram em setembro

A seguir, você pode conferir as ações que conseguiram ficar no positivo em meio às quedas do mês.

Hapvida (HAPV3) já era recomendação da Empiricus Research

Em setembro, o mercado seguiu confiante com o case de Hapvida, empresa do setor de saúde cujas ações subiram mais de 10% no mês.

Segundo analistas da Empiricus Research, que já recomendavam o papel há algum tempo, o otimismo se deve às melhorias operacionais demonstradas pela companhia.

Como exemplo, Fernando Ferrer cita a redução do índice de sinistralidade (relação entre uso do plano de saúde e valor pago à operadora) e o reajuste de preços dos planos, que tem elevado o ticket médio.

Negociando por 10 vezes o valor da firma sobre o Ebitda para o ano que vem, a Hapvida (HAVP3) segue como uma recomendação de investimento.

Petrobras (PETR3, PETR4) surfou a alta do petróleo

O petróleo está no seu patamar mais alto de preço em 2023, com os contratos futuros do Brent bem próximos de US$ 100. A disparada da commodity é resultado do corte no fornecimento da Arábia Saudita e da Rússia e da queda dos estoques nos EUA maior que o esperado.

Com a valorização, a ação de Petrobras (PETR4) foi uma das principais beneficiadas em setembro.

Embora a Empiricus Research prefira 3R Petroleum (RRRP3), para Felipe Miranda, estrategista-chefe da casa, o importante no momento é ter petróleo na carteira, “não importa por qual vetor”.

Na visão do analista, o contexto de incertezas globais, como a taxa de juros americana ainda elevada e a alta dos treasuries, a commodity se torna um hedge para a carteira.

Além disso, segundo ele, “é um daqueles raros momentos em que vemos muito upside, porque as ações estão muito baratas com o petróleo num preço maior que os modelos precificaram. Isso vai gerar melhora de resultados e revisão de earnings para as petroleiras”.

Possível redução de capital de Telefônica Brasil (VIVT3) animou o mercado

Em setembro, o mercado reagiu positivamente à notícia de que a Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, recebeu aval da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para realizar uma ou mais reduções de seu capital social em até R$ 5 bilhões. Isso porque a medida permitiria um aumento da distribuição de dividendos por parte da companhia.

Segundo Richard Camargo, analista da Empiricus Research, esse é um case que brilha os olhos dos investidores justamente por se tratar de uma “vaca leiteira” e, nos últimos anos, tem deixado a desejar nesse quesito.

“Então, uma maneira que a Vivo encontrou de acatar melhor as expectativas do acionista de renda é com a possibilidade de reduzir capital, já que esse dinheiro não vai fazer falta e emplacaria uma melhora no humor do mercado“, explica.

Em quais ações investir em outubro?

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